Referente a junho de 2003
Nos dias 3, 4 e 5 de junho estive em São Paulo para um evento promovido pelo fabricante dos computadores (Apple) que represento comercialmente neste Estado e foi dirigido a todas as revendas autorizadas do país, por isso tivemos que nos fazer presentes. A viagem valeu cada centavo que custou. Voltei de lá com muito mais frutos do que os que esperava colher, que reverterão em benefício de meus negócios futuros.
Há dois meses, em abril, relatei o infortúnio de ter tido meu computador portátil danificado por um curto-circuito. Mas aquele não era o único problema da máquina. Todo computador portátil é dotado de uma bateria que lhe permite funcionar por algumas horas sem estar fisicamente conectado a nenhuma fonte de energia. Como toda bateria tem vída útil determinada, a daquela chegou ao fim no início deste ano. Mesmo assim, passei alguns meses utilizando a máquina mesmo sem bateria, período em que procurei meios de obter uma outra, mesmo que usada. As perspectivas não eram animadoras. Os preços são exageradamente altos — queriam cobrar-me o equivalente a US$ 150 numa bateria usada e uma nova custa aproximadamente o dobro. Em vista disso, já tinha me conformado com a idéia de utilizar a máquina sem bateria o quanto fosse possível até quando, um dia, quem sabe, eu pudesse trocá-la. Algum tempo depois, como já relatei, a máquina queimou.
Minhas alternativas eram: ficar sem computador por não poder pagar uma pequena fortuna pelo conserto ou afundar-me ainda mais em dívidas para pagá-lo. Nenhuma das alternativas era boa e eu não via outras. Passei muitos dias angustiado, sem saber o que fazer. Então resolvi recorrer ao Senhor em busca de socorro.
Minhas orações logo começaram a receber resposta. Passei a sentir-me mais confortado e calmo em relação a mais essa aflição. A idéia de acionar o suporte do fabricante da máquina parou de causar-me arrepios provocados pela perspectiva do alto custo do reparo. Comecei a sentir que poderia confiar no Senhor para essa solução. Passei alguns dias ponderando a respeito dessas impressões até que decidi segui-las.
Antes de pegar o telefone e acionar o serviço de suporte, dobrei meus joelhos e disse ao Senhor o que estava prestes a fazer. Em resposta, senti-me absolutamente tranqüilo. “Paz seja contigo. Confia em mim” foram as palavras postas em minha mente naquele momento. Então, senti confiança no que estava por fazer e fiz, mesmo sem saber de antemão o que iria acontecer. Imaginei que o Senhor providenciaria um meio de ganhar o dinheiro necessário para custear o reparo, talvez vendendo meus dicionários ou prestando algum serviço extra. Eu não sabia.
Pouco tempo mais tarde, estando em São Paulo, fiquei sabendo através da secretária do gerente de suporte do fabricante que as trocas do circuito danificado e da fonte de alimentação haviam sido aprovadas para serem feitas como se a máquina ainda estivesse na garantia. Essa era a bênção que o Senhor havia preparado para mim!
Ter a máquina funcionando novamente sem nenhum custo já teria sido uma bênção grande o suficiente para deixar-me prostrado. Mesmo sem bateria, o importante era ter a máquina funcionando e essa bênção o Senhor já me havia graciosamente concedido. Mas o tamanho dessa bênção não se revelaria por completo senão depois.
Em São Paulo, fui informado que a máquina talvez já estivesse pronta. Todavia, duas semanas mais tarde, nenhuma notícia dela. Então resolvi ligar para o suporte pedindo notícias. Estavam aguardando a chegada de uma peça que tinham mandado importar. “Importar o quê, se a notícia que recebi era a de que a máquina já estava pronta?”, perguntei à atendente. Foi então que ouvi a notícia que só não me fez cair de costas porque eu já estava deitado: a peça que haviam mandado importar, que também foi incluída na garantia, foi a bateria que eles não tinham obrigação nenhuma de trocar!
Após desligar o telefone, não consegui dizer nada. Fui envolvido por um forte sentimento de assombro e gratidão pelo tamanho do presente.
Comentando esse fato com Adriana, ela disse: “Isso é prova de que Deus existe”. Respondi: “É prova de mais que isso: de que as bênçãos vêm conforme fazemos por merecê-las”. Então citei D&C 130:21: “E quando recebemos uma bênção de Deus, é por obediência à lei na qual ela se baseia”. Testifiquei-lhe que a lei na qual esta bênção em particular baseou-se foi a lei do dízimo, que cumpro fielmente, apesar de ela achar que eu não deveria. Espero que isto tenha servido como prova de que temos que merecer as bênçãos que queremos.