Quem tem medo do anticristo?

O imaginário popular costuma interpretar o termo anticristo como sendo uma figura que surgirá antes da segunda vinda de Jesus Cristo. Na tradição cristã, o anticristo é frequentemente entendido como um líder enganador que exercerá domínio mundial e causará grande sofrimento.

Essa interpretação é baseada em diversas passagens bíblicas (desnecessário citá-las aqui) nas quais faz-se referência ao anticristo conjugando-se os verbos na terceira pessoa do singular. Daí as pessoas entendem que se trata de uma figura individual maligna e rapidamente o imaginam como uma disfarçada encarnação de Satanás.

Para a decepção dos catastrofistas apocalípticos de plantão, o anticristo está bem longe disso.

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A evolução espiritual e o paradigma do cercadinho

Sou alguém que gosta de se sentir seguro, inclusive no aspecto espiritual. Por isso, costumo erguer ao meu redor barreiras de proteção que podemos comparar a um cercadinho.

Também sou curioso (e bastante), mas não aventureiro, do tipo que se lança ao desconhecido sem medir consequências. Mesmo assim, fui levado pelo Espírito do Senhor a uma aventura espiritual cuja veracidade precisei quebrar um grande paradigma para reconhecer.

O Espírito pode nos levar a uma experiência dessas mesmo que não peçamos. No meu caso, foi porque Ele queria me ensinar uma lição sobre meu cercadinho e, principalmente, sobre o que há de verdade fora dele. Em suma, Ele queria que eu evoluísse espiritualmente.

Quando ou se uma oportunidade dessas surge, o que fazer: recuar para a segurança do pacote de conceitos e preconceitos do cercadinho ou confiar no Espírito e nos aventurar fora do cercadinho por um momento?

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Da Terra plana às vacinas: o negacionismo e suas implicações sociais e espirituais

O negacionismo, em geral, refere-se à prática de negar uma realidade como meio de escapar de uma verdade desconfortável. Ele se manifesta em vários contextos, como na negação do holocausto, do aquecimento global, da eficácia das vacinas, Terra plana, etc. Nas estratégias negacionistas há a instrumentalização da dúvida para provocar desconfiança na Ciência.

Freud definiu a negação como um mecanismo psicológico que tem a finalidade de reduzir qualquer manifestação que possa colocar em perigo a integridade do ego do sujeito. Em outras palavras, a Psicanálise vê o negacionismo como uma forma de defesa psicológica na qual a pessoa nega uma realidade desconfortável para proteger seu ego.

O negacionismo ignora evidências científicas em favor de crenças pessoais, ideologias e interesses políticos. Exemplo disso é a fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP): no auge da pandemia de Covid-19, falou em “enfiar a máscara no rabo” (palavras dele) em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Por que alguém opta por agir de forma assim irracional?

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‘Devereis ser como eu sou’ — imitando a personalidade de Jesus Cristo

Muitos de nós viemos de ambientes familiares onde os mais velhos nos serviram de modelo a ser seguido. Eles podem moldar indiretamente o caráter e a personalidade dos mais novos, que frequentemente buscam imitar os mais velhos em busca de aprovação ou admiração.

Uma vez que somos filhos de Pais Celestiais, é natural supor que Eles e nosso irmão mais velho, Jesus Cristo, também nos influenciaram, mesmo que não o saibamos. Por uma longa lista de motivos, esse irmão mais velho é aquele a quem todos voluntariamente deveríamos querer imitar. É o que venho tentando desde quando Ele me demonstrou o quanto me estima e quer estar próximo de mim — literalmente.

Se quero imitá-Lo, preciso conhecê-Lo. Então eis o que já aprendi em meu estudo e em minha interação com Ele.

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Os bezerros de ouro modernos na vida pública e como evitá-los

O episódio do bezerro de ouro é um dos mais conhecidos do Velho Testamento (ver Êxodo 32).

Quando Moisés subiu ao Monte Sinai para receber de Deus os Dez Mandamentos, o povo de Israel ficou ansioso com a demora de seu retorno. Eles se reuniram ao redor de Aarão e pediram-lhe que fizesse deuses para eles. Aarão então pediu que o povo trouxesse seus objetos de ouro, que foram fundidos para formar um bezerro. O povo começou a adorar este ídolo, com danças, músicas e sacrifícios.

Quando Moisés desceu do monte e viu o que estava acontecendo, ficou furioso. Quebrou as tábuas dos Dez Mandamentos, queimou o bezerro de ouro, moeu-o até virar pó, espalhou o pó na água e fez com que o povo de Israel a bebesse.

Esse episódio é frequentemente citado como um exemplo de idolatria e infidelidade do povo de Israel, apesar dos milagres que havia testemunhado no Egito e durante o Êxodo.

Você ficaria surpreso em saber que hoje o povo se comporta de forma semelhante?

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