De volta à Europa

Referente a agosto de 1999

Estou de volta à Europa para prosseguir com a meta de instalar a DLA no Brasil, se possível ainda este ano. Estou neste momento num lugarejo chamado Festes et Saint André, encravado no meio das montanhas na região dos Pirineus, sul da França, fazendo parte de um grupo formado pelas pessoas mais importante dentro da empresa, reunido para trocar idéias e buscar soluções para dificuldades específicas na área de trabalho de cada um. Na foto, em momento de descontração na pousada perdida em meio à floresta em que nos hospedamos nos Pirineus.

No mês que vem estarei na Alemanha para participar da instalação de novos cursos para as empresas clientes da DLA naquele país. Com esse conhecimento poderei supervisionar esse mesmo trabalho no Brasil num futuro próximo.

Este retorno à Europa representa mais do que uma simples viagem que combina lazer e trabalho: pode estar também selando meu destino. Antes de viajar, meu chefe inglês enviou-me uma mensagem dizendo:

Pense nesta viagem como uma chance para decidir entre firmar a DLA no Brasil, como o diretor-geral no comando do show, ou ficar na Europa e abrir seu caminho aqui.

Já não é a primeira vez que ele me sonda nesse sentido. Tenho a impressão de que, por algum motivo, ele me quer por perto dele. Minha resposta:

Sempre considerei a Europa como minha melhor opção caso as coisas não dêem certo no Brasil. Espero não ter que escolher antes dessa tentativa. Eu certamente adoraria viver na Inglaterra, mas não posso fechar os olhos para a chance de tentar ganhar dinheiro no Brasil. De qualquer forma, quero ser útil para a DLA onde quer que seja.

Foi imbuído desse espírito empreendedor que embarquei numa longa viagem de 27 horas divididas entre 10,5 horas em três aviões (Maceió-Recife, Recife-Lisboa e Lisboa-Paris), 6 horas em dois trens (Paris-Toulouse num TGV e Toulouse-Carcassonne num trem comum), 30 minutos de carro (Carcassonne-Limoux) e o restante do tempo em salas de espera de aeroportos e estações de trem. Ainda vai demorar para que haja no mundo um meio mais rápido de se chegar onde se quer. Na foto, o Café Facilitat, em Bouriège, meu destino final nessa longa viagem de retorno à Europa.

Adriana, como sempre, continua representando o anjo que caiu dos céus diretamente em meus braços. Neste mês completamos dois anos de uma intensa relação que parece já durar vinte. Em uma mensagem de e-mail escrevi-lhe:

Que possamos celebrar estes dois anos pelo menos mais vinte vezes, sempre com o mesmo amor, carinho, afeto, cumplicidade, paixão e ternura que marcou estes nossos primeiros 24 meses. Não me canso de repetir para as pessoas que me considero abençoado por ter achado você e por fazer parte de sua vida.

Há poucos dias, ainda nos Pirineus, tomei a decisão de voltar a tocar um instrumento musical. A idéia veio à mente ao observar Peter e Frans tocando descontraidamente suas guitarras acústicas no café do Jörg (vide foto). De repente, meu eu musical falou alto dentro de mim e fez-me desejar estar ali, tocando com eles. Esse desejo fez-me lembrar da época em que toquei um instrumento que aprecio muito, o baixo elétrico. Lancei a idéia de tocar com eles e formarmos uma banda de jazz, que foi prontamente aprovada e apoiada, e então tomei a decisão. Pretendo comprar o instrumento tão logo volte ao Brasil e começar a estudar, ou melhor, relembrar o que aprendi.

Como a vida não é feita só de amor e música, de volta ao trabalho…

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