Referente a agosto de 2003
Sábado, 30/8, estive no templo mais uma vez. Eu vinha pedindo ao Senhor antes de viajar que me concedesse uma oportunidade de servi-Lo mais intensamente em Sua casa enquanto lá estivesse. O Senhor respondeu concedendo-me uma nova experiência: a de acompanhante de um irmão que estaria indo ao templo pela primeira vez e fazendo sua própria investidura. Ter sido designado pelo presidente da estaca como acompanhante daquele irmão tirou-me a oportunidade de fazer no templo o que eu realmente queria — passar a manhã toda no batistério, batizando e confirmando vicariamente, experiências que me foram realmente muito marcantes —, mas a tarefa de acompanhar aquele irmão acabou sendo tão gratificante e marcante quanto as outras. A vida de alguém foi eternamente marcada e quem estava ao lado dele era eu. Isso tem uma importância eterna bem maior do que inicialmente pode parecer, até porque creio que essa experiência foi essencial em minha preparação para servir ao Senhor como oficiante em Sua casa dentro em breve.
A viagem ao templo teve um infortúnio pelo qual nem tão cedo imaginava passar: nosso ônibus quebrou na estrada. À meia-noite, horário em que deveríamos chegar em Recife, estávamos parados no meio do nada aguardando o socorro que só chegou mais de três horas depois. Chegamos ao templo às 6:10 h da manhã, mas a tempo de não nos atrasar para o início das atividades. Essa era minha maior preocupação. Perder qualquer minuto de serviço que fosse não era algo que eu desejava.
A experiência de ficarmos quebrados na estrada proporcionou-me a oportunidade de conhecer melhor os irmãos que me acompanhavam e de estreitar meus laços de amizade com alguns deles. Tanto na ida quanto na volta, tive conversas muito produtivas sobre vários assuntos, quase todos relacionados à vida na Igreja e no evangelho.
O dia seguinte (31/8) na Igreja foi mais um dia tão abençoado quanto não sou capaz de descrever. A ala Benedito Bentes está me impressionando muito em vários aspectos, dos quais passarei a falar daqui por diante. Naquele dia, por exemplo, em substituição à professora titular da classe de Doutrina do Evangelho da Escola Dominical, tive a chance de fazer na Igreja algo de que gosto muito: ensinar. Procurei o Espírito e utilizei minha experiência de sala de aula para ajudar os alunos a marcar em suas mentes e corações o assunto daquela aula e a sentir o Espírito fazendo Seu sagrado trabalho. A quantidade de efusivas felicitações que recebi depois deve ser um indicativo de que fui bem sucedido em minha meta de ajudar os alunos a sentir o Espírito durante a aula.
Ensinar o evangelho é uma das coisas que mais me dá prazer nesta vida, tanto quanto prestar meu testemunho ? e durante uma aula tem-se oportunidade de fazê-lo várias vezes. Cada aula que ministro é uma festa espiritual para mim, especialmente nos sagrados momentos em que o Espírito guia meus pensamentos e sentimentos na direção das coisas que o Senhor gostaria que eu dissesse àqueles Seus filhos que me ouvem. A repetição dessa sublime experiência é um poderoso fortificante para meu testemunho e sinto-me tão grato por isso como não sou capaz de descrever.