O Natal desembrulhado: a história por trás da troca de presentes

Publicado em 18 de dezembro de 2011 e atualizado em 25 de dezembro de 2023

A festa consumista típica da época de Natal não é algo contra o que eu tenha alguma reserva, afinal também gosto de dar e ganhar presentes. Mas por qual motivo existe esse costume?

Antes de responder essa pergunta, eu gostaria de convidá-lo a assistir o video abaixo.

Agora voltemos no tempo para entender por que a festa de Natal se transformou no que é hoje.

As origens do Natal remontam à história antiga. Na realidade, suas origens datam de pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus, sendo tão antiga quanto a própria civilização. Começou com uma festa em homenagem à data de “nascimento” do deus persa Mitra, que representa a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos.

A festa tinha como motivo comemorar o solstício de inverno, que marca a noite mais longa do ano no hemisfério norte e ocorre no final de dezembro. A partir dessa noite, o sol permanece cada vez mais tempo no céu, até atingir o pico do verão. Representa a transição da escuridão para a luz, simbolizando o “renascimento” do Sol.

A adoração a Mitra gradualmente se espalhou pela Índia e Pérsia. Mitra a princípio era o deus da luz celeste dos céus brilhantes e, mais tarde, no período romano, foi adorado como a deidade do sol, ou o deus do sol: Sol Invictus Mithra. Cultuar Mitra no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno.

No primeiro século antes de Cristo, Pompeu fez conquistas ao longo da costa sul da Cilícia, na Ásia Menor, e muitos dos prisioneiros feitos nessas ações militares foram levados cativos para Roma. Isso deu início à adoração pagã de Mitra em Roma, porque esses prisioneiros espalharam a religião entre os soldados romanos. A adoração tornou-se popular, particularmente entre as fileiras do exército romano. Encontramos hoje, nas ruínas das cidades do extenso império romano, os santuários de Mitra. O mitraísmo floresceu no mundo romano e se tornou o mais importante concorrente do cristianismo entre as crenças religiosas do povo.

Mais tarde, o cristianismo foi gradualmente sobrepujando o mitraísmo, que tinha sido seu rival mais forte, e a festa em que se comemorava o nascimento de Mitra foi sendo incorporada pelos cristãos para comemorar o nascimento de Cristo. A adoração pagã do sol, profundamente arraigada na cultura romana, foi substituída por uma das maiores festas cristãs. O Natal chegou até nós como um dia de ação de graças e regozijo, um dia de alegria e boa vontade entre os homens. Embora esteja associado a coisas terrenas em seu significado, seu conteúdo é divino. Essa antiga comemoração cristã foi continuamente preservada ao longo dos séculos.

A lenda do Papai Noel, a árvore de Natal, as decorações brilhantes e o azevinho, bem como a troca de presentes, tudo isso expressa para nós o espírito desse dia comemorativo. Mas o verdadeiro espírito do Natal é muito mais profundo. Ele se encontra na vida do Salvador, nos princípios que Ele ensinou, em Seu sacrifício expiatório — que é o nosso grande legado.

O verdadeiro Natal acontece para aquele que adota Cristo em sua vida como força motivadora, dinâmica e vivificante. O verdadeiro espírito do Natal encontra-se na vida e missão do Mestre.

Se você quer encontrar o verdadeiro espírito do Natal e partilhar seus doces frutos, eu gostaria de lhe dar uma sugestão. Em meio a toda agitação dessa época festiva do Natal, encontre um tempo para voltar seu coração a Deus. Talvez nos momentos tranquilos, em um lugar sossegado, ajoelhado — sozinho ou acompanhado de seus entes queridos — agradeça pelas coisas boas que recebeu e peça que Seu Espírito habite em você, ao esforçar-se sinceramente para Servi-Lo e guardar Seus mandamentos. Ele o conduzirá pela mão e Suas promessas serão cumpridas.

Adaptado de discurso proferido pelo Presidente Howard W. Hunter em reunião devocional realizada na Universidade Brigham Young em 5 de dezembro de 1972 e citado em O Verdadeiro Natal, A Liahona, dezembro de 2005. Fonte adicional: A verdadeira história do Natal.

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