Minha Missão de Tempo Integral: Santana do Livramento, fevereiro de 1987

Publicado em 1 de janeiro de 2007 e atualizado em 1 de março de 2024

Em um dos extremos do Brasil
Em um dos extremos do Brasil

Nunca pensei encontrar na missão pessoas que, minutos antes de seus próprios batismos, subissem ao púlpito e prestassem fortes testemunhos a respeito do que estavam por fazer. Pois aconteceu com duas senhoras que batizamos no primeiro dia do mês. Aquela foi, sem sombra de dúvida, a mais marcante reunião batismal de toda a minha missão até agora.

Se as dificuldades para batizar diminuíram, outras muito inesperadas apareceram. O pior é que nada têm a ver com pesquisadores, palestras ou batismos, nem nada referente à minha missão em si, e sim com minha família. Para entender os fatos em andamento, preciso esclarecer alguns pontos que até agora, propositadamente, deixei que permanecessem ocultos, pois esperava não ter que escrever sobre eles.

Como já se sabe, meus pais foram e continuam sendo contrários à minha vinda para a missão. Acham que isso foi uma violência contra a ordem familiar e uma desnecessária agressão, para dizer o mínimo. Mesmo assim, apesar do inconformismo e de muitas palavras iradas e por vezes deprimentes, nunca me impediram de vir.

Como também já se sabe, mamãe é uma pessoa tremendamente emotiva, que quase sempre é 100% emoção e nenhuma razão. Ela nunca admitiu a hipótese de não falar comigo ao telefone pelo menos uma vez por semana, mesmo sabendo ser contra as regras da missão — para as quais, aliás, não dá a mínima. Sensível ao problema, o presidente da missão me autorizou a telefonar para casa em meus dias de folga. E assim tem sido feito desde quando cheguei ao campo missionário.

O tempo passou e chegou a época de refazer meus exames cardíacos em Porto Alegre. Viajei e fiz os tais exames. Embora meu quadro clínico seja bom, foi confirmado o diagnóstico anterior de prolapso em duas válvulas do coração. Constatou-se também que minha pressão arterial está baixa demais — média de 9 por 6. Em vez de receitar remédios para aumentar a pressão, o médico recomendou tratamento natural: banhos frios, alimentação forte de sal e pelo menos três cafezinhos por dia.

A injestão de café contraria o que conhecemos como Palavra de Sabedoria, que aceitamos como mandamento do Senhor. Todavia, considerando tratar-se de recomendação médica, surgiu o dilema: tomar ou não tomar? As opiniões se dividiram e formou-se a polêmica. Um assistente do presidente disse que, em meu lugar, não tomaria. Outros missionários mostraram-se indecisos e disseram-se gratos por não estarem na minha pele (muito consolador!). O presidente disse que não preciso da cafeína do café, mas na verdade nem ele mesmo sabia o que dizer. Foi aquela confusão!

Vi que a decisão estava em minhas mãos. Se, por um lado, é sábio ser obediente ao Senhor, por outro pergunto-me se é sábio evitar o que já existe na natureza para dar lugar a substâncias sintéticas e, não raro, mais prejudiciais que o prejuízo que se quer evitar. A polêmica em torno do caso fez chegar a meus ouvidos o caso de um presidente de estaca que, por recomendação médica, tomava chá preto, que também é contrário à Palavra de Sabedoria. Já outros acham que os médicos não podem passar por cima dos mandamentos de Deus — o que não me parece muito sábio quando se generaliza essa afirmação.

Sei que o Senhor tem em Suas mãos o controle de meu organismo e pode me ajudar a conviver com o problema. Além disso, há também o aspecto do exemplo. Como posso ensinar às pessoas a abstenção de café se eu mesmo não pratico tal princípio, qualquer que seja o motivo? Após muito meditar, esse foi o argumento que apresentei a mim mesmo para decidir não tomar os três cafezinhos diários recomendados pelo médico. Decidi confiar na afirmação do Senhor de que “toda carne está em minha mão” (D&C 61:6).

Então, em meu primeiro dia de folga subsequente, telefonei para casa, como de praxe. Sempre gostei de deixar meus pais a par de tudo que se passa comigo, especialmente no que diz respeito à saúde. Tal desejo me fez lhes contar do médico e dos três cafezinhos por dia. Até aí tudo bem. A bomba explodiu quando, em minha santa ingenuidade, lhes contei que decidi não seguir a recomendação médica.

Antes não tivesse contado.

O que se seguiu foi o mais dramático e desesperado apelo emocional jamais feito por eles. Desta vez, o caso tomou proporções alarmantes. Acham que eu deveria dar mais importância às palavras de um especialista médico do que às de um “babaca ignorante da Igreja”. Acham que estou sendo manipulado pela consciência obtusa de homens que me transformaram em marionete. Por isso, totalmente descontrolado e aos berros, papai me proibiu de sair de Livramento dizendo que viria aqui me buscar. “E ai de quem tentar me impedir! Te trago de volta nem que seja no tapa!”

O tom assustadoramente ameaçador com que proferiu a intimação me fez temer que realmente cumprisse a ameaça. Já o vi fazer isso antes em outras circunstâncias e não foi nem um pouco agradável. Ele é do tempo em que os homens punham sua honra acima de tudo, levando-a às últimas consequências. Mas, nos instantes seguintes e desde então, uma estranha e envolvente paz me preencheu. Senti claramente que o Espírito do Senhor me tranquilizava e dizia em meu íntimo: “Acalma-te. Tudo está em minhas mãos”. Foi meu sustentáculo. Só por isso não desmoronei.

Embora a situação fosse alarmante, dentro de mim, graças ao Espírito, havia uma serena paz. Mesmo assim, resolvi ligar para o presidente e contar tudo. Ele também testificou se sentir tranquilo quanto às ameaças de papai. O Espírito sossegou a ambos.

Devido a esse incidente, vivi uma experiência que mostrou a nítida diferença entre mente e espírito. Minha mente estava confusa e atordoada, varrida por uma profusão de pensamentos desconexos e perturbadores, mas meu espírito gozava de uma paz semelhante à do templo. Foi muito interessante observar a diferença de comportamento entre um e outro. Ainda mais interessante foi notar que meu espírito falou mais alto que a mente.

Mas a história ainda estaria longe de terminar. No dia seguinte, recebo em casa um telegrama do presidente pedindo-me que ligasse para o escritório da missão. O assunto não era outro. Ele disse que, a princípio, quando conversamos no dia anterior, não percebera a dimensão do problema e, por estar envolvido com outros assuntos, não pensou direito naquele. Com o passar das horas, porém, o problema se destilou melhor em sua mente e, tendo analisado friamente a situação, achou que era hora de eu dar um basta nisso tudo. Pareceu-lhe que meus pais vêem a Igreja como uma câmara de torturas, que me vêem como um inocente injustiçado e a si próprios como os heróis salvadores.

O equívoco deles está no fato de não perceberem que a Igreja não tira o livre arbítrio de ninguém. Nunca fui forçado a partir em missão nem estou sendo forçado a ficar. Nunca ninguém da Igreja me impediu de tomar café nem me obrigou a obedecer quaisquer outras regras. Sempre fui, sou e sempre serei livre para fazer o que quiser.

Reconhecendo que, aparentemente, os telefonemas semanais para casa não surtiram o efeito desejado, o presidente sugeriu diminuir a frequência deles até cortá-los totalmente. O problema é que, se conheço meu pai, ele certamente vai pensar que, ao não ligar mais para casa, estarei cortando os laços familiares e declarando independência. Dessa conclusão poderão advir duas possibilidades: ele pode adotar postura recíproca, querendo que eu viva minha vida e esqueça que tenho família, ou pode decidir vir me arrancar daqui à força — possibilidade que lhe parecerá altamente tentadora. Como nenhuma das duas coisas é o que realmente quero que aconteça, decidi não interromper os telefonemas em meus dias de folga. Mantê-los calmos é a melhor política, ainda que, na presente circunstância, seja algo duro de conseguir.

Duro por duro, prefiro o trabalho do campo missionário. Este, pelo menos, rende muitas alegrias. Alegrias que só se pode entender com o testemunho do Espírito, sem o qual tudo isto parece vão. Ele é quem testifica que meu trabalho aqui é algo que satisfaz o Senhor e que está sendo válido para as vidas de vários de Seus filhos, além da minha. É na missão que se paga o dízimo da vida.

Em mais uma tentativa de fazê-los entender isso, escrevi-lhes uma longa carta da qual extraio o trecho abaixo:

Esta é a primeira carta que lhes escrevo desde aquele incidente ao telefone. Creio que estamos todos bastante pensativos e apreensivos com a situação. Por causa da dimensão do problema, estou batalhando para descobrir onde está o furo disso tudo e as conclusões a que cheguei talvez lhes pareçam insignificantes. Vocês têm o direito de pensar assim, se quiserem, mas isso não alterará a verdade.

A impressão que tenho é a de que vocês vêem a Igreja como um campo de concentração onde sou permanentemente injustiçado. Como pais, sentem-se na obrigação de tentar me proteger do que lhes parece perigoso e/ou prejudicial. Compreendo isso e não lhes tiro a razão. Seus motivos são bastante justos e convincentes. Qualquer pai ou mãe em sua posição pensaria dessa forma e não os vejo fazendo nada que eu mesmo não faria. Em tudo isso, porém, há um grande equívoco que precisa ser esclarecido.

O motivo da grande última indignação de sua parte foi minha decisão em não seguir o conselho médico de tomar café, aparentemente porque a Igreja “manda” o contrário. Também quanto às regras que dizem que missionários não podem telefonar para casa, não podem passear no Uruguai(*), não podem namorar, não podem isto ou aquilo, ou seja, esse papo já tão batido. Se é que vem ao caso, essas são as regras desta missão quanto ao comportamento dos missionários. Não são mandamentos ditatoriais, cuja transgressão é punida com severos castigos. Todos os missionários são livres para agir como bem entenderem. Nenhum deles é obrigado a ficar 24 meses na missão, nem a não tomar café, chá preto, álcool, fumo ou drogas. Não são impedidos de pisar em solo uruguaio, nem de telefonar para seus pais, nem de fazer qualquer coisa que lhes dê na telha.

(*) Uma das regras da missão Brasil Porto Alegre diz que os missionários que trabalham em cidades que fazem fronteira com cidades uruguaias, como Santana do Livramento (que faz fronteira com Rivera, no Uruguai), não podem entrar nelas. A razão disto é que, dentre outros motivos, os cassinos são legais no Uruguai e, no passado, alguns missionários brasileiros andaram tendo a má idéia de frequentá-los.

Então vocês podem perguntar: “Se é assim, por que você não toma o café que o médico receitou, não vai dar uma voltinha em Rivera ou, melhor ainda, não volta para casa imediatamente?” Posso agora mesmo tomar um ônibus e voltar para casa, bem como comprar quinhentos quilos de café e ficar uma semana em Montevidéu, se quiser. Mas não faço nenhuma dessas coisas porque não quero! E assim é com todas as outras regras da missão e mandamentos da Igreja, aos quais decidi, por minha livre e espontânea vontade, me sujeitar por ter um testemunho de que não são mandamentos de homens, e sim de Deus.

Percebem o que quero dizer? Para que não haja mal-entendidos futuros, quero fazer uma declaração quanto à minha posição neste caso: tudo o que decidi fazer desde o início, bem como o que decidirei daqui por diante, foi e terá sido feito por minha livre e espontânea vontade. A Igreja nunca teve nem nunca terá parte em minhas decisões. É verdade que recebi e continuo recebendo conselhos, mas em tempo algum fui forçado por alguém a fazer ou não fazer coisa alguma, nem antes, nem durante a missão, e nem o serei depois. Todos os caminhos levam à Roma e eu escolhi um deles. E que seja de uma vez por todas esquecida essa idéia ridícula de lavagem cerebral que circula por aí, pois se assim fosse eu não estaria lhes dizendo estas coisas, nem sequer teriam notícias minhas.

Muito embora seja esta a verdade, sei que para vocês não é suficiente nem satisfatória.

Quando vim para a missão, minha intenção não era a de separação, auto-suficiência ou corte nas relações familiares. Deus sabe que em minha mente jamais passaram tais pensamentos. Em qualquer minuto de minha vida pensei em abandoná-los. Pelo contrário, suas dificuldades e seus problemas são também meus, por isso sempre os levo ao nosso Pai Celestial em oração. Pelo menos de minha parte, estaremos eternamente ligados pelos sagrados vínculos familiares que nos uniram desde quando dei meu primeiro sinal de vida naquele abençoado ventre que me gerou.

Embora à primeira vista pareça — apenas pareça — que o caminho que escolhi é mais injusto, o tempo se incumbirá de mostrar que é o melhor para todos. Disso tenho a mais plena e absoluta certeza, por isso o escolhi. Vocês e o mundo todo podem pensar o contrário, mas essa é a verdade.

Peço-lhes que ponderem bem sobre o conteúdo desta carta e tenham a coragem e a humildade de dobrarem seus joelhos para pedir ao Pai, em nome do Filho, que lhes faça saber se tudo o que aqui lhes disse é ou não verdadeiro. Se assim fizerem, prometo-lhes que o Espírito do Senhor lhes manifestará Sua verdade. Sei que é, e o que sei não posso negar.

Mostrei uma cópia da íntegra dessa carta ao presidente. Ele comentou que, embora tenha achado seu início um tanto “seco”, é deslumbrante do meio para o fim. Recomendou que fizesse todo o possível para deixar meus pais felizes e me encorajou a continuar assim. É o que pretendo, até porque faz parte de meu condicionamento espiritual. Estar espiritualmente elevado é a diferença entre o sucesso e o fracasso no campo missionário, coisa que sempre soube, mesmo quando ainda era um membro comum.

Com um pé no Brasil e outro no Uruguai
Com um pé no Brasil e outro no Uruguai

Mas há membros comuns que ainda têm muito o que aprender sobre o trabalho missionário. Alguns deles, dentre os quais líderes da ala, ainda não se deram conta de que precisam cumprir com suas promessas, especialmente quando envolvem não-membros. Programaram uma atividade de integração para visitantes com a exibição de um filme sobre o evangelho. Quando a atividade estava prestes a começar, contudo, o líder designado para dirigi-la inexplicavelmente virou as costas e foi embora, deixando membros, visitantes e missionários entregues à própria sorte. Embora seja contra as diretrizes da missão, peguei as chaves da capela e assumi a direção de tudo. Seria bastante prejudicial à imagem da Igreja perante os visitantes se a irresponsabilidade de um membro pusesse tudo a perder.

Esse fato conduz à constatação de que há qualquer coisa errada acontecendo com os membros — pelo menos no que diz respeito à obra missionária. Não recebemos mais nenhuma das muitas referências que nos davam constantemente. Parece que o entusiasmo deles esfriou. Numa das sacramentais do mês, duas missionárias e meu companheiro discursaram ressaltando a necessidade de sermos ajudados pelos membros a fim de que a obra siga adiante com qualidade. É fundamental que a qualidade não caia.

Falando em cair, caiu tanta água do céu nos primeiros dias do mês que achei que ia começar a ensinar peixes. Mais um pouco de água e seria preciso um submarino para sair de casa. Tomei um dos maiores banhos da minha vida, de roupa e tudo. Imagine como ficaram nossos livros! Mesmo debaixo de grande aguaceiro, rodamos a cidade buscando endereços perdidos de membros antigos, que também é uma forma de encontrar famílias para ensinar. Foi dessa forma que obtivemos o batismo de uma senhora que chorou ao ser confirmada, tão forte foi o Espírito na reunião batismal. E foi assim que consegui mais uma proeza inédita em minha missão: atingir a meta de batismos de um mês inteiro em apenas uma semana.

No penúltimo domingo do mês batizamos mais duas pessoas, avó e neto. Estes batismos ainda são remanescentes do tempo em que os membros trabalhavam conosco. Agora que resolveram cruzar os braços, o desafio está todo sobre nossas costas. A falta de referências nos força a alterar nossa rotina de trabalho, voltando à velha sina dos contatos de porta em porta. Não nos faltam famílias para ensinar, mas as que encontramos através de contatos não têm tanta qualidade quanto poderiam ter se estivessem sendo acompanhadas pelos membros. Isso está claramente demonstrado pelo nível das famílias novas que atualmente ensinamos, as quais, comparadas com as de duas ou três semanas atrás, são bastante inferiores em termos de espiritualidade. Dos dez batismos que tivemos até agora, nove vieram por referências dos membros.

Capela da Ala Livramento II, onde trabalhei
Capela da Ala Livramento II, onde trabalhei

As missionárias também estão sentindo esse problema. No fim do mês entrevistei quatro candidatas a batismo delas, todas referências antigas de membros. O curioso é que, dos meus dez batismos, sete foram mulheres. Agora as missionárias estão trazendo mais quatro.

Pelo menos num ponto os membros de nossa ala estão de parabéns, que é no quesito reverência. É a congregação mais reverente que já conheci. Durante a sacramental não se ouve um único ruído, nem barulho de crianças à solta nos corredores, nem murmúrios, nada. Igual, só vi no templo. Tanta reverência possibilita que o Espírito dê largas manifestações de Sua presença aos santos fiéis de coração aberto, o que reverte em benefício deles mesmos e dos visitantes que levamos para conhecer a Igreja.

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2 comentários em “Minha Missão de Tempo Integral: Santana do Livramento, fevereiro de 1987

  1. Amigo, creio em tudo que vc escreveu. Senti-me todo o tempo em sua “pele” e pude sentir as alegrias e as tristezas que o texto produz. Nunca fiz missão por já ser casado quando me batizei. Mas não sonho com outra coisa quando me aposentar com minha esposa.

    Muito me identifiquei com o que vc passou. Também senti a tristeza de ver meus pais rejeitarem o evangelho quando lhes apresentei os missionários. Também ainda sinto a tristeza de, após tantos anos (27 anos) meus irmãos nem me dão atenção e, como seus pais, também me vêem como um fanático, alguém que é manipulado e em quem foi feito uma lavagem cerebral.

    Mas gostaria de ter tido o “espírito” pra ser tão ousado e firme como vc foi com seus pais.

    Você reavivou ainda mais a minha fé e testemunho com essa página de sua missão.

    Obrigado!

    1. Irmão Otávio,

      Hoje em dia, quando paro para pensar, realmente não sei de onde foi que consegui tirar forças e coragem para encarar e vencer esse colossal desafio. A única explicação que encontro é a de que foi mesmo o Espírito que me empurrou e me deu forças — o que, por si só, constitui-se em prova suficiente da veracidade e divindade desta obra. Realmente, eu nunca, jamais teria me sujeitado a tudo isso se esta não fosse a única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo na face da Terra, cuja obra e cujo testemunho eu defendo até minha última gota de sangue, se for preciso.

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