Uma notícia que li esta semana na Internet a respeito do infortúnio de um irmão da Igreja, publicada pelo jornal The New York Times, deixou-me bastante consternado.
O irmão Walter Rollo Smith, de Salt Lake City, Utah — onde situa-se a sede da Igreja — definiu-se como alguém que, na adolescência, “era solitário, um nerd, participante do clube de matemática e xadrez”. Até que, em um evento vocacional do segundo grau, ele se deixou atrair pelo estande dos fuzileiros navais. Foi quando decidiu que queria tornar-se fuzileiro naval dos EUA. Alistou-se como reservista no início do ano 2000.
Compreende o período entre setembro de 1987 e dezembro de 2003
O pequeno Giancarlo (com 5 meses) e eu, em novembro de 2004
Retornando ao lar, retornei também à rotina de estudos. Como estudante de engenharia, que é um curso bastante puxado, era imperioso me dedicar muito a ele, quase como se fosse outra missão de tempo integral. Minha faculdade ficava em outro estado e as viagens costumavam durar cerca de sete horas.
Todo o mal-estar provocado em casa por conta de minha partida para a missão pesava muito sobre meus ombros. Ter ido para a missão não foi um erro, o erro foi o modo como o processo foi conduzido. Como uma espécie de compensação, eu sentia que deveria dar o máximo possível de atenção a meus pais, o que implicaria em viajar para casa sempre que a oportunidade surgisse. Minha meta era estar com eles a cada duas ou três semanas, no máximo. Assumi a família e a faculdade como as duas grandes responsabilidades de minha vida dali por diante.
Ainda muito angustiado por causa dos eventos recentes, eu vinha pedindo ao Senhor que me abençoasse com suficiente sabedoria, inteligência e discernimento para tomar a decisão correta a respeito do desafio lançado pelo bispo. Apesar de tudo, ainda tinha dentro de mim o forte desejo de servir ao Senhor em missão.