Dr. Rey: ‘não cometa o erro que cometi’

Se você é SUD e não sabe quem é o Dr. Rey, pergunto-lhe: em que dimensão paralela você viveu nos últimos anos? 😉

O paulistano Roberto Miguel Rey Júnior é cirurgião plástico, apresentador de TV e protagonista do reality show americano que o lançou no estrelato.

Resumidamente: Rey e seus irmãos foram adotados quando crianças por um ex-missionário Santo dos Últimos Dias americano que os levou para viverem em Utah, EUA, onde foram criados como membros da Igreja. Rey formou-se em medicina, fez mestrado e doutorado e acabou realizando um trabalho notável como cirurgião plástico de celebridades de Beverly Hills, chamando a atenção da mídia, indo parar na TV e alcançando considerável sucesso em diversos programas.

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‘Eu, o Senhor, estou obrigado quando fazeis o que eu digo’

Uma notícia que li esta semana na Internet a respeito do infortúnio de um irmão da Igreja, publicada pelo jornal The New York Times, me deixou bastante consternado. Neste artigo vou identificá-lo apenas como irmão Smith.

Segundo o artigo do NYT, esse irmão de Salt Lake City, Utah, onde situa-se a sede da Igreja, definiu-se como alguém que, na adolescência, “era solitário, um nerd, participante do clube de matemática e xadrez”. Até que, em um evento vocacional do segundo grau, ele se deixou atrair pelo estande dos fuzileiros navais. Foi quando decidiu que queria se tornar fuzileiro naval dos EUA. Alistou-se como reservista no início do ano 2000.

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A vida depois da missão de tempo integral

Compreende o período entre setembro de 1987 e dezembro de 2003
O pequeno Giancarlo (com 5 meses) e eu, em novembro de 2004
O pequeno Giancarlo (com 5 meses) e eu, em novembro de 2004

Retornando ao lar, retornei também à rotina de estudos. Como estudante de engenharia, que é um curso bastante exigente, era imperioso me dedicar muito a ele, quase como se fosse outra missão de tempo integral. Minha faculdade ficava em outro estado e as viagens costumavam durar cerca de sete horas.

Todo o mal-estar provocado em casa por conta de minha partida para a missão pesou muito sobre meus ombros. Ter ido para a missão não foi um erro, o erro foi o modo como o processo foi conduzido. Como uma espécie de compensação, eu sentia que deveria dar o máximo possível de atenção a meus pais, o que implicaria em viajar para casa sempre que tivesse oportunidade. Minha meta era estar com eles a cada duas ou três semanas, no máximo. Assumi a família e a faculdade como as duas grandes responsabilidades de minha vida dali por diante.

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Minha Missão de Tempo Integral: Maceió, agosto de 1987

O último distrito que liderei e eu (segundo da direita p/ esquerda)
O último distrito que liderei e eu (segundo da direita p/ esquerda)

Fazia parte de nossa área Nova Restinga, em Porto Alegre, um bairro afastado chamado Belém Novo. Chegar lá levava uma hora, em média. Voltar era ainda mais demorado, pois o mesmo ônibus que leva não traz de volta e tínhamos que ir até o centro da cidade para lá pegarmos o que vai para Restinga.

Tentávamos voltar de Belém Novo numa noite em que os ônibus não paravam no ponto por estarem completamente lotados. Ficamos esperando o mesmo tempo que levamos para chegar lá, sem sucesso. Minha preocupação era com uma palestra para a qual já estávamos atrasados e eu não queria perdê-la de jeito nenhum. Nossa única alternativa para não perder o compromisso era tomar táxi, com o qual chegaríamos em dez minutos. O problema é que táxis são caros e me pareceu que não deveria gastar um dinheiro que me faria falta depois.

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Minha Missão de Tempo Integral: Porto Alegre, julho de 1987

Meu último companheiro na missão e eu
Meu último companheiro na missão e eu

Eis-me de volta à minha amada Porto Alegre. Depois de minha terra-natal, São Paulo, esta é a cidade de que mais gosto neste país. Há muito havia em meu coração o desejo de terminar a missão aqui e o Senhor me concedeu essa bênção. Prometo-Lhe que, em troca, farei tudo para transformar este pedaço da cidade numa área de sucesso.

Confirmando o que eu já sabia, o relato que me fizeram do trabalho aqui não foi nada animador. Trata-se de um conjunto habitacional chamado Nova Restinga, uma área territorialmente pequena e que já foi praticamente varrida pelos missionários anteriores. Dizem que mais da metade dos habitantes deste conjunto já foi batizada na Igreja, embora muitos sequer se lembrem disso.

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