O Jornal do Senado, distribuído em todo o Congresso Nacional para parlamentares e funcionários, publicou em sua edição de 23 de novembro matéria quase de página inteira destacando a homenagem feita à Igreja no dia anterior.
“O Plenário homenageou ontem os missionários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon, que iniciaram suas pregações no Brasil há 80 anos. A homenagem foi solicitada por Edison Lobão (PMDB-MA), o primeiro a discursar. Os mórmons foram exaltados ainda em pronunciamentos de Alvaro Dias (PSDB-PR), Romeu Tuma (PTB-SP) e Mão Santa (PMDB-PI), e, em apartes, por Eduardo Suplicy (PT-SP), Gerson Camata (PMDB-ES) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Compuseram a mesa Ronaldo Costa, representante da igreja, e Murad Karabachian, presidente da Câmara Brasileira de Comércio de Utah (estado americano onde está sediada a instituição), entre outros”, escreveu o jornal.
Destacando trechos dos discursos de alguns senadores, o jornal publicou:
Sobre o Senador Edison Lobão — “Edison Lobão destacou que a Igreja Mórmon é uma das que mais crescem no mundo e tem no Paraná e em Santa Catarina cerca de 800 mil seguidores. Segundo o senador, o dia-a-dia de um mórmon é rigoroso, o que torna essa religião elogiada por muitos. ‘Eles são disciplinados, cumprem uma programação rigorosa, assumem compromissos e os realizam, têm comportamento reservado e são honestos. Assim, em tempos de violência e de dificuldade em organizar a vida, muitos vêem a conduta mórmon como uma orientação e como um exemplo a ser seguido’ afirmou Lobão, salientando que eles valorizam o casamento como instituição sagrada e a família como ‘base principal do equilíbrio social’. Lobão recordou a história da igreja, fundada por Joseph Smith em Nova York. Mais tarde, disse o parlamentar, o primeiro grupo de seguidores migrou para o oeste dos Estados Unidos, estabelecendo-se em Utah, onde fundaram Salt Lake City, que sedia a igreja. ‘Os mórmons já conquistaram o Brasil porque o país está entre os maiores seguidores da religião’ ressaltou o parlamentar.”
Sobre o Senador Álvaro Dias — “A atuação social da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi aplaudida por Alvaro Dias, que citou, entre as iniciativas dos mórmons, o serviço voluntário chamado ‘Mãos que ajudam’, que reuniu, no último dia 7 de setembro, 60 mil membros e amigos da igreja para trabalhar na reforma de 284 escolas públicas em todo o país. ‘No ano passado, o Mãos que ajudam foi direcionado à reforma de roupas hospitalares de 290 hospitais públicos de 190 cidades. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias também mantém um importante trabalho de assistência humanitária em todo o mundo. Cerca de 163 países já receberam ajuda em aportes expressivos tanto de dinheiro quanto de material’ afirmou. Alvaro registrou ainda que no dia 12 de outubro a igreja mobilizou no país mais de 50 mil crianças para trabalhar na revitalização de 320 praças e parques públicos. O senador acrescentou que os mórmons promovem periodicamente campanhas de doação de sangue e se mobilizam para auxiliar na limpeza e reforma de asilos.”
Sobre o Senador Romeu Tuma — “A pregação em favor da paz feita pela instituição religiosa foi ressaltada por Romeu Tuma, que disse ter se sensibilizado quando os demais senadores falaram na importância que os mórmons dão à família. Muito emocionado, ele lembrou que está casado há 48 anos, tem quatro filhos, nove netos e uma bisneta e quando consegue reuni-los, sua esposa pára o que estiver fazendo para se dedicar ao convívio familiar. ‘Uma família unida traz as bênçãos de Deus na mesma hora. Quem consegue ser feliz, ter amor ao próximo, sem o convívio de uma família?’ questionou. O senador disse que não se pode ser egoísta e que é preciso somar para ajudar o semelhante. A seu ver, todos têm um compromisso com Jesus de dedicar cada minuto de vida a auxiliar o próximo. Ele ressaltou que a paz depende do coração de cada um, como pregam os mórmons. Em outro pronunciamento, Tuma afirmou que o Caminho de Abraão — inspirado no de Santiago de Compostela ––, jornada feita a pé por peregrinos entre Harran, na Turquia, e Hebron, na Cisjordânia, poderá levar à paz no Oriente Médio.”
Sobre o Senador Mão Santa — “Mão Santa ressaltou, em seu pronunciamento, o efeito da redução dos índices de violência em favelas e áreas pobres no país onde se acham presentes igrejas. O senador disse ter despertado para a importância da atividade das igrejas na diminuição da violência urbana a partir de depoimento de jornalista em audiência pública realizada no Senado sobre o crescimento da violência no país e a crise no setor de segurança pública. ‘O jornalista observou que nas favelas e bairros pobres onde havia uma igreja a criminalidade era menor. Então, este país precisa de Deus. Saiam daqui e trabalhem mais. Nós temos muito poucas igrejas mórmons. Muito poucas! Nós não temos 1 milhão de seguidores ainda! O Brasil já está com 187 milhões! Nós não temos 1%!’ assinalou Mão Santa, se dirigindo aos religiosos presentes no Plenário. O senador afirmou que, em seus 65 anos de vida, já conviveu com muita gente, para acrescentar que quem mais o comoveu, entretanto, foi seu motorista Bento, um mórmon, pela sua grandeza, firmeza e dignidade.”
A seguir, os trechos mais relevantes dos discursos dos referidos senadores (não publicados pelo Jornal do Senado):
Álvaro Dias — “É uma das Igrejas que mais crescem no mundo, e já ocupa lugar de destaque em todo o território brasileiro, para nossa honra e para nossa alegria. A obstinação, a dedicação que eles hoje incluem na sua religião é a mesma dos tempos de Cristo. Uma ampla programação dirigida às famílias é organizada com freqüência por eles. Semanalmente, nos lares, em seus templos e em outros lugares de oração, são organizadas noite familiares. Quero dizer que esta homenagem que o Senado da República do Brasil presta aos mórmons pelos seus 80 anos em nosso País é justa! É justa, porque todos eles estão a serviço da melhor consciência brasileira.”
Álvaro Dias — “Gostaria de registrar e enaltecer o trabalho de ajuda humanitária prestado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em todos os quadrantes do mundo e especialmente no Brasil.
Aproximadamente 163 Países já receberam ajuda humanitária da Igreja em aportes expressivos, tanto em dinheiro quanto em material. Faço questão de registrar o meritório trabalho social dessa Igreja em nosso País, desenvolvido por intermédio do programa de trabalho voluntário chamado Mãos que Ajudam. Esse programa tem realizado projetos dos mais variados e em escala crescente. O mais recente foi deflagrado em todo o Brasil no último dia 7 de setembro. Foram reformadas 284 escolas públicas com a participação de 60 mil voluntários. Em 2007, igualmente, um grande mutirão promovido sob os auspícios do Programa Mãos que Ajudam realizou a reforma de roupas hospitalares em 290 hospitais públicos de 190 cidades brasileiras e costurou 190 mil peças de roupas, envolvendo milhares de membros e amigos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A Igreja dos Mórmons no Brasil realiza o exercício da função social na sua plenitude. O conceito que norteia o referido programa é a permanente ajuda humanitária e serviço comunitário, mobilizando milhares de voluntários de todas as idades, membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no Brasil, estendendo a mão a quem precisa.”
Romeu Tuma — “Comecei a sentir um arrepio por dentro do organismo quando se falou em família. Quem de nós consegue sobreviver e ter amor ao próximo se não for bem-educado, bem formado dentro de sua família? Tenho quatro filhos e acho que cada um de nós, como pai, como mãe, tem a dignidade quando sabe educar e orientar seus filhos no seio do amor à família. Essa é a história de qualquer ser humano que realmente consegue prestar serviço ao próximo. A atividade social que foi descrita nesta tribuna nos traz uma satisfação enorme porque ainda se acredita em Deus, em Jesus e que o próximo é a nossa vida. Temos um compromisso com Deus, com Jesus. Quando passamos por momentos difíceis em nossa vida, lembramos que Ele está lá e assinamos um compromisso espiritual de fé. Cada minuto que Ele consiga nos dar a mais de vida tem de ser utilizado para servir ao próximo. E é isso que os mórmons têm feito, provavelmente desde a primeira idade. Há mais de 15 anos, convivo com o Deputado Moroni Torgan e, perto dele, sinto um alívio espiritual enorme, pela conduta, pela ética com que ele se reproduz e com o amor com ele fala de sua família. Moroni, em nome de Deus, agradeço a você por hoje, pois, ao vê-lo na Mesa, vim saber o que estava acontecendo e foi um momento de felicidade.”
Mão Santa — “Com todo o respeito, digo que me tranqüilizava quando andava pelas estradas esburacadas do Piauí, nas piçarras, cumprindo o meu dever, entregue à responsabilidade, à força cristã, à firmeza e à dignidade do motorista mórmon que eu tinha. Ó, Deus -– como disse Castro Alves em O Navio Negreiro: ‘Onde estás, Deus, que não respondes?’ –-, vamos multiplicar essa igreja mórmon no meu Brasil. Aí teremos paz, ordem e progresso.”
(Com informações do comitê de assuntos públicos da Igreja)
Excelente reportagem! Não tinha lido ainda!
Obrigada, Marcelo, por disponibilizá-la em seu site!
Vc tem feito um grande trabalho missionário através da internet!
Um abraço,
Mara Rúbia