O dia em que me tornei oficiante do templo

Referente a setembro de 2003

No último sábado do mês, 27/9, estive no templo novamente. Vivia a expectativa de conseguir tornar-me o oficiante que desde março passado vinha desejando ser. Tanto meu novo bispo quanto meu presidente de estaca integravam nossa caravana. Portanto, depois de vários desencontros e problemas, seria a ocasião perfeita para recomendarem-me como oficiante à presidência do templo.

Logo que entrei, fechei-me em uma das cabines do vestiário e ofereci ao Pai minha gratidão por estar em Sua casa novamente. Pedi-Lhe que me abençoasse com o Espírito para que eu pudesse tirar o máximo possível de proveito da experiência. Ele atendeu meu pedido ajudando-me a vislumbrar a ordenança da investidura sob novos aspectos que ampliaram minha compreensão da Criação e dos convênios feitos no templo.

À tarde, o momento que eu tanto esperava chegou: o da entrevista com um membro da presidência do templo. Então, o segundo conselheiro colocou dois carimbos no formulário, puxou a cadeira onde estava sentado e a levou até o meio da sala, convidando-me a sentar nela. Explicou que agia com a autoridade concedida a ele pessoalmente pelo profeta da Igreja, presidente Hinckley, que a recebeu pessoalmente do Salvador Jesus Cristo. Então, impôs suas mãos sobre minha cabeça e designou-me oficialmente um oficiante da Casa do Senhor. Estava conquistada mais uma vitória! Meu coração se encheu de alegria e gratidão por ter sido aceito pelo Senhor como Seu servo em Sua casa.

Após dar-me algumas instruções, às quais quase nem consegui prestar atenção tamanha era minha emoção, fui para meu primeiro serviço: o de representar o Senhor atrás do véu da Sala de Investiduras. Era a primeira vez em que eu podia ver a ordenança não como alguém que a recebe, mas que a ministra. Foi uma experiência magnífica!

Nos dias subseqüentes, notei que minha espiritualidade cotidiana havia sido significativamente elevada, como se meu escudo protetor contra os males do mundo houvesse sido fortalecido. Notei essa mudança no poder de minhas orações, em meus sentimentos de amor ao próximo e em meus pensamentos. Passei a ponderar sobre o que mudou em meu cotidiano com a nova designação e percebi que, com o aumento de minha estatura espiritual e da confiança depositada em mim pelo Senhor, aumentou também minha responsabilidade perante Ele. Se antes minha humilde obediência a Seus mandamentos já estava no topo de minhas prioridades, agora ela está ainda mais elevada nesse topo, mais distante do que vem em segundo lugar — que, aliás, nem sei o que é. 🙂

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Uma resposta para O dia em que me tornei oficiante do templo

  1. Michael DS disse:

    Irmao Todaro,

    Sei perfeitamente como voce se sentiu e acredito em todas as suas palavras.

    Como voce sabe, eu tambem sei com muita conviccao que o Nosso Pai Celestial é realmente um pai. Um Pai Celestial de misericordia tamanha que nenhum ser humano é capaz de compreender mas sabe que é real. Ele é tao misericordioso que em muitos instantes em minha vida questionei a mim mesmo como isso pode ser possivel, eu nao mereco tanto. Mas Ele é Pai. Pai perfeito. Pai glorificado. Pai exaltado. Pai misericordioso. Pai Deus. Nosso Pai Celestial.

    Estou com voce e nao contra voce. Eu lhe entendo perfeitamente.

    Que Deus nos abencoe, que possamos magnificar mais e mais, hoje um tanto amanha o dobro ate a perfeicao como voce mesmo sugeriu.

    Seu amigo Michael

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