Minha Missão de Tempo Integral: Santana do Livramento, janeiro de 1987

Publicado em 1 de janeiro de 2007 e atualizado em 1 de março de 2024

Uma das belas capelas de Santana do Livramento
Uma das belas capelas de Santana do Livramento

Meu ano começou com a imensa alegria de estar no campo missionário, trabalhando duro, ceifando almas (no bom sentido), separando o trigo do joio, lutando, sofrendo, testificando e sendo abençoado pelo Senhor com revelações e conhecimento.

E quando falo em revelações, refiro-me realmente a revelações! Perguntando ao Senhor o que poderia ser melhorado em meu trabalho, Ele me mostrou que estamos falhando na edificação da fé de quem ensinamos. Isso me fez perceber que comigo o Senhor não se contenta com pouco. Pode ter sido esse o motivo de ter segurado as bênçãos em Pelotas, ou seja, para me despertar para esse ponto. “Porque a quem muito é dado, muito é exigido” (D&C 82:3).

Mas meus dias de Pelotas já passaram, agora é outra fase. Fase que abre o ano com batismos. Finalmente! Após quatro meses de jejum, aparecem novamente os frutos que um missionário tanto busca. É pena que tenha tido que sair de Pelotas para consegui-lo, queria ter batizado pelo menos uma pessoa lá.

Sim, a missão está sendo para mim uma escola de vida. Mas há missionários que não aprendem isso e, talvez por falta de testemunho, mergulham no mar gelado e escuro da apostasia. Fiquei sabendo que um rapaz que conheci de perto em meus primeiros meses de Campina Grande e que servia na missão Brasil Recife foi excomungado por quebrar a lei da castidade na missão. O rapaz nunca foi mesmo um exemplo de fé. Acredito que tenha sido mandado para a missão a fim de se tentar uma total e definitiva conversão, tal como está acontecendo comigo. Pelo jeito, não funcionou.

As missionárias que devo treinar
As missionárias que devo treinar

Deixando de lado os fracassos e falando de sucessos, a segunda metade do mês foi marcada pela chegada de uma nova dupla de missionárias que se juntaram à dupla já existente. Meu distrito agora conta com quatro missionárias e dois missionários. Com mais uma dupla, meu desafio foi redividir as áreas para lhes dar uma onde trabalhar. Foi um grande quebra-cabeça. Por fim, decidi dividir minha própria área ao meio, fazendo-as trabalhar para a mesma ala onde estou.

Trabalhar com quatro missionárias será um desafio. Treinar moças não é o mesmo que treinar rapazes. Elas requerem mais delicadeza, sensibilidade e certos cuidados com relação a horários, área de trabalho e outras coisinhas.

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