Bradesco: ô banquinho nojento!

Publicado em 11 de janeiro de 2007 e atualizado em 18 de março de 2024

Logo do Bradesco quebrado ao meio

Peço licença para mudar de assunto e falar de algo deveras desagradável: a desorganização e desrespeito da área de câmbio do Bradesco.

Isto não é uma campanha difamatória. É apenas o desabafo de minha insatisfação com o sofrível tratamento que recebi da área de câmbio do banco, da qual espero nunca mais precisar.

Quando falo em “sofrível tratamento” não me refiro ao tratamento pessoal, que sempre foi cortês e atencioso e do qual não tenho queixas, e sim ao tratamento corporativo. As severas queixas e críticas expressas abaixo não são contra pessoas, e sim contra procedimentos.

Minha primeira experiência como cliente Bradesco ocorreu na segunda metade da década de 1970, ainda em minha adolescência, quando abri uma poupança na agência situada junto à estação Jabaquara do metrô, em São Paulo. Já naquela época o Bradesco era um banco complicado. As filas eram intermináveis (ainda mais do que são hoje, apesar de toda a informatização do banco), o atendimento ruim e eu costumava dizer que me sentia tratado como gado à espera do abate.

Três décadas depois, o Bradesco tornou a me causar transtorno e irritação. E por motivos incompreensíveis e injustificáveis.

Como associado do programa Google AdSense, recebi meu primeiro pagamento do Google em forma de cheque nominal pagável em agência do Citibank em Nova York. Como o Bradesco tem convênio com o Citibank, achei que poderiam compensar o cheque para mim — única real vantagem do Bradesco sobre o Itaú, do qual também sou cliente.

Aliás, o Itaú é um bom banco. Caro, mas bom. Sou cliente desde 1989 e, nesse período, raras foram as vezes em que tive alguma séria queixa contra ele. Quando eu trabalhava para uma empresa holandesa, meu salário era enviado de lá para cá via ordem de pagamento internacional que o Itaú depositava em minha conta sem qualquer complicação. Tudo muito tranquilo e prático.

Já o Bradesco…

Voltando ao assunto: fui com o cheque do Google à agência do Bradesco em que tenho conta — e que só preciso manter para receber alguns pagamentos. Foi aí que recomeçou o show de horror de décadas antes. O problema desta vez não foram filas nem mau atendimento: foi que a gerência da área de câmbio do banco, em Recife, só compensaria meu cheque se antes soubesse o motivo pelo qual o Google havia me dado o dinheiro.

Muito estranho… Por que isso seria da conta deles? Será que o banco se recusaria a compensar meu cheque se não achasse o motivo bom o bastante?

Sem que ninguém me explicasse o motivo da exigência, respondi tratar-se de pagamento por serviços prestados.

Pois não é que a gerência do câmbio quis então ver meu contrato de prestação de serviço com o Google?

Como eu estava mais interessado em ver meu cheque compensado do que em entender os motivos de tal petulante e atrevida BURROcracia, relevei. Mas tentei explicar que o Google não usa contratos personalizados com o nome de cada um de seus milhões de associados ao redor do mundo, e sim um modelo único válido para todos. Até imprimi e mandei para eles a página de termos e condições de participação no programa (em inglês mesmo), que é o único documento que eles emitem.

Não servia. Eles insitiam que tinha que ser algo onde constasse meu nome.

Já que a BURROcracia do câmbio do Bradesco queria ver meu nome escrito em algum papel do Google, mostrei-lhes que o próprio cheque, que era nominal, continha a justificativa do pagamento: “Participação no programa Google AdSense”. Então eles acharam aceitável.

Eu mereço… 🙁

Satisfeita a BURROcracia do banco, finalmente dignaram-se a processar o cheque — o que, aliás, não era favor nenhum, pois estavam cobrando 30 dólares pelo serviço e ainda levariam 45 dias para concluí-lo.

Passada essa eternidade, o dinheiro chegou e o assunto foi esquecido — até porque não achei que passaria por tal chateação novamente.

Enquanto isso, eu continuava recebendo pelo Itaú outras remessas do exterior sem qualquer dificuldade, depositadas em minha conta em prazo nunca maior que 24 horas. Nenhuma pergunta, nenhum atraso, nenhuma burocracia. Impecável eficiência.

No mês passado fui comunicado que me seria enviada mais uma dessas remessas através de ordem de pagamento internacional. Como as taxas do Bradesco são mais baixas que as do Itaú (que atualmente cobra 50 dólares para depositar essas ordens), tive a amaldiçoada idéia de experimentar fazê-lo pelo Bradesco, desta vez na esperança de economizar 20 dólares. Raciocinei que, como o procedimento não envolveria compensação de cheque, talvez a coisa pudesse ser mais fácil. Eu nem sonhava que a decisão comprovaria a veracidade do ditado “o barato sai caro”.

Minha fonte pagadora lá fora enviou a nova remessa para minha conta no Bradesco em 28/12. Todavia, ao contrário de como teria sido no Itaú, o dinheiro não caiu na conta no primeiro dia, nem no segundo, nem no quarto, nem no sexto…

No décimo dia (9/1) resolvi ligar para o banco. A gerente da agência consultou o sistema e descobriu que o dinheiro havia chegado dos EUA no mesmo dia em que foi enviado (28/12), só que ficou retido no departamento de câmbio. E NINGUÉM ME AVISOU!!! Talvez ficasse lá indefinidamente se eu não soubesse de antemão que havia sido enviado.

Foi aí que recomecei a repetir o mantra que criei na década de 70 para definir o que é o Bradesco: Ô BANQUINHO NOJENTO!

Para liberar o dinheiro o câmbio queria, de novo, comprovação documental da razão do envio do dinheiro para mim. Disseram-me que assim teria que ser toda vez que eu recebesse do exterior alguma coisa. E que isso é exigência do Banco Central.

Ah, tá… Querem que eu acredite que o Itaú vem sistematicamente violando alguma norma do BC por anos! É pra rir?

Se arrependimento matasse…

Então lá fui eu ao Bradesco novamente tentar saciar sua sanha BURROcrática. Afinal, o dinheiro já tinha chegado e eu não poderia fazê-lo retornar a fim de que fosse reenviado para o Itaú.

Entrei na agência munido da única prova documental disponível: meu contrato de prestação de serviço com a empresa americana de quem recebo pagamentos ocasionais. Por telefone, a gerência do câmbio confirmou que o referido contrato seria suficiente. Deram-me também um boleto para assinar. Só que, como em toda boa BURROcracia, não bastava apresentar o contrato e assinar um boleto: queriam cópia autenticada de todas as páginas do contrato e com firma reconhecida de minha assinatura, as quais eu obviamente não tinha por não imaginar que isso sequer passaria longe de ser necessário.

Eu disse à gerência do câmbio por telefone que não havia justificativa para tanta BURROcracia e que aquela tinha sido a última vez em que eu fazia uma operação dessas pelo Bradesco, já que o Itaú não faz nenhuma dessas exigências ridículas e a tarifa maior que cobra em muito compensa o aborrecimento que o Bradesco estava me causando.

Minha gerente me deu toda razão. Ela até disse que meu caso era fichinha perto do de um dono de agência de viagens que fez uma operação com venda de passagens e desceu ao inferno com a BURROcracia do banco para receber o dinheiro que lhe enviaram do exterior. “Acho que o banco não tem interesse em fazer esse tipo de operação, por isso dificulta tanto as coisas para o cliente”, comentou. Ela deve ter razão. E com isso o banquin nojentin demonstra também não ter interesse em me manter como cliente.

Muito contrariado e perdendo precioso tempo de meu trabalho, peguei o carro, fui ao centro da cidade em busca do cartório onde tenho firma, reconheci-a, tirei as cópias, autentiquei-as e voltei ao banco com elas na esperança de que tudo estivesse resolvido e o dinheiro pudesse finalmente ser liberado depois de absurdos 13 dias.

No dia seguinte fui ver meu extrato. Nada.

Liguei para minha gerente pela trocentésima vez. Ela ficou de verificar e me ligar depois. Ligou. E não acreditei no que ouvi: a gerência do câmbio não aceitou o contrato porque estava em inglês! No mínimo os gênios da lâmpada supõem que se possa assinar contrato com uma empresa americana redigido em bom português, certo?

Todo o tempo, gasolina, taxas de cartório e aborrecimentos do dia anterior simplesmente haviam sido jogados no lixo. No momento em que me dei conta disso, senti-me o perfeito otário!

Poderia ficar pior? Claro que poderia! Em se tratando do câmbio do Bradesco, sempre pode piorar. Se eu quisesse que o contrato fosse aceito, teria que contratar tradutor juramentado e consularizado para traduzi-lo!!!

Respondi à minha gerente: “Vou hoje mesmo procurar Procon, Febraban, imprensa, polícia, papa, pai de santo, o escambau! Isso já virou palhaçada!”

Ela pediu licença e desligou. Não deu dez minutos e retornou. Contou que argumentou com a gerência do câmbio que o que eu gastaria com esse tradutor juramentado e consularizado seria tanto ou mais do que teria a receber. Então, num possível gesto de piedosa benevolência, os BURROcratas do câmbio do Bradesco consentiram que eu lhes apresentasse um simples e reles recibo.

Se eu fosse um sujeito realmente esquentado, entraria na Justiça contra o banco exigindo reparações, a começar pelo fato de ninguém ter me avisado que o dinheiro havia chegado e por terem me feito de bobo no caso da cópia do contrato.

E o pior é que a novela ainda estava longe de terminar!

Conforme instruções da gerência do câmbio, enviei-lhes o tal recibo por e-mail na manhã de 12/1, sexta-feira. Porém, até o fim daquele dia o dinheiro ainda não havia sido liberado. Ligação de minha gerente ao câmbio confirmou que receberam meu e-mail, embora nada tenha sido feito a respeito. Como era sexta-feira, a solução ficou para a semana seguinte.

Na segunda-feira (15/1), logo cedo, liguei para minha gerente pedindo-lhe sua intercessão em meu favor. Ela prometeu fazer contato com o câmbio e retornar em seguida. Não retornou. No fim do expediente, liguei novamente. “Tentei o dia todo, mas não consegui falar com a gerência do câmbio”, disse ela. Pedi-lhe o obséquio de passar-me nome e telefone da pessoa responsável para que eu mesmo tentasse o contato. Consegui falar com essa pessoa logo na primeira tentativa. Não é interessante como foi fácil para mim encontrar essa pessoa ao telefone e para minha gerente não?

A gerente do câmbio disse que eu precisaria mandar-lhe um certo documento que eu já havia mandado, conforme instruções dela mesma logo no início da novela. Foi verificar e constatou que era verdade. Então prometeu liberar o dinheiro no dia seguinte.

Esperei em vão: a promessa não foi cumprida. Por que será que não fiquei surpreso?

Novo interurbano na manhã seguinte. A gerente do câmbio disse que eu deveria voltar à agência para assinar um boleto — mas esse tal boleto já tinha sido assinado e enviado! Aí começou um joguinho de empurra entre a gerente da agência e a do câmbio, uma dizendo que enviou e outra que não recebeu. E eu no meio das duas, sentindo-me o perfeito palhaço de circo enquanto meu dinheiro continuava retido.

Não dá vontade de assassinar alguém???

No fim, consegui que as duas madames combinassem algo entre si para que eu não tivesse que esperar mais. Assim, ao final do vigésimo-primeiro dia de irritação e indignação, terminou o sequestro de meu rico e suado dinheirinho pelo Bradesco. Tratei de transferi-lo imediatamente para um banco mais digno e organizado: o Itaú.

Foram três semanas de espera! No Itaú teriam sido 24 horas ou menos, sem perguntas, sem assinaturas, sem nada da estupidez típica da BURROcracia…

Em minha adolescência o Bradesco fazia-me sentir como gado à espera do abate. Desta vez senti-me como o perfeito bobo da côrte a serviço da diversão das majestades do câmbio do Bradesco.

Um último comentário: não sei se é verdade que o Banco Central realmente exige que os bancos peçam — ou que pelo menos o Bradesco peça — provas documentais das razões do recebimento de dinheiro vindo do exterior, mesmo no caso de pequenos valores. Também não sei se a assinatura de boletos ou papéis de qualquer tipo é realmente necessária. Eu tenderia a crer piamente nisso tudo se não tivesse o Itaú para me provar o contrário. O fato é que preciso de um banco que RESOLVA problemas para mim ao invés de criar problemas novos. Esse, definitivamente, não é o caso do Bradesco.

Desde então, só me lembro da existência do Bradesco em meus pesadelos. Adeus, banquin nojentin! E viva o Itaú! Bradesco, nunca mais!

[ATUALIZAÇÃO em janeiro de 2009] — Nos primeiros dias do mês recebi uma remessa de valor pouco maior que o limite máximo estipulado pelo Banco Central (US$ 5 mil) para a liberação de ordens de pagamento vindas do exterior sem a exigência de comprovação do motivo da remessa e da relação do destinatário com o remetente. Pela primeira vez, portanto, o Itaú me solicitou que comparecesse à minha agência munido desse documento antes que me fosse possível receber o dinheiro. Apresentei ao banco o mesmíssmo contrato em inglês que havia sido imbecilmente rejeitado pelo Bradesco, sem cópia autenticada nem firma reconhecida. O Itaú passou fax do contrato ao Banco Central. No mesmo dia, o dinheiro foi liberado. Simples assim!

[ATUALIZAÇÃO em agosto de 2013] — Tendo descoberto que o Banco do Brasil tem taxa zero para depósito em conta de ordens de pagamento vindas do exterior e considerando que as remessas que recebo de lá têm sido cada vez menores, decidi fornecer à minha fonte pagadora lá fora os dados de uma antiga conta que eu tinha no BB. Comprovei que, de fato, o Bradesco me criou problemas desnecessários. A exemplo do Itaú, o BB nunca me exigiu nada para liberar depósitos de baixo valor.

Não sei como andam as coisas no Bradesco depois do deprimente episódio que relatei neste artigo, mas a simplicidade e eficiência com que sou atendido no Itaú não me encorajam a experimentar nova aventura no Bradesco devido a suas taxas mais baixas — ainda mais agora, que descobri a taxa zero do BB. Como diz o velho ditado, “quem já foi mordido por jacaré tem medo de lagartixa”. Se você souber como estão as coisas no Bradesco hoje na área de câmbio, sinta-se à vontade para contar nos comentários abaixo.

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36 comentários em “Bradesco: ô banquinho nojento!

  1. Bom saber que näo sou a única.
    Eu acho que eles ficam usando o nosso dinheiro antes de nos pagar.
    Bradesco é um banco que deixa muito a desejar e depois desse procedimento tb encerrarei minha conta pois precisamos de banco para ajuda e näo atrapalhar.

  2. Caro senhor,
    Quando minha filha tinha 11 anos, nós tentamos abrir uma conta no nosso banco (Banco do Brasil) para ela com um cartão. A idéia é que ela tivesse um cartão para pagar continhas do tipo “sorvete”, “cinema” e outros. Só conseguimos fazer isso pelo Bradesco, porque era o único que aceitava com a (pouca) idade dela. Por 3 anos ela usou alegremente seu cartãozinho. A gente ia naquelas filas enoooormes do Bradesco, depositava uns trocados, e depois ela gastava com seu cartão de saques (a conta era poupança). Até que em janeiro de 2008, já com 15 anos, ela viajou para os EUA de férias e, na confusão, perdeu o cartão. Para piorar, nós mudamos de cidade, o que deixou um pouco mais complicado acessar a conta dela. Então hoje, 15 de maio de 2008, fomos a uma agência do Bradesco aqui de Campo Grande, MS, pedir um extrato, saldo, etc… Para nossa surpresa, fomos “informados” que a referida conta tinha sido encerrada em novembro de 2005 por falta de saldo. Como assim encerrada em 2005? Pois se em dezembro de 2007 EU VI minha filha sacar uns trocados no caixinha do banco. E é claro, também depositamos alguns dinheiros para ela no período. O problema é que somos desorganizados e não guardamos esses recibos. O único documento que temos é justamente o da abertura da conta, de 2004. Agora estou aqui, feito louco, revirando tudo que é papel para achar os referidos comprovantes de depósito. Eu só sei que é impossível a conta ter sido encerrada em 2005, porque foi movimentada até o final de 2007. Realmente esse banco é o fim da picada!

  3. Caro Marcelo, não pertenço aos quadros do Bradesco, mas presto serviços à Organização. Escrevo textos para eles sobre diferentes assuntos, normalmente direcionados ao público interno.
    Quando vou escrever sobre qualquer tema, pesquiso antes e, como vou escrever sobre câmbio, fui dar uma olhada na internet e cruzei com sua lamentável experiência.
    Sem querer justificar o injustificável, o Bradesco é uma instituição muito grande e conseguir unanimidade de atuação e de qualidade de 70 mil funcionários para quase 17 milhões de clientes é um desafio diário mas sei que eles fazem o possível e o impossível para que isso aconteça.
    Lógico que você não consegue olhar o lado positivo da Organização (e acredite, existem inúmeros) porque passou por uma experiência pessoal extremamente desagradável e por isso mesmo, nem vou entrar neste mérito. Ocorrencias como a que você narra, não deveriam acontecer, especialmente, pela forma como foram conduzidas, assim como não deveriam ocorrer os atrasos citados e a forma de atendimento indicada pelo Samuel.
    O problema é que se estas reclamações não forem direcionadas aos canais adequados, nada muda. Um caminho que gostaria de lhes sugerir é o que já foi indicado, o Alô Bradesco. Esse é um canal de incrível eficiência. Semanalmente a diretoria do banco acompanha as ocorrências. Todas as reclamações são investigadas; as pessoas envolvidas internamente são questionadas e orientadas, buscando a melhoria dos procedimentos e a satisfação do cliente. Sei que é desgastante ter de fazer isso depois de toda essa sua experiência negativa mas, para que os procedimentos possam melhorar é necessário que a sua reclamação não fique restrita às pessoas diretamente envolvidas.
    Como disse inicialmente, não pertenço aos quadros do banco, mas conheço de perto o esforço da Organização para aperfeiçoar o atendimento e os procedimentos; por isso, se você puder, por gentileza, registre o caso no Alô Bradesco. No mínimo, você estará contribuindo para que outras pessoas não passsem pela mesma experiência. No máximo, você ficará satisfeito por darem ao caso a devida atenção e talvez, quem sabe, possa reconsiderar o seu bordão de definição do banco.

  4. To muito puto com o Bradesco…
    Já fiz cambio lah várias vezes (2 em cheque e 2 via SWIFT) esse mês eles inventaram que o depósito q o google fez foi em 507 reais ou 220 dolares…
    detalhe: na página do google consta: 507 DÓLARES…
    Se eles estão achando que eu vou engolir essa… esquece! eu fecho a merda da conta do bradesco e abro uma conta em outro banco, mas não vou deixar eles ficarem com minha grana.
    O bradesco realmente é um banco completo. Um completo lixo!

  5. Decidi que toda vez que tiver um problema com o câmbio vou postar aqui. Dia 26 mandaram uma ordem de pagamento. Quem recebe pelo BB ou Santander recebeu dia 01. Hoje é dia 06 e ainda não chegou no Bradesco.

    Ou melhor, não tinha chegado até ontem. Hoje estou tentando ligar pra lá mas não consigo. Tenho dois números: um só dá ocupado e o outro ninguém atende. São 15h30 de uma quarta-feira. RIDÍCULO.

  6. Tive o mesmo problema! Mandei o email abaixo pra eles e o gerente regional me ligou falando um blablablá danado… sem soluções práticas, só blablablá. Tb foi a última vez que recebi pelo Bradesco. Assim que possível, encerro minhas contas lá.

    Conheço padarias com atendimento melhor que o oferecido pelo departamento de cãmbio do Bradesco de Belo Horizonte.

    Eu ia começaar este e-mail dizendo que o dpto de câmbio de BH parece uma padaria mas seria uma injustiça para com as panificadoras. Na que frequento sou excelentemente bem atendido, com cortesia e educação. Lá as regras são claras e os funcionários sempre estão dispostos a atender.

    No dpto de câmbio de BH é justamente ao contrário. Quando ligo pra lá para saber se chegou uma ordem de pagamento, escuto meu interlocutor berrar para alguém que parece estar a 100 metros: “Ô fulano, chegou alguma coisa da Empresa X aí?”… como se fosse “Ô fulano, já saiu o pão?”… mas a padaria que frequento não é assim: o funcionário se desloca até o padeiro e pergunta silenciosamente, com uma educação superior.

    Há amigos em outros estados que recebem as mesmas ordens de pgto que as minhas pagando tarifa de US$15. Em Curitiba e em SP. Em BH custa US$50 (será que são mais incompetentes ainda em outros estados!? Impossível!).

    As ordens de pagamento chegam no Itaú até 3 dias antes que no Bradesco. Além disso, o Itaú avisa no Internet Banking quando recebemos uma nova ordem de pagamento. No Bradesco preciso ficar ligando lá. E quando ligo, como agora as 15h00 para fechar o câmbio, sou informado que não posso ser atendido pq a única funcionária está em horário de almoço (repito, são 15h00).

  7. Sou funcionário do Bradesco e trabalho justamente na área administrativa onde há toda essa burocracia. De fato, o Banco Central exige comprovação dos motivos do recebimento para evitar lavagem de dinheiro.

    Temos diversos cursos de prevensão à lavagem de dinheiro e o departamento de prevensão vive entrando em contato quando algo suspeito é encontrado.

    Infelizmente existem funcionários e funcionários. Sua gerente foi uma péssima funcionária, que por não entender como funciona o setor administrativo, pôs-se a criticar a organização em que trabalha. Por que o banco dificultaria essa transação? Vai dizer que a tarifa não é interessante?

    Realmente, os setores comercial e administrativo vivem em guerra, porque os gerentes nunca querem burocracia, e lá estamos nós pra fazer tudo certo assim como manda o Banco Central (ou seja, com muita burocracia).

    Não sei porque o Itaú não tem esse processo burocrático, talvez por alguma vez já ter confirmado os dados com você e saber da procedência do dinheiro para assim informar melhor a inspetoria, que está no nosso pé o tempo inteiro.

    De qualquer modo, concordo que a canseira que você levou é ridícula. E para isso existe o Alô Bradesco. Um canal onde o cliente faz suas críticas ao atendimento, à burocracia, à demora, etc, etc…

    Pode acreditar, uma vez feita a ocorrência no Alô Bradesco, dificilmente você volta a ter o mesmo problema.

    1. Caro Diego,

      Obrigado por seus comentários, que ensejam outros.

      Será que uma quantia tão baixa quanto 520 dólares levanta alguma suspeita de lavagem de dinheiro? Alguém lava dinheiro com um trocado desses?

      Entendo perfeitamente a necessidade de manter controle sobre as divisas que entram e saem do país, mas aplicar com o mesmo rigor medidas feitas para combater crimes a quem só está querendo receber um trocadinho (mesmo!) por um trabalho honesto é, no mínimo, insensatez. Ainda que o BC realmente o faça, a própria gerência de câmbio do banco deveria ser capaz de separar o trigo do joio usando como parâmetro o valor da remessa. Caramba, qual mente ingênua e despreparada seria capaz de pensar que alguém que recebe uma ninharia dessas com meses de intervalo está lavando dinheiro???

      Eu realmente não creio que o Banco Central não faça distinção alguma entre valores baixos e altos na hora de mandar aplicar essas normas. Deve haver um limite a partir do qual a malha fina passa a funcionar e não creio que meus 520 dólares sequer estejam perto disso.

      E, novamente, como eu disse em meu post, eu tenderia a crer piamente nisso tudo se não tivesse o Itaú para provar-me o contrário. Realmente não sei como o Itaú resolveu esse problema, só sei que resolveu. E, repetindo o que eu disse mais acima, preciso de um banco que RESOLVA problemas para mim (caso do Itaú) ao invés de criar problemas novos (caso do Bradesco).

      Um abraço!

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