Quem tem medo do anticristo?

O imaginário popular costuma interpretar o termo anticristo como sendo uma figura que surgirá antes da segunda vinda de Jesus Cristo. Na tradição cristã, o anticristo é frequentemente entendido como um líder enganador que exercerá domínio mundial e causará grande sofrimento.

Essa interpretação é baseada em diversas passagens bíblicas (desnecessário citá-las aqui) nas quais faz-se referência ao anticristo conjugando-se os verbos na terceira pessoa do singular. Daí as pessoas entendem que se trata de uma figura individual maligna e rapidamente o imaginam como uma disfarçada encarnação de Satanás.

Para a decepção dos catastrofistas apocalípticos de plantão, o anticristo está bem longe disso.

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Há solução para o ódio contra a mulher?

Sim, há. Mas é preciso primeiro entender por que ele existe, afinal, como os militares sabem muito bem, não se pode combater um inimigo que não se conhece.

Mencionei militares porque, realmente, estamos numa guerra e cada um de nós é um soldado. Mas precisamos estar do lado certo do campo de batalha.

Mesmo em menor número, o inimigo tem poder de causar grande estrago. Qualquer um que acompanha os noticiários sabe disso.

Se estamos do lado certo e somos em maior número, por que parece que estamos perdendo a guerra?

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O dilema da mentira conveniente e da ignorância como arma política

Tenho um amigo que gosta de compartilhar conteúdo de viés político-partidário. Num país politicamente polarizado como o nosso, esse conteúdo prolifera como câncer em paciente terminal.

Que se faça propaganda política não é o que me incomoda. O que me incomoda é que esse conteúdo está infestado de mentiras. Elas acabam sendo engolidas como verdade por quem não tem a iniciativa de conferir. É assim que se manipula a opinião pública.

A questão é: as pessoas que compartilham mentiras sabem o que estão fazendo?

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A evolução espiritual e o paradigma do cercadinho

Sou alguém que gosta de se sentir seguro, inclusive no aspecto espiritual. Por isso, costumo erguer ao meu redor barreiras de proteção que podemos comparar a um cercadinho.

Também sou curioso (e bastante), mas não aventureiro, do tipo que se lança ao desconhecido sem medir consequências. Mesmo assim, fui levado pelo Espírito do Senhor a uma aventura espiritual cuja veracidade precisei quebrar um grande paradigma para reconhecer.

O Espírito pode nos levar a uma experiência dessas mesmo que não peçamos. No meu caso, foi porque Ele queria me ensinar uma lição sobre meu cercadinho e, principalmente, sobre o que há de verdade fora dele. Em suma, Ele queria que eu evoluísse espiritualmente.

Quando ou se uma oportunidade dessas surge, o que fazer: recuar para a segurança do pacote de conceitos e preconceitos do cercadinho ou confiar no Espírito e nos aventurar fora do cercadinho por um momento?

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Da Terra plana às vacinas: o negacionismo e suas implicações sociais e espirituais

O negacionismo, em geral, refere-se à prática de negar uma realidade como meio de escapar de uma verdade desconfortável. Ele se manifesta em vários contextos, como na negação do holocausto, do aquecimento global, da eficácia das vacinas, Terra plana, etc. Nas estratégias negacionistas há a instrumentalização da dúvida para provocar desconfiança na Ciência.

Freud definiu a negação como um mecanismo psicológico que tem a finalidade de reduzir qualquer manifestação que possa colocar em perigo a integridade do ego do sujeito. Em outras palavras, a Psicanálise vê o negacionismo como uma forma de defesa psicológica na qual a pessoa nega uma realidade desconfortável para proteger seu ego.

O negacionismo ignora evidências científicas em favor de crenças pessoais, ideologias e interesses políticos. Exemplo disso é a fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP): no auge da pandemia de Covid-19, falou em “enfiar a máscara no rabo” (palavras dele) em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Por que alguém opta por agir de forma assim irracional?

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