Minha Missão de Tempo Integral: Porto Alegre, maio de 1986

Meu presidente de missão, eu e o Élder F. Burton Howard
Da esquerda para a direita: meu presidente de missão, eu e o Élder F. Burton Howard

Fiz aniversário neste mês e recebi muitos cumprimentos de pessoas que estamos ensinando e de membros da Igreja, dos quais ganhei um bolo. Mas a lembrança mais marcante foi a de meus próprios pais, cujo telegrama chegou junto com outros dois, um da esposa do presidente da missão e outro de vovó. Apesar da satisfação de saber que havia pessoas interessadas em mim, senti uma ponta de tristeza por estar distante de minha família.

Houve uma conferência com uma autoridade-geral da Igreja, o Élder F. Burton Howard. Ele nos ensinou uma imensidão de coisas relativas ao Livro de Mórmon e de como tirar dele lições práticas para a missão. Vi que não há melhor manual missionário que o Livro de Mórmon. Tomando os exemplos de Lamã, Lemuel, Sam e Néfi, comparou o comportamento de missionários de êxito e de fracasso numa inesquecível lição de conduta que pode ser resumida no seguinte quadro:

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Minha Missão de Tempo Integral: Porto Alegre, abril de 1986

Meu primeiro companheiro júnior e eu
Meu primeiro companheiro júnior e eu

Fui transferido no início do mês, ganhando o novo chamado de sênior que tanto queria. Ganhei também meu primeiro companheiro americano, Elder Bagley, que está há apenas dois meses na missão e no Brasil.

Logo deu para sentir o peso da responsabilidade de ser sênior. Dirigir o trabalho e tomar decisões não é fácil, especialmente quando o companheiro fala pouco o português. Carga e desgaste são maiores.

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Minha Missão de Tempo Integral: Alegrete, março de 1986

Em dia de conferência de zona
Em dia de conferência de zona

Uma jovem adolescente queria ir a uma festa com um amigo que integrava uma turma “da pesada”. Seu pai não permitiu que fosse. A moça garantiu que nada faria de errado, mas seu pai não mudou de idéia. Diante das muitas súplicas e insistências da moça, seu pai resolveu lhe dar uma lição. Já pronta para a festa, toda arrumada e perfumada, ele lhe pediu que fosse buscar uma linguiça no porão da casa, onde a família guardava muita carne defumada. A moça protestou: “Se eu entrar lá vou sair fedendo a carne defumada!” O pai concluiu: “Da mesma forma, se você for a essa festa, não sairá de lá tão moralmente limpa quanto estava ao entrar”.

Moral da história: não há como deixar de sermos influenciados pelos erros alheios quando convivemos com eles. De um modo ou de outro, acabaremos afetados mesmo quando não somos nós que tomamos as decisões.

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Minha Missão de Tempo Integral: Alegrete, fevereiro de 1986

No "quintal" da casa de uma família de pesquisadores que ensinávamos
No “quintal” da casa de uma família de pesquisadores que ensinávamos

A missão tem me proporcionado uma infinidade de assuntos sobre os quais eu poderia discorrer, mas as vinte e quatro horas do dia seriam insuficientes para falar de cada um deles. Mesmo assim, eu gostaria de comentar alguns.

Aprendi como tocar fundo a alma de uma pessoa prestando um testemunho inspirado. Falar a verdade é uma grande fonte de poder. Quando falamos a verdade, o Espírito praticamente Se sente compelido a testificar sobre ela, pois a verdade e o Espírito estão intimamente relacionados. Se o ouvinte estiver sinceramente interessado em procurar a verdade com humildade e fé em Cristo, o Espírito do Senhor encontrará nele a porta aberta para que possa fazer Sua parte.

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Minha Missão de Tempo Integral: Alegrete, janeiro de 1986

Eu (à esq.) e um de meus companheiros em Alegrete
Eu (à esq.) e um de meus companheiros em Alegrete

Janeiro começou bem. Meu companheiro foi transferido e não consegui nem quis esconder minha felicidade por isso. Não que eu o desprezasse, mas seu temperamento e personalidade eram minha pedra no sapato. Então fiquei livre de muitos dos desnecessários problemas que ele criava.

Sendo óbvia a veracidade do Livro de Mórmon e concretas as bênçãos recebidas por quem o lê em espírito de oração, meu desejo sempre foi o de anunciar tão sublime verdade ao mundo. Meu propósito na missão é fazer com que alguns cheguem a conhecer a restauração do Evangelho e da Igreja de Jesus Cristo na Terra. Não creio que haja coisa alguma neste mundo que pague o preço do sacrifício que milhares de jovens fazem em todo o mundo neste momento, pagando o dízimo de suas vidas com a obra missionária.

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