A alegria proporcionada pelo templo

Publicado em 14 de outubro de 2007 e atualizado em 13 de fevereiro de 2024

Cada ida ao templo é um milagre. É assim que me sinto enquanto escrevo estas palavras.

Estou assombrado com o poder que o templo exerce sobre mim. Ele tem mudado minha vida, aproximado-me do Pai e aumentado sobremaneira meu desejo de servi-Lo. Esse é o milagre a que me refiro.

Sinto-me enormemente privilegiado por ter o direito de entrar na casa do Senhor sempre que quiser e de desfrutar de manifestações espirituais que só acontecem lá. São essas manifestações espirituais que estão marcando minha vida para sempre. Mais e mais, estou tomando gosto pelo trabalho vicário em cumprimento à profecia de Malaquias 4:6. Também tenho me maravilhado com o que se aprende sobre a Criação, o Plano de Salvação, os convênios e as promessas a eles associadas. A cada passagem pelo templo, cada um desses detalhes assume conotações, prismas e aspectos renovados, ampliados e aprofundados. É fantástico!

Em uma dessas visitas ao templo realizei as ordenanças vicárias por quatro pessoas, uma das quais o pai de um amigo de infância. Eu poderia escrever um livro inteiro sobre essa figura, mas nesta página basta-me dizer que temos mais de trinta anos de uma sólida, inquebrável e prazerosa amizade.

Quando seu pai completou um ano de falecimento, tive a oportunidade de lhe falar sobre as ordenanças vicárias e pensei que, caso ele algum dia ele viesse a tornar-se membro da Igreja, talvez desejasse fazê-las ele mesmo por seu pai. Após meses de conversa sobre o evangelho, perdi as esperanças de que ele parasse de se comportar como a semente que caiu ao pé do caminho da parábola do semeador, na qual a semente cai mas, não a entendendo, “vem o maligno e arrebata o que foi semeado em seu coração” (Mateus 13:19). Então pedi-lhe autorização para proceder as ordenanças por seu pai. Eis sua resposta:

Você sabe, e se não sabe deveria saber: meu pai gostava muito de você e sabia que a recíproca era verdadeira, apesar de não haver tanta proximidade. Ele também sabia que você, apesar de doido, é gente boa e queria sempre o melhor para você. Assim como ele sabia disso, eu também sei que o que você fizer por ele será feito por amor, respeito e admiração.

Estou feliz por ter passado este tempo ao lado dele, mesmo que ache que foi por um período curto demais. E também me sinto feliz por ser teu amigo, saber da importância que tenho (e meus pais também) em sua vida. E vice-versa! Penso com freqüência no Seo Edison e na Dona Ábia, sempre com muito carinho e saudade.

Não tenho condições de autorizar ou proibir tal ordenança, ritual, batismo, seja lá como você chama. Ele, por sua vez, pode aceitar ou não. Faça o que o seu coração mandar, ou sob a orientação do Espírito, como você costuma dizer. E me mande notícias, hehehe!

Contar com seu apoio me trouxe a tranquilidade necessária para curtir a alegria de proporcionar a seu pai a libertação da prisão espiritual, caso aceite a oferta. Senti essa mesma alegria ao fazer o mesmo pelos demais.

O serviço que desta vez prestei no templo foi uma experiência espiritual tão magnífica que comecei a sentir um forte desejo de servir mais ativamente ao Senhor em Sua casa. Foi daí que a idéia de me tornar oficiante do templo me pareceu muito atraente. Não creio ter sido por acaso que um oficiante viajou ao meu lado no retorno para casa. Tive a oportunidade de conversar com ele sobre o trabalho como oficiante, sobre qualificações, pré-requisitos e bênçãos desse serviço, o que me atiçou ainda mais um desejo que já era forte. Já fui buscar informações sobre o procedimento para qualificação e, várias vezes desde então, já disse ao Senhor que, se for de Sua vontade, me conceda essa magnífica bênção.

Foi com essa alegria e entusiasmo no coração que iniciei o dia no domingo seguinte. Pedi ao Senhor que me abençoasse com a possibilidade de conservar comigo o mesmo Espírito que havia me transformado no dia anterior. Queria irradiar a celestialidade do templo nas reuniões da Igreja e transmiti-la nas duas aulas que daria. Ao dá-las, senti o ardor de meu testemunho nos momentos em que o prestei sobre os assuntos que ensinei. Queria ter sido capaz de colocar esse mesmo ardor nos peitos dos irmãos e irmãs que me ouviam. Se eu tiver sido capaz de ser instrumento nas divinas mãos para tocar um único coração que fosse, me darei por realizado.

Mais do que nunca, o sentimento que inunda meu ser neste momento é gratidão. Gratidão pelo privilégio pertencer à Sua Igreja, de viver Seu evangelho, de ter a companhia do Espírito, de entrar em Sua casa, de ter meu testemunho aumentado a cada dia, de ser merecedor de tantas e tamanhas manifestações de Seu amor e de ser digno de Sua confiança.

ATUALIZADO em 13/02/2024 — Inserida a foto do Templo de Roma, templo que não existia na data da publicação original do artigo.

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