A revista Veja e as ‘várias esposas’ de Joseph Smith

Publicado em 23 de janeiro de 2011 e atualizado em 13 de fevereiro de 2024

Recebi ontem mais um exemplar da revista Veja (ed. 2201, 26 de janeiro de 2011), da qual sou assinante. Abri a revista aleatoriamente e caí num artigo que comenta a última temporada do seriado Big Love (pg. 110).

Para quem não sabe, Big Love é um seriado da TV americana sobre uma família poligâmica. O personagem Bill Henrickson (vivido pelo ator Bill Paxton) é um polígamo contemporâneo que vive no subúrbio de Salt Lake City, estado de Utah, Estados Unidos, com três esposas, sete filhos e uma avalanche de responsabilidades. Senador e dono de uma promissora cadeia de lojas de artigos domésticos, o personagem — que também é membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santo dos Últimos Dias — luta para manter o equilíbrio entre as necessidades financeiras e emocionais de suas esposas e ainda manter em segredo seu estilo de vida, uma vez que a poligamia foi proibida pela Igreja há mais de um século e é crime pela lei dos EUA.

A produção do programa já se envolveu em polêmicas ao ter anunciado que exibiria em um dos episódios parte das cerimônias de nossos templos, cerimônias essas que consideramos tão sagradas que sequer falamos delas fora deles. A celeuma levou a Igreja a se manifestar, incentivando os membros a darem ao fato a importância que realmente tem (nenhuma) e ensinando que reagir furiosamente ao atrevimento dos produtores só lhes daria mais publicidade.

Coincidência ou não, após esse incidente a produção anunciou o fim da série para este ano.

Então a revista Veja produziu artigo em que analisa o contexto social e político da última temporada da trama, que começa a ser exibida hoje (23/01/2011) no Brasil no canal pago HBO, em que o senador decide expor sua proscrita condição de polígamo, atirando-se com a família num caldeirão fervente de execração pública e encrencas legais.

Até aí, tudo bem.

O que não está bem é o festival de asneiras sobre a Igreja com que Veja decidiu fechar o artigo, do qual extraio o seguinte trecho:

O primeiro polígamo mórmon foi o fundador da religião. Joseph Smith (1805-1844) dizia ter recebido a orientação divina do direito ao ‘casamento plural’ quando já acumulava dezenas de mulheres. Há coincidências entre sua trajetória e a do herói de Big Love. Smith arriscou-se também na política — em 1844, foi candidato derrotado à Presidência dos EUA. Ele foi aos poucos perdendo o pudor de se exibir publicamente com seu harém, o que ajudou a alimentar o ódio popular que redundaria no seu assassinato por uma multidão enfurecida, aos 38 anos. Smith buscou as justificativas para a poligamia em patriarcas bíblicos como Abraão e Jacó.

Acho que não foi por acaso que abri a revista justamente nesse artigo. Eu não podia ficar calado diante de tanta sandice. Imediatamente saquei meu laptop e mandei ao diretor de redação da Veja o seguinte e-mail:

Como membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias há quase 30 anos, cumpre-me o dever de informá-lo de erros contidos no artigo “Todas as mulheres do senador”, erros esses que demonstram que Veja não fez a lição de casa com uma pesquisa básica antes de publicar o que não sabe.

Não é verdade que Joseph Smith “já acumulava dezenas de mulheres” quando recebeu do Senhor a instrução de reiniciar a prática da poligamia ou, mais corretamente, a poliginia (casamento de mais de uma mulher com o mesmo homem). A instrução foi dada a ele em 1831, quando era casado com Emma Hale e apenas com ela (mas só começou a ser praticada bem mais tarde). A grande maioria dos casamentos plurais do período de Joseph não envolvia um relacionamento conubial, mas eram selamentos feitos no templo que teriam validade apenas após a vida mortal. Não há qualquer evidência histórica que suporte a presunção de que Joseph apresentava-se “publicamente com o seu harém”.

O ódio de um setor da sociedade que o levou a ser assassinado tinha menos a ver com a prática do casamento plural pela Igreja do que com a crescente influência política de Joseph, que inclusive pretendia lançar-se candidato à presidência dos Estados Unidos. Historiadores acreditam que isso tenha contribuído para o seu assassinato e o de seu irmão, Hyrum Smith, em 27 de junho de 1844. Justamente por isso e ao contrário do que Veja afirma, Joseph não foi derrotado porque nunca chegou a concorrer.

Também não é verdade que Joseph “buscou justificativas para a poligamia em patriarcas bíblicos como Abraão e Jacó”. Enquanto estudava o Velho Testamento, Joseph encontrou referências de antigos patriarcas e profetas bíblicos que tiveram mais de uma esposa ao mesmo tempo. Questionando-se acerca disso, ele orou a Deus pedindo mais luz e conhecimento a esse respeito. Suas orações, em 1831, resultaram na instrução divina de reinstituir a prática (ver D&C 132:34-40, 45).

Os conversos do século XIX tinham sido criados em lares tradicionais e monógamos e tiveram dificuldade em aceitar a idéia de um homem ter mais de uma esposa. Isso era algo muito estranho para eles, como o seria para a maioria das famílias do mundo ocidental nos dias atuais. Até Brigham Young, sucessor de Joseph e que posteriormente teve várias esposas e filhos, confessou sua aversão inicial ao princípio do casamento plural.

O historiador Richard E. Turley Jr. acredita que isso demonstra fortemente a fé que esses homens tinham em seus antigos líderes, a ponto de estarem dispostos a aceitar o casamento plural e muito mais o fato de praticarem-no fielmente.

“Os santos dos últimos dias adotaram o casamento plural porque acreditavam que Deus os ordenara a fazê-lo”, disse Turley, que é diretor administrativo do Departamento de História e Família da Igreja.

De acordo com Turley, esperava-se que os homens e mulheres que praticavam o casamento plural demonstrassem os mais altos padrões de moralidade, lealdade e devoção às esposas.

“O casamento plural era um princípio religioso. Essa é a única explicação válida para o motivo pelo qual a prática foi mantida, a despeito de décadas de perseguição”, disse ele.

Embora nem todas as famílias praticassem o casamento plural, ele era bastante difundido entre os antigos colonizadores dentro de fora do território de Utah, a ponto de a oposição política à prática começar a aumentar em outros lugares dos Estados Unidos.

Frente a uma oposição oficial do governo e uma inclemente campanha antipoligamia, muitas mulheres da Igreja que adotavam o casamento plural surpreenderam as mulheres dos estados do Leste — que imaginavam que o casamento plural fosse sinônimo de opressão — ao participarem de demonstrações públicas em favor de seu direito de adotarem o casamento plural como princípio religioso.

Em janeiro de 1870, milhares de mulheres se reuniram no Tabernáculo de Salt Lake para manifestar seu desagrado e protestar contra as leis antipoligamia. Turley diz que elas a chamaram de “A Grande Reunião de Indignação”.

A despeito da manifestação das mulheres e dos esforços legais da Igreja, a atitude pública e legislativa para com os membros da Igreja que praticavam a poligamia tornou-se cada vez mais agressiva no final do século XIX. O governo tornou a prática ilegal, prendeu muitos líderes da Igreja e confiscou propriedades da Igreja, inclusive os templos, e ameaçou confiscar mais. O futuro da Igreja parecia sombrio.

Além disso, o abandono do casamento plural foi uma condição exigida pelas autoridades para que o território de Utah pudesse receber a condição de Estado. Essa condição foi algo muitas vezes solicitado pelos membros da Igreja desde a metade do século XIX, mesmo antes de Utah ser organizado como território por intermédio do empenho de Brigham Young, segundo presidente da Igreja e sucessor de Joseph.

Foi nesse clima que, em 1890, o presidente Wilford Woodruff, quarto presidente da Igreja, recebeu a revelação na qual Deus rescinde o mandamento referente à prática do casamento plural.

“O Senhor me mostrou, por meio de visão e revelação, exatamente o que ocorreria se não abandonássemos essa prática”, disse Woodruff aos membros da Igreja. “Se não a tivéssemos abandonado, não haveria utilidade para nenhum dos homens deste templo [de Logan] (…) pois [os sacramentos do templo] seriam interrompidos em toda a terra. (…) Reinaria confusão (…) e muitos homens seriam encarcerados. O problema afetaria toda a Igreja e seríamos obrigados a abandonar a prática.”

O presidente Woodruff promulgou o que seria conhecido como “Manifesto”, uma declaração por escrito aos membros da Igreja e ao público em geral que deu fim à prática do casamento plural. Nesse documento ele salienta: “E agora declaro publicamente que meu conselho aos santos dos últimos dias é que se abstenham de celebrar casamentos proibidos pelas leis do país”.

O Manifesto não faz nenhuma menção à condição de Estado.

“Os meios de comunicação e historiadores frequentemente sugerem que a poligamia foi descontinuada em troca da condição de Estado”, disse Turley. “Isso não faz sentido. Os membros da Igreja sofreram enormes perseguições, mas nada que já não tivessem visto antes. A idéia de que a Igreja abandonaria um princípio-chave em troca da condição de Estado é falha. Toda mudança tinha que vir por revelação”.

O próprio Woodruff disse isso. Numa conferência em Logan, Utah, em novembro de 1891, ele disse aos membros ali reunidos: “Eu teria deixado que os templos nos escapassem das mãos; teria ido eu próprio para a prisão e permitido que isso acontecesse a muitos de vós, não tivesse o Deus do céu me ordenado fazer o que fiz (…). Escrevi o que Ele ordenou que eu escrevesse.”

O Manifesto, formalmente aceito pela Igreja em 1890, resultou numa visível mudança de atitude em relação à Igreja. Em 1896, Utah recebeu a condição de Estado dos Estados Unidos.

“É importante para os observadores de hoje compreender que os líderes de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não se desculpam pela prática histórica do casamento plural”, disse Turley. “Isso foi visto como um mandamento de Deus para aquela época. Hoje, esse mandamento não está mais em vigor e os líderes da Igreja combatem a prática”.

Se Veja quiser se informar melhor e pesquisar o assunto, recomendo as seguintes leituras:

1. “The Encyclopedia of Mormonism”, 5 vols., ed. Daniel H. Ludlow (New York: Macmillan, 1992), 3:1091-1095.

2. “Encyclopedia of Latter-day Saint History”, eds. Arnold K. Garr, Donald Q. Cannon and Richard O. Cowan (Salt Lake City: Deseret Book Co., 2000), 927-929.

3. “The Mormon Experience”, Leonard J. Arrington and Davis Bitton (New York: Alfred A. Knopf, 1979), 185-205.

4. Artigo A TALE OF TWO MARRIAGE SYSTEMS: PERSPECTIVES ON POLYANDRY AND JOSEPH SMITH, que discorre bastante sobre a natureza dos casamentos de Joseph Smith.

Para encerrar, eu gostaria de convidar Veja a abrir os olhos para a maneira hipócrita com que o ocidente vê a questão da poligamia lendo o artigo POLIGAMIA: Uma Visão Islâmica do Assunto, da Sociedade Islâmica do Rio de Janeiro.

Sei que Veja jamais publicará meu e-mail, mas se pelo menos fizer a lição de casa e parar de publicar bobagens sobre a Igreja já me darei por satisfeito.

Antes que alguém se ponha a atirar pedras contra Joseph Smith e a Igreja por causa da prática do casamento plural no início de sua história, deve se perguntar primeiro: se isso é tão errado, por que Deus fez com que Seus profetas antigos tivessem mais de uma esposa?

Em primeiro lugar, se fossem culpados de adultério, Deus não os teria mantido como profetas. Não bastassem os exemplos de Abraão, Isaque, Jacó e vários outros profetas de Deus casados com mais de uma mulher ao mesmo tempo (veja Gênesis 16:1–11; 29:21–28; 30:4, 9, 26; Êxodo 21:10), em II Samuel 5:13 vemos como a poligamia não era vista como iniquidade pelo Senhor:

Tomou Davi mais concubinas e mulheres de Jerusalém, depois que viera de Hebrom, e nasceram-lhe filhos e filhas.

Mais adiante, lemos que os filisteus fazem guerra contra Israel. Davi consulta o Senhor e recebe Dele próprio revelação e instrução de como deve agir. Fosse Davi um pecador por estar cometendo adultério com muitas mulheres e concubinas, o Senhor não estaria ao seu lado. Isso fica evidente pela forma como Ele demonstra estar defendendo e apoiado Davi nos versículos 19 e 23:

Davi consultou ao Senhor, dizendo: Subirei contra os filisteus? Entregar-nos-ás nas mãos? Respondeu-lhe o Senhor: sobe, porque certamente entregarei os filisteus nas tuas mãos…

Davi consultou o Senhor e este lhe respondeu: Não subirás; rodeia por detrás deles, e ataca-os por defronte das amoreiras.

Independente disso, mais tarde o profeta Natã lembra Davi que suas muitas esposas foram-lhe dadas pelo próprio Deus e Ele o favoreceu grandemente (II Samuel 12:7-8). Davi foi condenado apenas por cometer adultério com Batseba e tramar a morte do marido dela, Urias, para casar-se com ela (II Samuel 12:9). Ou seja, o pecado de Davi não foi ter tido muitas mulheres, e sim ter cobiçado uma que não lhe era lícito ter, com ela ter cometido adultério e, por causa dela, assassinato. Inclusive, em II Samuel 11 e II Samuel 12, na alegoria utilizada pelo profeta Natã, o homem rico não é condenado por ter várias “ovelhas”, mas sim por ter tomado a “única ovelhinha” do seu vizinho.

O profeta que escreveu o livro de Reis (provavelmente Jeremias), ao descrever os atos de Davi, não viu nenhum pecado nas mulheres e concubinas que tomou em Jerusalém, conforme citado acima (II Samuel 5:13), atribuindo o caso de Urias como o único grande pecado de Davi:

Porquanto Davi fez o que era reto perante o Senhor e não se desviou de tudo quanto lhe ordenara em todos os dias da sua vida, senão só no caso de Urias, o heteu. (I Reis 15:5)

Já nos tempos de Jesus, por Marcos 12:18-22 vemos que a Lei do Levirato estava em pleno vigor entre os judeus, a qual implicava em casamento plural: o cunhado, fosse casado ou não, tinha de tomar a esposa de seu irmão falecido a fim de lhe levantar posteridade. Alguns dos primeiros cristãos devem ter sido igualmente polígamos. Mesmo depois da total abolição da lei judaica entre os cristãos, a poligamia ainda existia na Igreja primitiva, tanto que o primeiro dos cânones do Concílio de Laodicéia discorre:

Está certo, de acordo com o cânon eclesiástico, que a comunhão deva ser dada por indulgência àqueles que espontânea e legalmente uniram-se em segundos casamentos, não tendo antes entrado em casamento secreto (ou seja, que não adulteraram antes do segundo casamento ser legalizado) após um breve espaço de tempo, o qual deve ser por estes devotados ao jejum e à oração.

Vemos então, por este cânon, que membros bígamos gozavam de perfeita comunhão com os outros membros. Aliás, a Igreja cristã primitiva nunca condenou a prática do casamento plural, que somente seria condenada muito mais tarde, no Concílio de Trento, realizado entre 1545-1563.

À luz desses fatos, você deve pensar duas vezes antes de julgar e condenar os primeiros líderes e membros da Igreja por terem sido obedientes a Deus. E deve pensar também no porquê Deus os mandaria — bem como os antigos patriarcas do Velho Testamento — casar com mais de uma mulher. Creia-me: isso não se deu por acaso, muito menos para satisfazer supostos desejos lascivos e egoístas desses homens. Tudo tem uma explicação racional, a qual, no seu devido tempo, será conhecida de todos.

Quando fazemos o que Deus manda estamos sempre certos, não importa o que o mundo pense disso.

[ATUALIZAÇÃO em 19/11/2014] — Neste mês a Igreja publicou em seu site artigo intitulado “Plural Marriage in Kirtland and Nauvoo”, no qual esclarece as circunstâncias históricas e espirituais em que ocorreram os casamentos plurais da época de Joseph Smith. Repleto de referências, o artigo é leitura obrigatória para o investigador imparcial interessado em fontes confiáveis em vez de em fofocas cunhadas por críticos e opositores mal informados ou mal intencionados interessados apenas em denegrir a imagem de Joseph e da Igreja. Uma tradução livre do artigo pode ser lido aqui.

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104 comentários em “A revista Veja e as ‘várias esposas’ de Joseph Smith

  1. Engraçado q a revelação inicial era para ter multiplas esposas e depois, a divindade volta atrás, e diz para se ter apenas uma.
    É obvio que a falta da palavra fez com que mormons dessem abertamente suas esposas para J.Smith – e dizer que ele foi selado apenas “espiritualmente” e não teve nenhuma relação com elas, só tendo uma makina do tempo e voltar ao passado meu amigo – claro que ele teve – e o q q tem? Foram ordens q ele recebeu naum foi?.
    Sinceramente, se um cara viesse e disesse para mim q recebeu ordens de um “deus” para q eu cedesse minha esposa para ele, para casamento posterior, eu lembraria de meus votos e sairia dessa igreja.
    Paciencia.

    1. Caro Kleber,

      Você tem todo direito de duvidar do que quiser. Mas não tem o direito de distorcer fatos apenas para corroborar seu ponto de vista.

      Ao dizer “a divindade volta atrás” você só está demonstrando não conhecer as escrituras. Do contrário, saberia que Deus já revogou diversos de Seus próprios mandamentos ao longo da história. Isso porque eram mandamentos dados a um grupo específico numa época e circunstância específicas. Não haveria sentido algum em ainda hoje sermos circuncidados e oferecermos sacrifícios de animais, para citar só dois exemplos.

      Outro mandamento que Ele revogou temporariamente, além do casamento plural, é o da Lei da Consagração, que determina que todos os bens de todos os membros da Igreja sejam doados à Igreja para que ela os administre e distribua igualitariamente entre todos para que não haja pobres entre nós.

      Como Ele mesmo disse:

      “Quem sou eu que fiz o homem, diz o Senhor, para considerar inocente o que não obedece aos meus mandamentos? Quem sou eu, diz o Senhor, para prometer e não cumprir? Eu mando, e os homens não obedecem; revogo, e eles não recebem a bênção. Depois dizem em seu coração: Esta não é a obra do Senhor, porque suas promessas não se cumprem. Mas ai deles, porque sua recompensa os espreita de baixo e não de cima.” (D&C 58:30-33)

      O fato é que Ele não instituirá nenhum mandamento impossível de ser cumprido, pois se há algo que não se pode dizer Dele é que seja injusto. O casamento plural foi instituído com um propósito justo e bem definido que está longe de ser o que você deve estar pensando.

      Portanto, mais uma vez: não distorça os fatos. Afirmações como estas…

      É obvio que a falta da palavra fez com que mormons dessem abertamente suas esposas para J.Smith – e dizer que ele foi selado apenas “espiritualmente” e não teve nenhuma relação com elas, só tendo uma makina do tempo e voltar ao passado meu amigo – claro que ele teve – e o q q tem? Foram ordens q ele recebeu naum foi?

      …são fruto apenas do seu achismo, não de fatos comprováveis. É no que você prefere acreditar.

      Não, Joseph Smith não recebeu do Senhor mandamento nenhum para casar-se e ter relações sexuais com mulheres já casadas.

      Outra fantasia da sua cabeça é afirmar que os homens daquela época receberam mandamento de Deus para “cederem suas esposas a Joseph Smith”. Nada mais falso. Você não tem como provar nada do que afirma.

      Caso a verdade lhe interesse, vá estudar o assunto ao invés de alimentar sua fértil imaginação com tais fantasias. Comece relendo meu artigo, pois aparentemente você não prestou qualquer atenção ao que leu — se é que leu. Do contrário, saberia que a própria Emma, esposa de Joseph, negou que ele tivesse tido envolvimento pessoal e físico com outras mulheres. Agora, você prefere acreditar no testemunho dela ou na sua imaginação?

      Um abraço!

      1. Já li muito sobre a seita Mórmon.
        Conheço Mormon, li o Livro de Mórmon várias vezes e respeito E MUITO sua religião. Quero q saibas disso.
        Mas francamente, não tem como engolir essa. Qdo falei “divindade”, kero dizer que não acredito q o Deus dos cristao tenha pedido specificamente a um profeta para q ele tivesse mais esposas além do q ela já tivesse, então só pode ser outra coisa sobrenatural, mas não Deus. Mesmo que vcs tenham essa visão simplista, afetiva e emocional com o profeta fundador do Mormonismo, naum é assim que os extra-mormons vêem. Apenas vemos os fatos. Até hoje grupos dissidentes dos mormons mantêm essa prática e vez ou outra vejo algo no Discovery channel ou Hystory Channel sobre isso. Pq? Pq todos os veiculos enfatizam tanto a Poligamia mormon? pq deu “trela” para que as pessoas naum-cristãs fizessem todo tipo de indagação. Não meu caro, naum é isso. Ker saber se li o Livro d Mormon? Sim. Leu a Perola de Grande valor? Sim. Leu D&C? Claro – li para que eu pegasse da fonte e tirasse minhas conclusões. Na historia aprendemos q Joseph teve inumeros filhos ilegitimos e muitos homens de bem estavam contra ele por essa atitude.
        Vc tem sua versão. Tem sua validade. Eu tb tenho minha versão – e a validade dela tem o mesmo peso da sua, pq opiniões divergem. E servem para isso.
        Gosto de toda a historia do surgimento da Igreja Mormon, mas qdo chega na parte da Poligamia e qdos os mormons dizem que “essa parte naum tem relevancia” é algo de se torcer o nariz.
        A esposa de Joseph foi contra pq ela foi sensata.
        Fica a pergunga:
        Vc daria sua esposa para o Profeta para “Selamento Eterno”? Seja franco, conforme os ditames da doutrina mormon, vc faria isso?
        grato pela resposta.
        Obs – o artigo está bom – mas naum consigo fazer uma apologia da poligamia nem ver a historia por um unico ponto…

        1. Kleber, vou repetir o que eu disse antes: você tem todo direito de duvidar do que quiser, mas não tem o direito de distorcer fatos apenas para corroborar seu ponto de vista.

          Vejamos:

          não acredito q o Deus dos cristao tenha pedido specificamente a um profeta para q ele tivesse mais esposas além do q ela já tivesse

          Bom, então, por essa lógica, você não pode acreditar na Bíblia também. Volte ao meu artigo e leia todas as referências que coloquei nele sobre os patriarcas antigos que receberam de Deus mais de uma esposa ao mesmo tempo. E agora, vai dizer que o Deus da Bíblia é uma “coisa sobrenatural, mas não Deus”?

          Mesmo que vcs tenham essa visão simplista, afetiva e emocional com o profeta fundador do Mormonismo, naum é assim que os extra-mormons vêem.

          Se quer saber, não estou minimamente interessado em saber como os “extra-mórmons” vêem as coisas (sabendo que, ao dizer “extra-mórmons”, você na verdade está falando apenas e tão somente de si mesmo). A única opinião que realmente me interessa é a de Deus. Eis porque estou onde estou e porque defendo tão vigorosamente o que sei ser verdade — não uma “verdade” na qual quero acreditar, mas aquela que foi testificada por Deus como sendo tal. Portanto, diga você o que disser, não mudará os fatos e a verdade Dele em rigorosamente nada.

          Pq todos os veiculos enfatizam tanto a Poligamia mormon?

          Porque eles adoram polêmicas. Isso dá ibope, atrai cliques, aumenta a popularidade e, consequentemente, a receita publicitária. No fundo, todo esse oba-oba é movido por um motivo só: dinheiro.

          Na historia aprendemos q Joseph teve inumeros filhos ilegitimos e muitos homens de bem estavam contra ele por essa atitude.

          Mais achismos, Kleber? Cadê a fonte dessa informação? Mostre-a, ou vai ficar parecendo que você só está querendo difamar o profeta Joseph Smith com acusações sem provas — e depois terá que responder pelo falso testemunho no tribunal de Deus.

          Eu desafio você a provar que isso é verdade, citando fontes históricas fidedignas e comprováveis, e não apenas aquilo em que você quer acreditar para justificar seu desejo de difamar o profeta.

          Vamos lá, estou esperando.

          Vc tem sua versão. Tem sua validade. Eu tb tenho minha versão – e a validade dela tem o mesmo peso da sua, pq opiniões divergem.

          Parece que você ainda não entendeu. Não interessa a sua versão ou a minha ou a de seja lá quem for. A versão ou a opinião que interessa, a única válida e eficaz, é a de Deus. Será que sua opinião está de acordo com a Dele? Que será que Ele diria do que você pensa?

          Se sua opinião não estiver de acordo com a de Deus, que validade ela tem? Só serve mesmo para alimentar fantasias e aumentar o número de explicações que você será obrigado a dar no dia do juízo.

          Vou repetir: estou onde estou e defendo tão vigorosamente o que sei ser verdade porque tenho um testemunho pessoal de Deus sobre isso, razão pela qual sou capaz de dar até minha última gota de sangue em defesa desse testemunho, se for preciso, pois ele não me foi dado por homens, ou pelo que li num livro, ou pelo que imagino serem os fatos, mas pelo próprio Deus em pessoa. Nada do que você diga ou faça poderá mudar isso. Se você quiser que eu me convença de que Joseph Smith foi um adúltero fornicador, tal como sua visão distorcida dos fatos o vê, terá que pedir ao próprio Deus que o faça, caso tenha essa audácia.

          Gosto de toda a historia do surgimento da Igreja Mormon, mas qdo chega na parte da Poligamia e qdos os mormons dizem que “essa parte naum tem relevancia” é algo de se torcer o nariz.

          Essa é apenas e tão somente a sua opinião. E ainda bem que não passa só disso. Mas, novamente, não é a sua opinião que me importa, e sim a de Deus.

          Vc daria sua esposa para o Profeta para “Selamento Eterno”?

          Não, pois isso nunca foi verdade nem nunca será. Só quem acredita nessa fantasia é quem não faz a mínima noção da importância do convênio do casamento no contexto da eternidade.

          Pare de fantasiar, Kleber, e vá se informar melhor. Procure as fontes corretas ao invés desses sites cheios de lixo antimórmon. Querer se informar por meio deles é tão inteligente quanto pedir aos nazistas que contem a história dos judeus, ou buscar fatos do catolicismo com os evangélicos pentecostais.

          Leia meu artigo, Kleber (duvido que você o tenha feito, pelo menos não com calma e atenção, do começo ao fim). Consulte as fontes e as referências que cito nele.

          Obs – o artigo está bom – mas naum consigo fazer uma apologia da poligamia nem ver a historia por um unico ponto…

          Você pode querer vê-la por quantos pontos quiser, mas quais são realmente válidos? O ponto que deveria importar a você é o de Deus, não o dos homens ou o seu. Só Ele conhece toda a verdade e pode dizer a você onde ela está. Eis porque, novamente, estou onde estou e defendo o que defendo.

          Um abraço!

  2. Boa Noite Irmãos!

    Pelo singelo e humilde conhecimento que possuo, acho que devemos adotar a seguinte postura:

    Os cães ladram mas a caravana continua. Eles precisam de respostas e que rebatamos esses fatos para continuarem rendendo esse tipo de matéria infundada…
    Continuemos então com nossas pequenas grandes obras a fim de ajudarmos os irmãos.
    Vem aí o Mãos que Ajudam, quem sabe não damos este furo de reportagem para a Veja…

    Boa noite a todos…

  3. boa tarde.
    resolvi ler todos os post de seu blog e os comentarios.
    nesse gostaria de fazer uma pergunta ?
    as mulheres pode ter inumeros marido?
    Se nao porque ? se sim porque ?
    bye

  4. Parabéns Marcelo, ótimo artigo. Precisamos mais do que nunca defender a verdade que tanto conhecemos, nesse mundo tão cheio de imoralidades e mentiras. Um abraço!!

  5. Olá, gostei muito de sua atitude. É necessário ter fé no Deus em que se acredita para que Ele (pois somente Ele pode fazê-lo) nos dê a coragem que precisamos para defender o Seu Reino aqui na Terra.
    Karla

  6. Por coincidência, recebi via e-mail nesta semana:
    Sentença de 1587 – Trancoso, Portugal.
    Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
    SENTENÇA PROFERIDA EM 1587 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO.
    (Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7).
    “Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres”. Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres. Acusam-lhe ainda dois ajudantes de missa, infantes menores que lhe foram obrigados a servir de pecados orais, completos e nefandos, pelos quais se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente do malfadado prior.
    (Agora vem o melhor!).
    “El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1587, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em proveito de sua real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa Cruz, para onde segue a viver na vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento português. El-rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo”.

  7. CONCORDO PLENAMENTE COM SEU ARTIGO E SUA INDIGNAÇÃO DIANTE DOS FATOS.SEI QUE MESMO A IGREJA SENDO VERDADEIRA AS PESSOAS E INSTITUIÇÔES SÃO LIVRES PARA NÃO ACREDITAR E ATÉ DISCORDAR PUBLICAMENTE DE NOSSA DOUTRINA,NO ENTANTO NINGUEM TEM O DIREITO DE DETURPAR A VERDADE,MANIPULAR INFORMAÇÕES E ENGANAR DESCARADAMENTE SEUS SEMELHANTES.

  8. Olá irmão Marcelo!!!!

    Gosto da forma como estuda assuntos tão importantes para os Santos Dos Ultimos Dias…. Parabéns por seu esclarecimento da matéria da revista Veja… O que nós esperamos sinceramente é que alguém nesta revista tenha a ombridade para reparar os erros, o que me parece impossível; pois pessoas com ÉTICA, MORAL e principalmente CORAGEM nos meios de comunicação são poucas.
    Agradeço por seu artigo e por seus esclarecimentos. Um forte abraço…

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