Bradesco: ô banquinho nojento!

Logo do Bradesco quebrado ao meio

Peço licença para mudar de assunto e falar de algo deveras desagradável: a desorganização e desrespeito da área de câmbio do Bradesco.

Isto não é uma campanha difamatória. É apenas o desabafo de minha insatisfação com o sofrível tratamento que recebi da área de câmbio do banco, da qual espero nunca mais precisar.

Quando falo em “sofrível tratamento” não me refiro ao tratamento pessoal, que sempre foi cortês e atencioso e do qual não tenho queixas, e sim ao tratamento corporativo. As severas queixas e críticas expressas abaixo não são contra pessoas, e sim contra procedimentos.

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A vida depois da missão de tempo integral

Compreende o período entre setembro de 1987 e dezembro de 2003
O pequeno Giancarlo (com 5 meses) e eu, em novembro de 2004
O pequeno Giancarlo (com 5 meses) e eu, em novembro de 2004

Retornando ao lar, retornei também à rotina de estudos. Como estudante de engenharia, que é um curso bastante exigente, era imperioso me dedicar muito a ele, quase como se fosse outra missão de tempo integral. Minha faculdade ficava em outro estado e as viagens costumavam durar cerca de sete horas.

Todo o mal-estar provocado em casa por conta de minha partida para a missão pesou muito sobre meus ombros. Ter ido para a missão não foi um erro, o erro foi o modo como o processo foi conduzido. Como uma espécie de compensação, eu sentia que deveria dar o máximo possível de atenção a meus pais, o que implicaria em viajar para casa sempre que tivesse oportunidade. Minha meta era estar com eles a cada duas ou três semanas, no máximo. Assumi a família e a faculdade como as duas grandes responsabilidades de minha vida dali por diante.

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Minha Missão de Tempo Integral: Maceió, agosto de 1987

O último distrito que liderei e eu (segundo da direita p/ esquerda)
O último distrito que liderei e eu (segundo da direita p/ esquerda)

Fazia parte de nossa área Nova Restinga, em Porto Alegre, um bairro afastado chamado Belém Novo. Chegar lá levava uma hora, em média. Voltar era ainda mais demorado, pois o mesmo ônibus que leva não traz de volta e tínhamos que ir até o centro da cidade para lá pegarmos o que vai para Restinga.

Tentávamos voltar de Belém Novo numa noite em que os ônibus não paravam no ponto por estarem completamente lotados. Ficamos esperando o mesmo tempo que levamos para chegar lá, sem sucesso. Minha preocupação era com uma palestra para a qual já estávamos atrasados e eu não queria perdê-la de jeito nenhum. Nossa única alternativa para não perder o compromisso era tomar táxi, com o qual chegaríamos em dez minutos. O problema é que táxis são caros e me pareceu que não deveria gastar um dinheiro que me faria falta depois.

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Minha Missão de Tempo Integral: Porto Alegre, julho de 1987

Meu último companheiro na missão e eu
Meu último companheiro na missão e eu

Eis-me de volta à minha amada Porto Alegre. Depois de minha terra-natal, São Paulo, esta é a cidade de que mais gosto neste país. Há muito havia em meu coração o desejo de terminar a missão aqui e o Senhor me concedeu essa bênção. Prometo-Lhe que, em troca, farei tudo para transformar este pedaço da cidade numa área de sucesso.

Confirmando o que eu já sabia, o relato que me fizeram do trabalho aqui não foi nada animador. Trata-se de um conjunto habitacional chamado Nova Restinga, uma área territorialmente pequena e que já foi praticamente varrida pelos missionários anteriores. Dizem que mais da metade dos habitantes deste conjunto já foi batizada na Igreja, embora muitos sequer se lembrem disso.

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Minha Missão de Tempo Integral: Santana do Livramento, junho de 1987

Nem o frio intenso me impediu de entrar na água congelante para batizar esse casal especial
Nem o frio intenso me impediu de entrar na água congelante para batizar esse casal especial

Quando eu era um missionário novo, ouvi de outro em fim de missão: “A missão tem uma desvantagem: quando você está pronto para dar tudo de si, sabendo tudo o que tem direito, afiado em todas as técnicas, ou seja, sendo um missionário poderoso, é hora de voltar para casa”. Sinto diariamente o quanto estava certo. À medida em que o fim se aproxima, melhor missionário me torno. Queria poder voltar no tempo e começar a missão novamente sendo como sou hoje.

Temos terminado nossas semanas de trabalho satisfeitos com o sentimento de dever cumprido. Após terminar uma de nossas reuniões de planejamento semanal, testifiquei a meu companheiro: “A cada dia que passa, tenho uma certeza cada vez mais forte de que estamos fazendo um grande trabalho. É gratificante para mim estar em Livramento e ter você como companheiro. Você está me ajudando a crescer e espero estar te ajudando também. Sou muito feliz por tudo isso”.

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