‘E provai-me nisto’ — bênçãos pela obediência à lei do dízimo

Publicado em 14 de outubro de 2007 e atualizado em 9 de janeiro de 2024

Recentemente passei pelo infortúnio de ter tido meu computador portátil Apple irremediavelmente danificado por um curto-circuito na fonte. Mas aquele não era o único problema da máquina. A vida útil da bateria já tinha chegado ao fim e passei alguns meses utilizando a máquina funcionando apenas ligada na tomada, período em que procurei meios de obter outra bateria, mesmo que usada.

As perspectivas não eram animadoras. Os preços são exageradamente altos — queriam me cobrar o equivalente a US$ 150 numa bateria usada. Uma nova custa mais que o dobro. Em vista disso, já tinha me conformado com a idéia de utilizar a máquina sem bateria o quanto fosse possível até quando um dia, quem sabe, eu pudesse trocá-la. Algum tempo depois, como relatei, a máquina queimou.

Minhas alternativas eram ficar sem computador por não poder pagar uma pequena fortuna pelo conserto ou afundar-me ainda mais em dívidas para pagá-lo. Nenhuma das alternativas era boa e eu não via outras. Passei muitos dias angustiado, sem saber o que fazer. Então resolvi recorrer ao Senhor em busca de socorro.

Minhas orações logo começaram a receber resposta. Passei a me sentir mais confortado e calmo em relação a mais essa aflição. A idéia de acionar o suporte do fabricante da máquina parou de me causar arrepios pela perspectiva do alto custo do reparo. Comecei a sentir que poderia confiar no Senhor para essa solução. Passei alguns dias ponderando a respeito dessas impressões até que decidi segui-las.

Antes de pegar o telefone e acionar o serviço de suporte, dobrei meus joelhos e disse ao Senhor o que estava prestes a fazer porque a ideia ainda me amedrontava. Mas, em resposta, senti-me absolutamente tranquilo. “Paz seja contigo. Confia em mim” foram as palavras postas em minha mente naquele momento. Passei a sentir confiança no que estava por fazer, mesmo sem saber de antemão o que iria acontecer. Imaginei que o Senhor providenciaria um meio de ganhar o dinheiro necessário para custear o reparo, talvez vendendo meus dicionários ou prestando algum serviço extra. Eu não sabia.

Pouco tempo mais tarde, fiquei sabendo através da secretária do gerente de suporte do fabricante que a troca do circuito queimado e a da fonte de alimentação haviam sido aprovadas para serem feitas como se a máquina ainda estivesse na garantia.

Ter a máquina funcionando novamente sem nenhum custo já teria sido uma bênção grande o suficiente para me deixar prostrado. Mesmo sem bateria, o importante era ter a máquina operando e essa bênção o Senhor já me havia graciosamente concedido.

Mas o tamanho da bênção não se revelaria por completo senão mais tarde.

Mesmo após ter sido informado que a máquina já estava pronta, duas semanas mais tarde eu ainda não tinha tido novas notícias dela. Resolvi ligar para o suporte de novo. Disseram que estavam aguardando a chegada de uma peça que tinham mandado importar. “Como assim, importar? A máquina já não estava pronta?”, perguntei à atendente. Foi então que ouvi a notícia que só não me fez cair de costas porque eu estava sentado: a peça que haviam mandado importar, que também foi incluída na garantia, foi a bateria que eles não tinham obrigação nenhuma de trocar!

Ou seja, praticamente ganhei uma máquina nova. Assim, do nada!

Após desligar o telefone, não consegui dizer nada. Fui envolvido por um forte sentimento de assombro e gratidão pelo tamanho do presente.

Eis a prova de que as bênçãos vêm conforme fazemos por merecê-las. “E quando recebemos uma bênção de Deus, é por obediência à lei na qual ela se baseia” (D&C 130:21). A lei na qual esta bênção em particular se baseou foi a lei do dízimo, que cumpro fielmente, sobre a qual o Senhor disse:

Trazei todos os dízimos à casa do tesouro (…) e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, até que não haja mais lugar para a recolherdes. (Malaquias 3:10)

Em minha opinião, nenhuma lição sobre o mandamento do dízimo foi melhor ensinada do que a dada pelo Élder Lynn G. Robbins, do Primeiro Quórum dos Setenta, no discurso O dízimo: um mandamento até para os mais pobres, da Conferência Geral de abril de 2005. Recomendo fortemente a leitura para todos que desejam entender melhor esse mandamento.

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