Publicado em 21 de outubro de 2024 e atualizado em 18 de fevereiro de 2025

O programa Fantástico de ontem trouxe uma interessante reportagem sobre o exemplo da Finlândia no combate às fake news, através da educação midiática nas escolas (veja o video da reportagem no fim do artigo). Ela destaca a importância de discernir o que é real do que é falso e mostra que isso é ensinado nas escolas finlandesas desde a tenra idade.
Em tempos de tanta mentira e confusão, temos a obrigação de não nos deixarmos enganar pelo “bode velho”. A verdade não é apenas um conceito relativo, mas uma âncora espiritual que nos mantém firmes no caminho certo.
A reportagem mostra como funciona o truque ensinado às crianças para aprender discernimento. Funciona para identificar distorções tanto da verdade secular quanto da espiritual. É o mesmo inimigo por trás de ambas.
Você ficaria chocado em saber que, quando alegremente compartilha aquela mentirazinha de aparência inocente, está, na verdade, servindo aos propósitos daquele que quer “tornar todos os homens tão miseráveis como ele próprio” (2 Néfil 2:27)? Quem cria e espalha mentiras, apoia e até elege quem o faz, está se pondo a serviço do inimigo (ver D&C 76:103). São “cegos condutores de cegos — ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova” (Mateus 15:14).
Nossa busca pela verdade deve ocorrer em todas as suas formas, seja na informação secular que consumimos diariamente ou na informação espiritual. Em ambos os casos, vale a mesma premissa: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).
É nesse aspecto que os finlandeses estão dando show. O país investe em educação midiática para preparar os jovens a discernir o que é verdadeiro e o que não é.
Assim como a Finlândia protege a mente das crianças contra a desinformação através da educação, essa mesma educação também funciona para proteger nosso espírito. O princípio serve como escudo em ambos os casos. A única maneira de não sermos enganados é nos agarrarmos firmemente à verdade que encontramos no discernimento, nas escrituras, nas palavras dos profetas e na revelação pessoal.
Se você foi capaz de reconhecer e aceitar a verdade espiritual quando lhe foi apresentada, que desculpa tem para não fazer o mesmo com a verdade secular? O princípio é o mesmo.
Assista o video da reportagem, os 11 minutos de duração valem a pena.
Todos nós formamos paradigmas, uma visão de como entendemos o mundo a nossa volta e em como nos colocamos dentro do vasto espectro político, social e religioso. Quando vemos uma nova informação que “reforça” nosso paradigma, temos a tendência natural de compartilhar, algo do tipo: “estava vendo, eu sempre disse e/ou acreditei nisso…”, e não nos importamos muito com a fonte ou versossimilhança daquela informação. No aspecto religioso é comum propagarmos alguns “rumores de promoção de fé”, como se fossem verdadeiros (quem já fez Missão entende bem isso) e por outro lado, críticos de uma religião tendem a propagar como verdadeiros antigos criticismos como se fossem uma verdade incontestável (quem não se lembra da crença das torres das capelas serem antenas de rádio para se comunicarem com a CIA…🙄).
Muito boa sua observação. De fato, nosso próprio paradigma pode nos levar a aceitar ou até a propagar informações sem a devida verificação, seja para confirmar nossas crenças ou para reforçar críticas. É exatamente aí que entra a importância do discernimento: só quando aprendemos a confrontar tanto nossas convicções quanto os boatos que circulam, conseguimos nos ancorar na verdade, seja secular ou espiritual, e evitar cair nesses enganos.