Minha misteriosa ligação com a Holanda

Referente a setembro de 1999

Quando Frans e eu cruzamos a fronteira de Luxemburgo com a Holanda, em 25 de agosto último, vários pensamentos começaram a vir naturalmente à tona do oceano de minhas memórias. Há pouco mais de um ano, eu desembarcava em Amsterdam em minha primeira viagem internacional, a qual, bem diferente do que jamais havia sonhado, acontecia não por turismo, mas a trabalho. Tal fato me conferiria a oportunidade de conviver com as pessoas e aprender com elas. Parece que isso criou em meu íntimo raízes mais profundas do que poderia imaginar.

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De volta à Europa

Referente a agosto de 1999

Estou de volta à Europa para prosseguir com a meta de iniciar nosso trabalho no Brasil, se possível ainda este ano. Estou neste momento na pousada Les Vieux Chênes, que fica num lugarejo chamado Festes et Saint André, encravado no meio das montanhas na região dos Pirineus, sul da França, fazendo parte de um grupo formado pelas pessoas mais importante da empresa, reunido para trocar idéias e buscar soluções para dificuldades específicas na área de trabalho de cada um.

No mês que vem estarei na Alemanha para participar da instalação de novos cursos para as empresas que são nossas clientes naquele país. Com esse conhecimento poderei supervisionar esse mesmo trabalho no Brasil num futuro próximo.

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Irreverência brasileira ou civilidade européia: eis a questão

Referente a novembro de 1998

Estou confuso.

Voltar ao Brasil vindo da Holanda não foi simplesmente um desembarcar do avião numa terra quente e sorridente. Foi também voltar a conviver com certas características de um povo descontraído e alegre das quais eu tinha esquecido nos meses de convivência com outro povo, compenetrado e eficiente.

Confesso que gostei mais do outro.

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Holanda, Inglaterra ou Brasil: que dilema!

Referente a outubro de 1998

Quando estiver escrevendo novamente, no fim do próximo mês, já estarei de volta ao Brasil. Estou ansioso por isso. Viver na Europa está sendo uma experiência fascinante, mas nenhum lugar é como nossa própria casa, junto de nossa própria família, em meio a nossas próprias coisas.

O trabalho segue a passos largos. Estive na Alemanha com alguns colegas de trabalho para fazer uma apresentação para uma grande empresa sediada na cidade de Lippstadt. Tudo indica que sairemos vencedores da concorrência, o que significa que teremos muito trabalho pela frente.

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A assombrosa e fria civilidade holandesa

Referente a setembro de 1998

O primeiro fim de semana do mês foi diferente. Meu chefe inglês me levou para a casa de seus pais na Inglaterra, que fica na cidade de Canterbury.

Canterbury é uma encantadora cidade histórica, um dos principais centros da cultura, religião e educação inglesas. Fica a 100 km de Londres e está situada no famoso Jardim da Inglaterra, na parte normalmente mais ensolarada do país — se bem que o sol não apareceu muito enquanto estive lá.

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