
“O Jornal Nacional vai ser interrompido agora pela propaganda partidária obrigatória”, anunciou William Bonner, decorridos 15 minutos da edição de ontem do telejornal. Eu estava jantando e, por curiosidade, resolvi assistir ao programa do Partido Republicano Progressista (PRP). Seriam só 5 minutos mesmo. Mas, nos 5 minutos a que teve direito, o PRP não conseguiu dizer nada que me convencesse. “Por que devo acreditar neles?”, pensei. “Em quê são diferentes do resto?”
Juro que, às vezes, assisto esses programas na esperança de encontrar alguma luz no fim do túnel político, qualquer coisa que me entusiasme, me faça crer que algo pode mudar e arranque um voto de mim. Não um voto consternado pelo caráter repressoramente obrigatório de um ato que deveria ser espontâneo, mas um voto seguro de que o ilustre dignitário em quem deposito minha confiança não a trairá nos sórdidos meandros da política nacional. Até o momento não tive esse prazer.
Continuar lendo “A política e eu: como água e óleo”