Publicado em 14 de outubro de 2007 e atualizado em 28 de novembro de 2023
Recentemente passei pelo infortúnio de ter tido meu computador portátil Apple iBook irremediavelmente danificado por um curto-circuito na fonte. Mas aquele não era o único problema da máquina. A vida útil da bateria já tinha chegado ao fim e passei alguns meses utilizando a máquina funcionando apenas ligada na tomada, período em que procurei meios de obter outra bateria, mesmo que usada.
As perspectivas não eram animadoras. Os preços são exageradamente altos — queriam me cobrar o equivalente a US$ 150 numa bateria usada. Uma nova custa aproximadamente o dobro. Em vista disso, já tinha me conformado com a idéia de utilizar a máquina sem bateria o quanto fosse possível até quando, um dia, quem sabe, eu pudesse trocá-la. Algum tempo depois, como relatei, a máquina queimou.
Minhas alternativas eram ficar sem computador por não poder pagar uma pequena fortuna pelo conserto ou afundar-me ainda mais em dívidas para pagá-lo. Nenhuma das alternativas era boa e eu não via outras. Passei muitos dias angustiado, sem saber o que fazer. Então resolvi recorrer ao Senhor em busca de socorro.
Minhas orações logo começaram a receber resposta. Passei a me sentir mais confortado e calmo em relação a mais essa aflição. A idéia de acionar o suporte do fabricante da máquina parou de me causar arrepios pela perspectiva do alto custo do reparo. Comecei a sentir que poderia confiar no Senhor para essa solução. Passei alguns dias ponderando a respeito dessas impressões até que decidi segui-las.
Antes de pegar o telefone e acionar o serviço de suporte, dobrei meus joelhos e disse ao Senhor o que estava prestes a fazer. Em resposta, senti-me absolutamente tranquilo. “Paz seja contigo. Confia em mim” foram as palavras postas em minha mente naquele momento. Passei a sentir confiança no que estava por fazer, mesmo sem saber de antemão o que iria acontecer. Imaginei que o Senhor providenciaria um meio de ganhar o dinheiro necessário para custear o reparo, talvez vendendo meus dicionários ou prestando algum serviço extra. Eu não sabia.
Pouco tempo mais tarde, fiquei sabendo através da secretária do gerente de suporte do fabricante que as trocas do circuito danificado e da fonte de alimentação haviam sido aprovadas para serem feitas como se a máquina ainda estivesse na garantia. Essa era a bênção que o Senhor havia preparado para mim!
Ter a máquina funcionando novamente sem nenhum custo já teria sido uma bênção grande o suficiente para me deixar prostrado. Mesmo sem bateria, o importante era ter a máquina funcionando e essa bênção o Senhor já me havia graciosamente concedido. Mas o tamanho dessa bênção não se revelaria por completo senão depois.
Apesar de ter sido informado que a máquina talvez já estivesse pronta, duas semanas mais tarde eu ainda não tinha tido novas notícias dela. Resolvi ligar para o suporte de novo. Disseram que estavam aguardando a chegada de uma peça que tinham mandado importar. “Importar o quê, se a notícia que recebi era a de que a máquina já estava pronta?”, perguntei à atendente. Foi então que ouvi a notícia que só não me fez cair de costas porque eu estava deitado: a peça que haviam mandado importar, que também foi incluída na garantia, foi a bateria que eles não tinham obrigação nenhuma de trocar!
Após desligar o telefone, não consegui dizer nada. Fui envolvido por um forte sentimento de assombro e gratidão pelo tamanho do presente.
Eis a prova de que as bênçãos vêm conforme fazemos por merecê-las. “E quando recebemos uma bênção de Deus, é por obediência à lei na qual ela se baseia” (D&C 130:21). A lei na qual esta bênção em particular baseou-se foi a lei do dízimo, que cumpro fielmente.
Espero que este testemunho sirva como prova de que precisamos fazer por merecer as bênçãos que queremos.