Fugir ou reagir: enfrentando o mal na era digital

Publicado em 10 de janeiro de 2024 e atualizado em 12 de fevereiro de 2024

Estou convencido de que, tal como eu, você também se sente perturbado com o que vê na sua tela todos os dias. Não é coincidência. Antes de chegar a este artigo, por exemplo, em algum momento você foi exposto a algum tipo de informação de inspiração maligna.

No mundo de hoje, a única maneira de se isolar do dilúvio de iniquidades que o assola seria se fosse possível abandoná-lo.

Você também deve estar se questionando se pode fazer algo para alterar essa realidade. O que é melhor, fugir ou reagir?

Escolhi reagir. Não preciso permanecer em indiferente silêncio diante da iniquidade. Aquela máxima que diz “para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada” não me permite ficar só assistindo de camarote o mal prevalecer, como se meramente não praticar o mal fosse suficiente.

Sei que, antes de querer mudar o mundo, preciso mudar a mim mesmo. Seria hipócrita de minha parte esperar que os outros mudem se não lhes dou exemplo, como quem diz “faça o que digo, não o que faço”.

O primeiro (mas não único) passo nesse sentido foi dado quando decidi trocar os padrões éticos e morais do mundo pelos padrões celestiais, há quatro décadas. Essa história está contada aqui.

Desde que o fiz, sinto a necessidade de disseminá-los. É por isso que fiz missão de tempo integral. E continuo não conseguindo ficar calado. Este artigo é prova disso.

Como ativo participante das redes sociais que sou (gosto delas, apesar dos pesares), sempre que vejo uma postagem sobre a qual creio ter algo a dizer, deixo um comentário. Nele, reflito minha maneira de pensar baseada nos padrões que vivo, nem que o comentário se resuma meramente a um emoji de carinha feliz ou triste ou brava ou sonolenta, ou um polegar para cima ou para baixo, ou outra imagem que expresse meu sentimento sobre o assunto. Não raro, sou alvo de crítica e deboche, mas e daí? Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas palavras não me atingem.

O fato é que, tal como ensinou o Presidente Gordon B. Hinckley na mensagem Oposição ao Mal, quem é contra todo esse mal não pode assumir uma postura de passiva indiferença. Ele disse:

Que nossa voz seja ouvida. Espero que não seja de modo estridente, mas que falemos com tamanha convicção que aqueles a quem nos dirigimos saibam da força de nosso sentimento e da sinceridade de nosso empenho.

Ele vai além e nos insta a nos dirigirmos também “aos que elaboram as normas, estatutos e leis, aos que governam a nível local, estadual e nacional e aos que ocupam cargos de responsabilidade como administradores de nossas escolas”.

Já fiz isso algumas vezes, mandando mensagens para deputados e senadores em Brasília sobre temas nos quais estavam envolvidos e que eu considerava relevantes o bastante para desejar que minha opinião lhes fosse conhecida. Em uns poucos casos recebi resposta.

Também já dirigi mensagens a emissoras de TV que insistem em fazer uma lavagem cerebral na sociedade socando-lhe goela abaixo ideologias atentadoras contra os padrões celestiais que me empenho em viver. Não o fiz esperando que alterassem sua grade de programação só por causa de minha opinião, que provavelmente representa uma gota d’água no oceano, mas para reafirmar que a opinião da massa que querem controlar está bem longe de ser unânime. Como nos lembra o Pres. Hinckley:

A maré do mal flui. Hoje ela se tornou uma verdadeira inundação. A maioria de nós, que vivemos uma vida de certa forma protegida, pouco fazemos idéia da imensa dimensão dela. Bilhões de dólares estão envolvidos para os que vendem pornografia, para os que comercializam a lascívia, para que os que lidam com a perversão, o sexo e a violência. Que Deus nos dê força, sabedoria, fé e coragem como cidadãos para opor-nos a essas coisas e fazer-nos ouvir em defesa das virtudes que, quando foram praticadas no passado, tornaram homens e nações fortes, e que, quando negligenciadas, levou-os à decadência.

Não estamos sozinhos nessa inglória batalha. O Senhor abençoa cada iniciativa de demonstrarmos nossos valores e padrões, nem que seja meramente com um emoji de apoio ao que é bom ou de oposição ao que é ruim nos comentários de uma postagem. Seja com palavras ou emojis, cada pequeno esforço desse, por mais insignificante que pareça, pode fazer diferença para alguém. Uma única alma que puder ser tocada já faz diferença (ver D&C 18:15). Por isso é que o Senhor não nos quer em cima do muro, indiferentes, em conveniente e conivente silêncio. Acredito que também a isso se aplica a advertência do Senhor a um antigo líder da igreja de Laodicéia:

Eu conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, e nem és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. (Apocalipse 3:15-16)

Quem você quer ser, aquele que age (se manifesta contra o mal) ou o que recebe a ação (é passivamente alcançado por ele), como descreveu Leí em 2 Néfi 2:3-4?

Caso deseje algo em que se inspirar nessa batalha, recomendo fortemente a leitura do artigo completo do Pres. Hinckley aqui.

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