‘Eis que falarei em tua mente e em teu coração’

Há poucos prazeres na vida equiparáveis à satisfação de ganhar dinheiro fazendo-se o que se gosta. E adoro o site de notícias sobre tecnologia que criei (que não é este blog), que é um veículo de informação e formação de opinião. Ele é uma fonte de satisfação pessoal não só por isso, mas também porque é uma fonte de dinheiro.

O site está hospedado em um grande datacenter nos EUA por intermédio de uma empresa paulista provedora de serviço de hospedagem de sites. Grandes datacenters alugam espaço em seus servidores para empresas que, por sua vez, sub-locam para terceiros. Conforme o plano de hospedagem contratado, esses terceiros podem ainda sub-sub-locar o espaço. É meu caso. O plano que contratei é o que chamam de revenda virtual, que me permite hospedar sites de terceiros que ficam sob minha administração. Esses terceiros pagam a mim pelo serviço e eu, por minha vez, pago pelo do provedor, que por sua vez paga pelo do datacenter.

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Quatro-olhos, nunca mais

Herdei de meus pais a miopia com a qual nasci. Comecei a usar óculos logo aos seis anos de idade e continuei usando pelos trinta anos seguintes.

Quem quer que os use sabe como é, especialmente se for alto míope, como eu: ser chamado de quatro-olhos, lentes que sujam a toda hora, óculos pesados que marcam o nariz, ouvir coisas como “noooooossa, que lente grossa, você é cego mesmo, hein?”, pagar exames de refração e fortunas em armações e lentes especiais, acordar no meio da noite e ficar tateando no escuro para achar os óculos, tomar banho sem me enxergar no espelho, espirrar ao sair no sol, cair no sono sem tirar os óculos e empenar a armação, ter a visão piorando à medida em que a idade avança, ser chamado de caolho quando uma lente quebra, ficar com o óculos escorregando no nariz quando se está suado, ter que ficar endireitando a cabeça para poder enxergar bem só pelo centro das lentes, ter carteira de motorista com validade menor que as outras, e a lista vai longe…

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