A história de minha conversão

Publicado em 1 de janeiro de 2007 e atualizado em 8 de março de 2024

Nasci na cidade de São Paulo em 4 de maio de 1966, num pacato bairro da zona sul chamado Cidade Vargas, que fica na região do Jabaquara.

Vindo de família cristã, recebi de meus pais orientação espiritual segundo os mais altos padrões cristãos. Em sua juventude, papai frequentou a igreja Presbiteriana e mamãe, a Metodista. Foi em uma das duas que se conheceram e casaram.

Cresci ouvindo falar em Deus, tanto em casa quanto nas igrejas evangélicas que frequentávamos. Apesar disso, até meados de minha adolescência minha imaturidade não me havia permitido desenvolver genuíno interesse pelo evangelho ou pelas escrituras. Muito embora não houvesse em meu coração qualquer dúvida quanto à existência de um Pai Eterno, até então Ele era para mim alguém por demais distante e inalcançável para que valesse a pena uma tentativa de aproximação. Por isso, eu não tinha o hábito de orar ou de ler a Bíblia. Muitas vezes, perante colegas de escola e amigos do bairro, me sentia envergonhado em dizer que ia à igreja com meus pais.

Despertar espiritual

Por volta de meus 15 anos, contudo, essa situação começou a mudar. Meus pais já não frequentavam mais nenhuma igreja por causa de desavenças com os pastores e nunca mais tornaram a pisar em uma. Assumiram a postura “Deus está dentro de mim, não preciso de igreja”. Apesar disso, senti que deveria começar a desenvolver por conta própria um compromisso espiritual mais sério. Tomei a iniciativa de frequentar uma igreja sozinho e escolhi a Metodista. Passei também a orar regularmente e a ensaiar uma leitura sistemática e consistente da Bíblia.

Os motivos desse despertar espiritual me eram desconhecidos. Apenas senti que deveria fazê-lo e meramente segui meus instintos.

Em julho de 1982, dois meses após completar 16 anos, mudamo-nos para Maceió. De São Paulo eu levara o desejo de continuar atuante numa igreja evangélica como a que eu frequentava, mas o que encontrei na nova cidade foram igrejas fracas, desamparadas, esvaziadas e totalmente desinteressantes. Decidido que estava a melhorar minha condição espiritual e imaginando que em nenhuma daquelas igrejas eu alcançaria esse objetivo, resolvi deixá-las de lado e agir por conta própria. Passei a orar com mais fervor, a ler a Bíblia com mais interesse e a adaptar alguns traços de minha personalidade ao que me parecia estar mais de acordo com meu entendimento dos textos bíblicos, como ser caridoso, humilde, sincero, solícito, prestativo, paciente, etc.

Então uma colega de escola chamada Ana Rúbia, de apenas 16 anos, linda e delicada como uma pétala de rosa, de quem eu era relativamente próximo e a quem eu muito admirava, dirigiu-se a uma praia distante e, com a arma do pai, deu-se um tiro no ouvido. Foi um choque para toda a escola, mas para mim, que vivia uma fase de buscas por respostas espirituais, pareceu ter tido impacto ainda maior. Por um bom tempo me perguntei por que Deus permitiu que uma de suas belas, inteligentes e promissoras filhas tirasse a própria vida sem que Ele nada fizesse para impedir a desgraça trazida sobre si mesma e sobre seus pais, que em decorrência do trauma sofreram severo desequilíbrio psicoemocional. Tais perguntas somaram-se às muitas que eu já tinha e fizeram com que me dedicasse ainda mais à caça de respostas. O único meio ao alcance de minha visão era a oração e a leitura da Bíblia.

Busca por um batismo

Foi lendo sobre a necessidade de “nascer da água e do Espírito” (João 3:5) que decidi procurar uma igreja evangélica que me parecesse razoável para nela ser batizado, coisa que até então eu não tinha feito. Ou melhor, tinha, mas sem que tivesse sido por minha livre e espontânea vontade, porque fui batizado por aspersão na igreja Metodista quando recém-nascido. Apesar disso, eu sentia que devia ser batizado novamente, por algum motivo. Só muito depois é que vim a entender que aquele primeiro batismo não poderia ser válido perante Deus porque é uma ordenança que Ele instituiu para a remissão dos pecados da pessoa que se arrepende deles (Atos 22:16). Ou seja, o compromisso precisa ser assumido voluntariamente por quem já tem idade suficiente para compreender o que está fazendo e assumir essa responsabilidade perante Deus. Obviamente, um recém-nascido não é capaz disso.

Além do mais, a Bíblia descreve o batismo de Cristo (já adulto, não criança) como tendo sido por imersão ao mencionar que Ele “saiu da água” (Mateus 3:16, Marcos 1:10). Se saiu, é porque entrou. Como alguém entra na água apenas com uma pequena quantidade derramada sobre a cabeça? Por que Ele precisaria ir até o Rio Jordão para isso? Não faz sentido.

Na verdade, a entrada de corpo inteiro na água é necessária para cumprir o simbolismo da ordenança, que representa a morte para a vida anterior e o renascimento para uma nova vida (Romanos 6:4, Colossenses 2:12). Então mergulhar simboliza o sepultamento e o levantar simboliza a ressurreição, coisa que a mera aspersão de água na cabeça é incapaz de simbolizar. Há outras passagens no Novo Testamento mostrando que os batismos eram feitos por imersão, como João 3:23 e Atos 8:3.

Eu não compreendia nada disso naquele momento, só sentia que precisava ser batizado de novo, pelos motivos expostos acima e que só vim a entender tempos depois.

Embora as igrejas evangélicas que até então eu conhecera na nova cidade me parecessem espiritualmente mortas, isso não me parecia um problema quanto à minha intenção de ser batizado. Segundo minha interpretação da Bíblia, o batismo não significava um compromisso com a igreja que o ministrava, e sim com Deus. Isso me permitiria ir a qualquer uma delas, ser batizado e sumir. Eu realmente não estava interessado em compromisso com igreja nenhuma, e sim em desfrutar de uma comunhão maior com o Pai e dos dons dados a quem renasce espiritualmente através do batismo, conforme descreve a Bíblia. Eu queria servir de instrumento em Suas mãos para realizar Sua obra. Em busca dessa possibilidade estive em várias igrejas evangélicas, até nas mais fundamentalistas, mas os pastores tentaram me convencer de que as coisas não eram como eu imaginava. Inconformado, achei que estavam todos errados e não me batizei em nenhuma. Só não procurei a igreja católica, na qual nunca vi qualquer traço de semelhança com a forma como eu achava que a Igreja de Jesus Cristo deveria ser, além de ser repudiada por meus pais.

O primeiro contato

Foi então que, numa tarde de 1983, aos meus 17 anos, alguém bateu palmas à porta de casa. Eram dois rapazes finamente trajados que se apresentaram como representantes de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Diziam trazer uma mensagem sobre Jesus Cristo e pediam permissão para transmiti-la. Sem saber ao certo do que realmente se tratava, chamei mamãe. Ela os viu de longe e exclamou: “Xi, são os chatos dos mórmons! Mande-os embora!”

Não o fiz. Senti que não devia. Ao invés, senti que deveria ouvir a mensagem deles, por isso convidei-os a entrar. Afinal, eu buscava respostas e estava disposto a ouvir quem quer que pudesse me dar alguma. Então me deram uma palestra sobre Jesus Cristo e Sua missão como Criador e Redentor. Deram-me também dois folhetos e me convidaram a visitar a Igreja.

Mais tarde, fui procurar saber o motivo da aversão de mamãe à religião conhecida como “mórmon”. Ela teve contato bastante estreito com a religião em sua juventude, mas não chegou a se filiar. Musicista que era, tocou em vários eventos da Igreja e participou de outras tantas reuniões. Mas, por conta de um mal-entendido, criou grande antipatia pela religião. Eu nunca soube ao certo que mal-entendido foi esse, pois ela não quis entrar em detalhes.

Conversei com algumas pessoas sobre a peculiar visita dos mórmons à minha casa. Embora as opiniões fossem divergentes, todas convergiam num ponto: não valia a pena. Todavia, achei a visita interessante. Não li os folhetos que me deram, mas ponderei que seria produtivo visitar a Igreja deles, afinal eu vivia uma fase de busca. Se encontrasse lá algo bom, rete-lo-ia para mim, sem necessariamente assumir compromisso com eles. Esse, aliás, sempre foi meu intuito ao buscar as igrejas que até então havia frequentado.

Procurei-os no domingo seguinte. O local de reunião daquela congregação de mórmons era uma casa pré-fabricada de madeira nos fundos de um enorme terreno cheio de árvores (onde hoje funciona a capela que sedia a Estaca Maceió Brasil). As poucas pessoas que havia lá quando cheguei me receberam muito gentilmente. Era notória sua preocupação em me fazer sentir à vontade. Os missionários que me visitaram também estavam lá. Gostei muito de tudo.

Ainda não foi dessa vez

Assisti todas as reuniões daquele domingo e saí de lá muito bem impressionado. Mas foi só. Voltei para casa e continuei a vida como a vinha vivendo. Os missionários, por sua vez, não me procuraram mais, por algum motivo.

Algum tempo depois, mamãe foi contratada por uma das igrejas batistas da cidade como regente de seu coral. Como sempre gostei de cantar e já houvera participado de grandes corais evangélicos em São Paulo, resolvi participar daquele também. Fui me enturmando com os batistas daquela congregação e, não demorou muito, acabei encontrando lá o batismo que tanto buscava. Sobre esse batismo, meus pais eram da opinião de que eu deveria ter esperado e pesquisado um pouco mais antes de me decidir por tratar-se de um sério compromisso assumido com Deus para o qual não me julgavam preparado. Mas eu discordava. Aproximar-me de Deus era algo de que eu sentia necessidade e abraçaria qualquer coisa que me beneficiasse nesse sentido.

Inspirado por tal sentimento, o estudo regular da Bíblia (até me matriculei num curso bíblico por correspondência), a oração e a frequência aos cultos tornaram-se uma constante em minha vida. Eu sentia necessidade disso. Meu pai, por outro lado, achava anormal um adolescente como eu trocar o clube, as praias e as garotas aos domingos por uma igreja. Também estranhava minha preferência pela leitura bíblica em lugar de outras mais de acordo com a juventude. Para alguém que outrora foi fiel participante das congregações evangélicas que frequentávamos — nunca é demais lembrar que o sentimento religioso entrou em minha vida graças a meus pais —, sua estranheza me parecia surpreendente. Talvez esperasse que, assim como ele, eu também chegasse à conclusão de que religião era algo dispensável.

Até então, eu nunca havia associado a palavra “igreja” à imagem de qualquer outra que não fosse evangélica. Não me interessava conhecer outras religiões que fugissem das evangélicas tradicionais porque coisas como catolicismo, espiritismo, budismo, islamismo, maçonaria, pirâmides, cosmos, deuses astronautas e outros assuntos pelos quais papai sentia-se irresistivelmente atraído me pareciam mais invencionices humanas do que idéias divinamente inspiradas. Numa certa noite, ele manifestou seu inconformismo e desagrado com minha atitude hermética em relação a essas outras idéias. Como sempre foi muito convincente e persuasivo, conseguiu me convencer de que eu deveria abrir meus ouvidos para conhecer mais de seus pensamentos religiosos que, na verdade, eram uma panaceia filosófica formada por fragmentos desconexos dessas várias doutrinas. Talvez achasse que eu estava bitolado e que minha mente precisava ser arejada. Assim, por boa vontade e consideração a ele, escancarei as portas de minha mente ao que tinha a dizer.

Antes não o tivesse feito.

Choque ideológico

Começou uma palestra falando sobre a evolução da vida, afirmando ser o homem fruto de mera evolução biológica e não de criação divina. Disse também que Deus era uma “entidade” dotada de grande poder, com o qual governava o universo e mantinha todas as coisas na devida ordem. O homem teria herdado Dele parte desse poder, de modo que, com a força da mente, poderia fazer coisas como curar doenças, transladar-se de um lugar a outro e conhecer pensamentos de outras pessoas, razão pela qual o homem não deveria perturbar o Ser Supremo com seus problemas menores, já que “Deus é alguém ocupado demais para ser molestado com banalidades”. De acordo com essa visão quase ateísta, Jesus Cristo não era o Filho Unigênito do Pai Eterno, portanto também Deus, e sim um desses homens com poderes mentais desenvolvidos a tal ponto que lhe era possível curar à distância, andar sobre a água, ressuscitar mortos e outras maravilhas que “qualquer homem pode fazer”. Cristo teria sido também um disciplinador, alguém vindo do além para “pôr ordem na bagunça”. E mais: segundo ele, Satanás não existia, não sendo mais que uma mera representação de nossas próprias fraquezas e debilidades.

De tudo o que disse naquela noite, contudo, houve algo que me perturbou a ponto de ter conseguido abalar minha fé: seu conceito sobre a oração. A oração nada mais seria que uma reles “mentalização”, uma forma de comunicação com nosso próprio inconsciente. Para ele, era por meio do poder do inconsciente que podíamos obter as “bênçãos” que queríamos.

Saí daquela conversa bastante confuso e desnorteado. Fechei-me em meu quarto perturbado com a possibilidade de que tudo aquilo fosse verdade. Se fosse, estariam destruídos todos os meus fundamentos cristãos sobre a Divindade. Deixar ver Jesus Cristo como o Criador do universo e considerar que “Deus é alguém ocupado demais para ser molestado com banalidades” subitamente fizeram com que me visse entregue à própria sorte e sendo governado pelo acaso. Pouco a pouco, a confortadora imagem divina que eu fazia em minha mente como forma de imaginar o Ser Supremo foi desaparecendo. A idéia do auto-condicionamento como explicação para a oração me deixou preocupado com a possibilidade de que minhas orações não tivessem sido mais que um monólogo comigo mesmo, caso em que eu poderia me considerar um completo otário. Tudo aquilo penetrou fundo em meu íntimo, até o ponto de achar que realmente poderia não haver um Deus que ouvisse minhas preces. Se não havia mais a quem recorrer para buscar orientação, não haveria motivos para continuar lendo a Bíblia, nem a Quem dedicar e de Quem receber amor. Consequentemente, não faria sentido guardar mandamento nenhum e minha dedicação às coisas espirituais estaria sendo em vão.

Passei alguns dias me sentindo totalmente sem chão. Porém, com todas as forças de meu coração, eu desejava que tudo aquilo fosse mentira. A infame idéia de entregar o curso de minha vida ao acaso me ofendia e repugnava. Precisava encontrar alguém a quem pedir socorro, alguém que pudesse contrapor tais idéias de maneira tão ou mais convincente do que papai foi capaz. Ir atrás de um pastor estava fora de cogitação, porque pastor nenhum teria argumentação racional suficiente, não baseada na Bíblia (afinal, a Bíblia também passou a estar em questão), para me ajudar. Padres, rabinos, médiuns, monges e congêneres, idem. Então quem?

Restauração da fé

Foi então que lembrei da existência de um homem com quem simpatizei muito e que me inspirou grande confiança quando o conheci (vide foto). Era um homem sábio e que tinha grande amor ao próximo. Eu sabia que ele era mórmon — fato que, para alguns evangélicos como eu, o desqualificaria para qualquer tipo de ajuda —, por isso a princípio receei procurá-lo. Esse receio baseava-se num irracional preconceito evangélico contra os mórmons incutido em mim em meu tempo de convivência com os batistas. No entanto, a despeito de ser mórmon, ele era alguém cuja imagem me inspirava confiança. Quanto mais eu pensava nisso, mais algo dentro de mim dizia que fosse vê-lo. Raciocinei que, na pior das hipóteses, procurá-lo significaria ficar mais confuso do que eu já estava. Não me pareceu um preço demasiadamente alto, já que pior seria difícil ficar. Portanto, deixei meus medos e preconceitos de lado e o procurei. Conheci-o na visita que eu fizera à igreja mórmon cerca de um ano antes. Ele servia como bispo para a congregação que visitei.

O bispo (à direita) e eu, vinte e quatro anos depois
O bispo (à direita) e eu, vinte e quatro anos depois

Assim, na calorenta tarde de 29 de julho de 1984, domingo, ele e eu conversamos longamente a respeito das idéias que tanto haviam me perturbado dias antes. Usando da grande sabedoria que lhe era peculiar, não usou de argumentos racionais nem escriturísticos, mas simplesmente relatou suas ricas experiências pessoais, através das quais teria alcançado grande grau de proximidade com Deus. Testificou de maneira poderosa que a oração é uma forma efetiva de comunicação pessoal e direta com Deus e que Ele não apenas ouvia suas orações como também as respondia. Conhecer suas ricas experiências espirituais me ajudou a reconstruir a casa da fé derrubada por uma súbita tormenta e a crer novamente na existência de um Deus próximo, amoroso e tangível. A grandiosidade do alívio que senti enquanto aquela alma abençoada me falava é algo difícil de descrever. Isso não aconteceu meramente porque ele disse o que eu queria ouvir. A sensação de alívio e conforto era mais poderosa que isso. Era algo que vinha de fora. Senti meu coração tocado e não tive forças nem motivos para duvidar de nada do que dizia.

Talvez percebendo isso, ele aproveitou para também prestar seu testemunho quanto à sua fé. Em outras circunstâncias eu não o ouviria, mas naquele momento senti que deveria ouvi-lo e prestar atenção em suas palavras. Prestou seu testemunho sobre a Igreja dizendo saber ser ela a única Igreja verdadeira na face da Terra. Então me mostrou um livro chamado O Livro de Mórmon, explicou sua origem, falou de seu conteúdo e da maneira como foi trazido à luz dos homens pelo poder de Deus, ao final do que disse: “Eu amo este livro”. Foi incrível observar como aquela frase, dita com tamanha sinceridade e humildade, mexeu comigo como nenhuma outra frase antes o fizera. Eu continuava sem forças para duvidar de nada do que dizia, pois estava totalmente envolvido por um penetrante sentimento de paz e segurança em relação à novidade que entrava por meus ouvidos. Depois me mostrou uma passagem no fim do livro que fala em uma grande promessa, extensível a todos os homens na Terra, de que pelo poder do Espírito Santo poderemos saber a verdade de todas as coisas (Moroni 10:4-5).

A verdade era algo que eu vinha perseguindo com incomum tenacidade. Por um momento receei que o bispo também fosse um desses homens inocentemente enganados pelas idéias humanas, tal como meu pai. Eu não queria cair nessa! Preferiria virar ateu a ter que engolir idéias de homens como doutrinas divinas.

O mais estranho de tudo era que, quanto mais me envolvia nesse redemoinho de dúvidas, mais algo dentro de mim dizia que continuasse procurando o bispo. Eu não sabia explicar a fonte desse sentimento. Isso me intrigava ainda mais.

Naquele mesmo domingo orei muitas vezes. Reuni toda sinceridade, humildade e fé que fui capaz de encontrar dentro de mim na intenção de alcançar uma resposta, qualquer que fosse ela. Em decorrência, senti-me confortável com a idéia de ceder aos misteriosos impulsos que me compeliam a continuar procurando o bispo e o fiz várias vezes nos dias subsequentes.

O que eu precisava, na verdade, era de um testemunho. O testemunho baseia-se na revelação de Deus e vem quando Ele fala a nosso coração, mente e espírito, fazendo-nos saber da verdade por nós mesmos — como se já tivéssemos nascido com ela. O testemunho não pode vir de fonte humana, mas de Deus. Por essa razão, o bispo não tentou me persuadir a seguir o caminho que ele sabia ser o verdadeiro. Ao invés, me persuadiu a descobrir por mim mesmo, pelo poder do Espírito Santo, se aquele era o verdadeiro caminho. Em outras palavras, ele não queria que eu acreditasse em suas palavras, mas nas de Deus, expressas pelo poder do Espírito. Explicou-me que, através do Espírito, o Senhor pode Se expressar de diferentes formas, conforme Seus propósitos e circunstâncias. Pode falar através de Sua aparição pessoal, ou através da de Seu Filho, ou da de um de Seus anjos, ou fazendo-nos ouvir Sua voz, ou dando-nos uma visão, sonho, enfim, várias são as possibilidades. Embora fosse pouco provável que eu recebesse uma prodigiosa manifestação celestial, eu estaria sujeito a isso caso houvesse um propósito divino. O mais provável, contudo, seria que acontecesse o que normalmente acontece: Ele falar a nosso coração, mente e espírito através de inequívocos sentimentos de paz, segurança, doçura e poder de penetração tais que trazem certeza e confiança à mente e coração daquele que recebe Dele Seu testemunho sobre o que se precisa saber. Algo exatamente assim foi o que senti quando o bispo prestou seu testemunho sobre a veracidade da Igreja e do Livro de Mórmon no domingo anterior. Foi esse o motivo pelo qual não tive forças para duvidar de nada do que disse. Foi como se todo ceticismo, descrença e preconceito antimórmon incutidos em mim pelo meio evangélico tivessem sido apagados de minha mente e nunca tivessem existido.

Os céus estão abertos

Mas eu ainda precisava de uma última e definitiva confirmação. Assim, mais uma vez, reuni sinceridade, humildade e fé em oração, talvez a mais importante de minha vida. Com meu exemplar do Livro de Mórmon em mãos, à meia luz e no mais absoluto silêncio, pedi ao Pai que me fizesse saber se A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é verdadeiramente a Igreja de Jesus Cristo na Terra — não apenas mais uma que pretende ser de Cristo, mas a única que Ele reconhece como Sua. Pedi-Lhe também que mostrasse a verdade sobre aquele livro que eu tinha em mãos. Tinha plena certeza de que receberia alguma resposta, qualquer que fosse, por qualquer meio, visto que sempre fui crente em Deus e em Seu poder.

Foi essa fé que possibilitou então que o Espírito me desse Sua resposta na forma de impulsos pelos quais fui exteriormente compelido a pregar meus olhos sobre a capa azul-marinho do livro que traz O Livro de Mórmon – Um Outro Testamento de Jesus Cristo gravado em elegantes letras douradas. Em seguida, dentro de mim, uma voz suave e quase audível me disse para abri-lo. Quando o fiz, minha surpresa não foi quanto ao que vi, e sim quanto ao que senti: as poucas palavras que consegui ler pareceram ter se fundido ao meu DNA como se eu tivesse reencontrado uma parte de mim que havia se perdido. Fui novamente sequestrado pelo mesmo penetrante e envolvente sentimento de paz, conforto e segurança com os quais eu houvera sido envolvido dias antes na conversa com o bispo e que, naquele momento, fez com que as dúvidas que ainda tinha se extinguissem como mágica. Senti que nenhuma outra prova era necessária senão aqueles sentimentos que só poderiam ter sido emanados pelo Espírito do Senhor. Não era uma mera impressão ou imaginação: eu sabia que vinham Dele. Eu não poderia explicar como sabia, eu simplesmente sabia! Essa certeza brotou espontaneamente dentro de mim como se eu já tivesse nascido com ela. Por todo o tempo em que estive envolvido por aquela sublime e sagrada manifestação do amor do Pai por mim, pareceu que o mundo todo perdera importância, como se tivesse parado para que eu recebesse o testemunho que buscava.

Dali por diante, tudo em minha mente e em meu coração tornou-se claro. O que senti foi que não precisaria procurar mais, pois achara o que tanto buscava. Assim sendo, não haveria por que não tomar parte nessa alegria. A idéia de me filiar à Igreja me fazia sentir muito bem — o que realmente era surpreendente para um evangélico como até então eu era — e foi no primeiro dia de agosto de 1984 que tomei a decisão de me batizar, desta vez com o batismo único, verdadeiro e definitivo.

Embora não tivessem tentado me impedir, meus pais foram radicalmente contra esse meu novo batismo. “Você vai quebrar a cara” foram as palavras mais suaves que ouvi. Como eu já havia passado por outras igrejas nessa minha busca por Deus, estavam provavelmente supondo que esta seria só mais uma. Mas eu não pensava assim. Nas outras, não senti o que sentia nesta. Era como se algo me puxasse para dentro dela e me fizesse sentir tão bem que não me parecia mais necessário continuar procurando.

A eternidade é logo ali

As palestras que recebi dos missionários não aconteceram da forma usual, ou seja, com a visita deles em minha casa: eu é que ia à casa deles. Isso porque procurei minimizar ao máximo o contato de meus pais com os missionários devido às repercussões negativas que a ministração das palestras estavam causando em casa. Meus pais não viam os missionários e a Igreja com bons olhos, nem ao que eu estava fazendo — provavelmente por causa do mesmo tipo de preconceito antimórmon que os evangélicos outrora haviam incutido em mim. Embora eu não lhes escondesse nada, torciam o nariz para mim toda vez que eu voltava da casa dos missionários e das visitas à Igreja. Surgiram vários tipos de crítica e deboches. Eu detestava esse tipo de constrangimento, ainda mais em minha própria casa. Sentia-me péssimo com isso. Imagine o que é cultivar e fortalecer o recém recebido e ainda tenro testemunho tendo que encarar intensa oposição da família, de meus ex-colegas evangélicos, de colegas de escola e, por fim, de todo o resto do mundo que duvida ser possível o Espírito de Deus ter Se manifestado a mim como fez. Não adiantou dizer a meus pais que decidi me batizar porque recebi um testemunho direto e inequívoco do Espírito do Senhor dizendo que era a coisa certa a fazer. Não acreditavam que Ele possa ter testificado que é verdade algo com o que não concordam. Se não testificou a eles, por que o faria para mim? Achavam que era meramente uma ilusão, autocondicionamento, deslumbramento, hipnose, imaginação, lavagem cerebral (lorota muito comum na época) ou algo parecido. Falaram contra a Igreja por muito tempo, tentando me convencer de que eu estava tomando uma atitude impensada e premeditada. Ouvi todo tipo de apelação à minha imaturidade e inexperiência na vida. Eu só ouvia, calado, sem mover um músculo. Essa tortura psicológica durou dias! Por fim, vendo que não me demoveriam de minha decisão, deram-se por vencidos dizendo: “Vá e faça o que quiser”.

Foto de 1987 da capela sede da Estaca Maceió Brasil
Capela sede da Estaca Maceió Brasil em 1987. Três anos antes, quando a capela ainda não existia, fui batizado num tanque improvisado sob as grandes mangueiras ao fundo.

Era uma tarde de sol, céu limpo e calor, em 5 de agosto de 1984. Os missionários me abraçaram demoradamente, com largos sorrisos nos lábios, parabenizando-me insistentemente. Assim fizeram também todos os que ali se encontravam, aguardando o início da cerimônia batismal. Em meu coração misturavam-se paz e euforia, às quais era impossível resistir, bem como o desejo de perpetuar aqueles momentos tão sublimes. Reunidos em torno da pia batismal improvisada sob uma imensa mangueira do terreno da pequena capela de madeira, entrei na água morna. Um dos missionários ergueu o braço direito em ângulo reto, pronunciou as palavras da oração batismal, me submergiu totalmente na água e me retirou dela. A vitória estava sendo tão somente minha mesmo.

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30 comentários em “A história de minha conversão

  1. QUERIDO IRMÃO MARCELO,GOSTEI DE MAIS DO SEU TESTEMUNHO… GOSTO MUITO DE LER O TESTEMUNHO DE UM HOMEM INSPIRADO POR DEUS. TUDO TEM SEU TEMPO!!! E HORA CERTA. COMO VC EU TBM SEI QUE O LIVRO DE MORMON É VERDADEIRO. NÃO TENHO NENHUMA DÚVIDA DISSO. E QUE A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS É VERDADEIRA, É A ÚNICA. AMO O EVANGELHO, PORQUE ESSE MESMO SENTIMENTO QUE VC TEVE EU TBM TIVE. MAS SEMPRE É BOM SABER QUE OUTRAS PESSOAS TBM SABEM DISSO.

  2. Oie de novo…

    Querido, prezado, estimado, Irmão Marcelo…………………….

    Lógico que eu admiro homens inteligentes, mas você é demais…………………………

    Isso me confirma que A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS, é formada por pessoas inteligentes, como você, como outros que tem fundamento teórico e espiritual ao compartilhar das verdades…
    O que é tão óbvio perceber que quem critica, é tão sem fundamento e verdade…

    Eu leio todos artigos que me deparo sobre A IGREJA, tanto contra quanto a favor, e reflito sobre:
    Isso é verdade? E procuro saber! Não sou cega, nem fanática… Sou aberta a reflexões…

    E ao final, disso tudo ao ouvir os contras e os prós, vou atrás do Papai do Céu… em oração:
    “Senhor, Meu Deus, pode ser que eu esteja fazendo algo errado, mas confirme em meu coração, a verdade…
    Quem está falando a verdade…???!!!”

    E QUERO PRESTAR MEU TESTEMUNHO AO MUNDO:

    Até papagaio fala, mas quem confirma a verdade é DEUS…

    OUÇAM OS DOIS LADOS, “AS CRITICAS” E “OS ELOGIOS”…

    E AO FINAL DISSO, PERGUNTEM AO ÚNICO QUE TEM CERTEZA E SABE DE TODAS AS COISAS…

    NOSSO DEUS, NOSSO PAI, SENHOR E CRIADOR…

    E sobre qual assunto você sentiram sentimentos de PAZ, de amor, de alegria…

    Para ajudar: I CORINTIOS 12:3 / JOÃO 14:26 / JOÃO 16:13 / II PEDRO 1:21

    convido todos a ouvir as palavras daqueles que nos criticam, e analisem o que sentiram após…

    Eu sinto, me traz sentimentos ruins, são palavras RUDES, ÁSPERAS E HOSTIS !!!???

    e ao ouvir nossas reuniões dominicais, ESPECIALMENTE, ouvir os líderes gerais…

    http://lds.org/?lang=por

    ouçam e leiam… Logo após reflitam:

    Vocês puderam sentir algo diferente??? Algo bom ou algo ruim???
    As palavras despertaram em vocês, ira e raiva, ou, amor e esperança???

    ver no youtube: “Lições que aprendi quando era menino”
    Do Pres. Gordon B. Hinckley…

    A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS…
    PREGA O AMOR… PREGA A JESUS O CRISTO, O ÚNICO SALVADOR…

    Ah, e não vem falar que: Membros não sei o que, membros não sei o que lá…
    Não somos perfeitos,
    mas os ensinamentos da Igreja, sim, esses são perfeitos…

    PROCUREM,
    APRENDAM,
    BUSQUE AO SENHOR,
    OREM, PONDEREM…

    E AO SENTIR A RESPOSTA…
    VIVA E AME…

    É o que eu faço,
    não quero criticar os que não são favoráveis aos Santos dos Últimos Dias,
    sei que às vezes temos decepções…
    Lembrem-se que:
    JUDAS ERA UM APOSTOLO, VIVIA LADO-A-LADO COM O SALVADOR,
    PEDRO, O NEGOU POR TRÊS VEZES…

    Nós passaremos por algo semelhante, mas não devemos culpar à DEUS e SUA IGREJA por isso…

    IRMÃO MARCELO,
    COMO POSSO TER O SEU CONTATO???
    PESSOAS INTELIGENTES E COERENTES, DIGNAS E JUSTAS… Preciso ter um contato eterno…

    OBRIGADA,

    ATENCIOSAMENTE,

    LUCIMARA PAIVA

  3. Marcelo boa tarde! Passando pela sua pagina, parei é li a sua tragetoria de vida. Pois é amigo as vezes nascemos em uma religião e não se encontramos na mesma,eu sou de comun acordo que a pessoa procure se encontra com Deus da sua melhor forma. Eu sou uma pessoa catolica tenho muito contacto com amigos de varias religios, me do men com todos. Porem me sinto muito bem na catolica. Gosto muito do meu Deus,não penso nunca em mudar, já tive muitas propostas ,mais continuo na minha.Isto não quer dizer que eu não esteja de acordo com o seu depoimento.A

  4. A minha familia é católica e apesar de ter feito todos os sacramentos católicos, desde os 12 anos que comecei a tornar-me bastante critica em relação à religião. Houve um tempo em que considerei que não existia Deus e que a Biblia era uma invenção. No entanto, fui investigando várias igrejas cristãs e comecei a por novas hipoteses. Conclui que se a Biblia contem profecias que de facto se realizaram é porque existe verdade nela. Sempre achei religião algo muito interessante.
    Em 2008, não considerava a Igreja Católica verdadeira e achava que já não existia uma igreja de Cristo verdadeira na Terra. No entanto nesse ano entrou para a minha turma uma rapariga que se havia convertido nesse mesmo ano para SUD. A familia dela era católica não praticante e ela como eu só tinha 14 anos. Ela começou a falar-me de sua igreja e eu comecei a ponderer nas suas ideias. Comecei a acreditar que realmente deveria existir um Deus e a ter curiosidade sobre a igreja a que ela pertencia. A partir de Setembro de 2009 é que comecei a ter mais contacto com a mensagem que ela trazia. Aproximamo-nos muito e então ela falava-me do Livro de Mormon, do Plano de Salvação e respondia as minhas questões. Via nela uma fé tão firme. Ouvi a história dela e que a familia também não a apoiara embora naquele momento não se importasse. Eu admiro-a por causa da força que ela trás sempre consigo.
    Ela ofereceu-me o Livro de Mormon com o seu testemunho escrito lá dentro e disse para eu ler, ponderar e orar a perguntar ao Pai se tudo aquilo era verdade e que ele me responderia. Eu achei algo estranho porque achava tolo orar, no entanto dei por mim a fazer isso mesmo, umas semanas depois. Comecei num dia a ler por curiosidade e tambem a investigar na internet e a tirar dúvidas com a minha amiga e comecei a reparar que gostava de fazer isso tudo. Eu que tanto duvidava do cristianismo e de Deus estava a começar a dar os meus primeiros passos para a mudança. Comecei a orar e dava por mim a faze-lo no caminho para a escola, antes de dormir, no chuveiro e lia todos os dias mais que um capitulo. A minha amiga incentivava-me e isso foi muito importante. Os meus pais que não gostavam muito de eu me relacionar com mormons não sabiam e não sabem isso que eu faço, nem sabem que existe um livro de mormon em casa.
    No Natal de 2009 fui pela primeira vez à capela do ramo e adorei o ambiente e senti-me muito bem lá. Assisti a parte de uma aula de seminário e estive ajudando nos preparativos para a festa de Natal. Depois noutro dia fui à festa de Natal e conheci muitos membros, as irmas e os elderes. Combinei encontrar-me com as irmãs e assim foi. Durante os meses seguites, uma vez por semana me encontrava com ela na capela, sem meus pais saberem. Continuava a ler e a orar e fui juntando as peças do puzzle. Comecei a ver que muitas coisas faziam sentido e sentia-me muito bem quando estava a ler, a orar ou a falar com as irmas. Não queria que as lições acabassem. As palavras que ouvia pareciam tão importantes e foi por aí que comecei a achar que talvez fosse verdade. Ainda assim havia uma parte de mim que não me deixava acreditar mesmo. Sempre duvidara muito e tinha sido muito avisada pelos meus pais. Ainda assim não me conseguia desligar da igreja. Como se uma força me puxasse para ela. Acabei as lições e as irmãs me disseram que estava pronta para me baptizar e que já sabia tanto que não sabiam que mais me ensinar. Mas eu já tinha decidido que se me baptizasse seria depois de fazer 18 anos e então como já tinha acabado as lições e os meus pais não gostavam que fosse à capela, deixei de lá ir. Passado umas semanas comecei a ler e a orar menos até deixar mesmo de fazê-lo. Passado mais umas semanas senti muito a falta disso e que estava a ir num caminho errado. Senti uma grande vontade de ir à capela de orar e ler outra vez. Então fui à capela e voltei a ler e a orar. Desta vez tive algumas lições com os elderes e voltei-me a sentir como antes, mas ainda havia duvida e queria uma resposta, algo que me fizesse deixar de duvidar. Eles disseram que eu talvez já tivesse tido essa resposta, mas que algumas pessoas levam mais tempo a vê-la como tal e que a sua fé vai crescendo progressivamente até ser firme. A minha amiga sugeriu um jejum e então fizemo-lo juntas num dia sem os meus pais saberem. Nesse dia tivemos uma grande conversa as duas sobre Deus e seu evangelho, sobre respostas, fé e certeza e esse dia marcou-me muito. A partir desse dia passei a acreditar que realmente receberia uma resposta e cheguei a casa sentindo-me muito bem. Pouco tempo depois, em Junho, apesar da semente que fora plantada em mim em Dezembro ter crescido bastante, voltei a deixar de ler e de orar gradualmente. E novamente semanas depois senti uma grande necessidade de ir à capela e de ler e orar e então há umas semanas atrás voltei a ler e a orar bastante e a minha fé cresceu mais um pouco de modo que ao olhar para mim, vejo uma grande diferença ao comparar-me com antes de conhecer a minha amiga. Domingo passado, 22 de Agosto, fui à reunião sacramental pela primeira vez e levei a minha prima comigo. Novamente senti o já senti tantas vezes e me faz pensar que devo seguir este caminho. Assisti à aula de principios do evangelho e parte da aula das moças. Até então só tinha assistido a umas poucas aulas de seminario. Saí da capela feliz por lá ter ido, em paz e com vontade de orar e ler mais. Estava muito calma e vi que a minha prima tinha gostado de ir à capela. Se houve uma mudança tão grande em mim, também pode haver nos outros. Se tanta gente diz: Eu sei que esta igreja é a verdadeira!, eu também desejo poder dize-lo, porque é algo muito importante. Quero fazer os que está certo e acho que isso é baptizar-me. Acho que ainda me falta alguma coisa mas acredito que isso que falta vai chegar mais tarde ou mais cedo que se eu tiver fé que sim. É isso que procuro desenvolver aos poucos em mim, fazer a semente que há em mim crescer cada vez mais até não mais duvidar que esta é a verdade. Agradeço a Deus que me tenha colocado a minha amiga à frente e que eu esteja a mudar. Peço-lhe que torne a minha familia mais compreensivel e prepare um bom caminho para eu poder percorrê-lo, encontrando a verdade.
    Outro dia tive a explicar várias coisas às minhas primas porque elas perguntaram-me: o que são mormons? Acho que expliquei bem porque elas têm vontade de conhecer a igreja e não se esqueceram de muito que eu disse e então sinto-me muito feliz por isso, por estar a levar a mensagem a outras pessoas. Espero continuar neste caminha e não voltar a afastar-me desta igreja porque sinto que devo estar perto dela, não sei bem porque mas sinto isso. Devem ser pequenas sentimentos provocados pelo Espirito Santo e devo prestar-lhes mais atenção.
    Muitas pessoas que eu conheço acho que têm medo de saber a verdade e de receber uma resposta e por isso não a procuram, mas eu procuro-a já há algum tempo e realmente desejo recebê-la e a viver de acordo com a minha resposta.
    Senti que deveria escrever tudo isso e gostava que ouvir uma opinião, mesmo estando tão longe, pois eu sou dos Açores (Portugal)
    Ultimamente tenho conseguido obter mais permissão por parte dos meus pais e o meu pai ouve as «novas ideias que trago da igreja mormon». Ela afirma-se católico, mas no fundo nem discorda da apostasia. Existe tanta coisa trocada e ninguém sabe para onde se virar. Persistem as tradições, mas no fundo o que é preciso é coragem para procurar e descobrir, e para estar prontos para mudar a nossa vida.

    1. Irmã Beatriz,

      Muito obrigado por compartilhar conosco seu testemunho.

      Não tenho dúvida de que esse sentimento que a atrai para a Igreja vem do Senhor, por meio do Espírito Santo. Sei disso porque conheço bem esse sentimento. A experiência de viver o evangelho já há 26 anos me ajudou a aprender a discernir os influxos do Espírito quando nos são dados.

      Então, se posso dar-lhe um conselho, não resista a esses influxos do Espírito. Temos o mandamento de nos batizar, receber do dom do Espírito Santo e as ordenanças do templo para nossa salvação. Se você se empenhar em cumprir esses mandamentos, tenha certeza de que o Senhor a ajudará nesse propósito abrindo o caminho à sua frente, inclusive em relação a seus pais. O Senhor disse: “Eu, o Senhor, estou obrigado quando fazeis o que eu digo; mas quando não o fazeis, não tendes promessa alguma.” (D&C 82:10). Por isso, se você fizer sua parte para cumprir esses mandamentos, as palavras de Néfi se cumprirão em você: “Eu irei e cumprirei as ordens do Senhor, porque sei que o Senhor nunca dá ordens aos filhos dos homens sem antes preparar um caminho pelo qual suas ordens possam ser cumpridas”. (1 Néfi 3:7).

      Que nosso Pai a abençoe ricamente, é minha prece a Ele em nome de Jesus Cristo.

  5. Enquanto lia a historia da sua conversão passou um filme na minha mente, lembrei de algumas experiências que também passei, e pelo visto algumas são iguais as suas.
    Sem o testemunho do Espírito Santo, não tem como o homem ter a certeza da verdade do caminho que ele está seguindo. Pois, são inúmeras as igrejas, pensamentos, filosofias, doutrinas, teorias e etc, etc… E a menos que o homem, através da fé, busque uma confirmação do caminho que está seguindo ou irá seguir, ele nunca terá certeza, e correrá o grande risco de está andando segundo o caminho dos homens pensando que estão nos caminhos de Deus.
    Na realidade, acredito eu, que esse sempre foi o maior desafio de todos em todas as épocas. Como saber se aquele ou aquilo é verdade. A humanidade sempre esteve diante desse grande dilema mais parece que nunca conseguem percebê-la, talvez por causa das muitas coisas que já citei (inúmeras as igrejas, pensamentos, filosofias, doutrinas, teorias, tradições, culturas e etc, etc…)
    Certa vez me perguntaram: como eu poderia ter certeza de que eu estou realmente no lugar certo, no lugar verdadeiro, pois todas as igrejas dizem que são verdadeiras?
    E o interessante que esse mesmo dilema da pergunta enfrentado por mim e por muitos outros, é o mesmo dilema desde os primórdios dos tempos. Foi o mesmo dilema para os da época dos profetas Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e ate mesmo o nosso amado mestre e Senhor Jesus. Por que não acreditaram neles?
    A maioria da humanidade desprezou esses homens, pois estavam amarrados aos pensamentos e idéias da época, e agindo assim perderam as melhores oportunidades que já haviam sido oferecidas a eles.
    As vezes fico me perguntando como seria minha reação, se ao invés de ter nascido nessa época em um lar cristão, tivesse nascido em um lar judeu na época de cristo e meus pais fossem de um dos grupos religiosos da época (fariseu, saduceus…) e tivesse crescido, sendo ensinado naquelas doutrinas e filosofias, como eu O teria tratado, como eu poderia ter a certeza que Ele era realmente quem dizia ser?
    Como poderia saber a verdade no meio de tão grande divergência de opiniões?
    A nossa realidade hoje não está muito diferente daqueles dias não, e isso está claramente evidenciado ao nosso redor, então como podemos saber a verdade das coisas de uma forma segura?
    E a única resposta que me faz sentir paz e segurança é: através do testemunho do Espírito Santo.
    Marcelo um abraço.
    Parabéns pelas mensagens!!!
    “Um testemunho é dom de deus que vem nos confirmar, a fé que temos no Senhor e a duvida afastar”

  6. Oi…Sou Mórmon desde 1998…mas minha familia nunca foi muito firme na igreja…pelo menos até minha adolescencia…então não cheguei a frequentar todos os anos do seminário..por isso não conheço o suficiente do evagelho para converter alguem.
    Esse alguem especificamente é meu marido.

    Eu me casei com um rapaz que não é da Igreja…ele é evangélico. Temos um filho de 06 meses e tudo mais.
    Ele não me proibe de ir às reuniões…Hoje inclusive sou firme…e meus pais até no templo já foram…infelizmente nao fui selada à eles por estar casada.

    É muito dificil viver cada um pra um lado…porque na Igreja SUD a família é essencial para o Plano do Pai Celestial…E …eu tenho um filho…que nem pôde apresentá-lo ao Pai…

    Temos a meta e oramos para que esse ano ainda consigamos seguir o mesmo caminho juntos. Queremos servir ao Pai… Porque sabemos que do jeito que está não é de agrado ao Senhor.

    Gostaria muito que alguem pudesse me ajudar…

    Orem por mim irmãos!!!

    Atenciosamente, Anni.

    1. Irmã Anni,

      Sei bem como se sente, pois passei por situação parecida.

      Por isso, com conhecimento de causa, posso dar-lhe um conselho: faça sua parte para que o Senhor possa fazer a Dele. Mantenha-se fiel a seus convênios, fique firme na Igreja, nunca perca a esperança e siga em frente “com firmeza em Cristo, tendo um perfeito esplendor de esperança e amor a Deus e a todos os homens. Portanto, se assim prosseguirdes, banqueteando-vos com a palavra de Cristo, e perseverardes até o fim, eis que assim diz o Pai: Tereis vida eterna” (2 Néfi 31:20). Note que a promessa de termos vida eterna só poderá ser cumprida se formos casados (veja D&C 132:19). Se, portando, Ele lhe promete a vida eterna mediante sua fidelidade a Ele e se Ele está obrigado quando fazemos o que diz (veja D&C 82:10), significa que, no Seu devido tempo e a Seu modo, Ele dará um jeito de trazer seu marido para a Igreja.

      Nosso Pai é um Deus de milagres. Sou testemunha disso.

      Espero tê-la ajudado.

      Um abraço!

      1. Irmão,

        Você acaba de me confirmar o que o Espírito Santo vinha me revelando nesses ultimos dias…

        Sim…O Senhor tem promessas conosco quando fazemos o que Ele diz!!!

        Foi exatamente isso que o Espírito me revelou.

        Tenho pensado muito ultimamente em como é bom ser SUD… Em como sou feliz por servir ao Senhor…e me esforçar pra fazer Sua vontade. A felicidade em fazer as coisas do Senhor e a paz que o Espirito Santo nos traz não se compara a nada nesse mundo…e eu sinto isso em minha vida.

        Eu vou ser firme Irmão. Farei as coisas do Senhor com todo meu coração.

        Irmão, espero em breve ter o prazer de te contar boas novas!

        Grata pela sua atenção,

        Irmã Anni

  7. Olá Marcelo:

    Estou retribuindo a visita, rapidamente. Seu blog tem um visual bastante interessante. Gostaria só de fazer dois breves comentários: 1- Recém-nascido não tem pecado? Esse é um grave engano. David, no Salmo 51 diz que “em iniquidade eu nasci e em pecado me concebeu minha mãe. além de vastíssimo testemunho bíblico sobre essa questão. 2- Quem foi o primeiro a praticar o batismo? João Batista, certo? Ele não conhecia nenhuma cerimônia de purificação que fosse feita por “IMERSÃO”. Todos os ritos de purificação do Velho Testamento eram feitos por Aspersão. Logo, João Batista não poderia ter realizado nenhum batismo por imersão. Além disso, há vastíssima prova a favor do batismo por aspersão. A expressão que você utiliza, como se fosse uma grande argumentação “entraram e saíram da água”, não passa de uma argumentação baseada em sofismas. Você pode entrar e sair da água sem que, necessariamente, tenha sido imerso. Pode ou não? Claro que sim. Estou cançado de entrar no mar da famosa praia de Boa Viagem, no Recife, depois sair e mesmo assim não mergulhar, não ser imerso.
    Forte abraço.

    1. Nós discordamos da sua interpretação da Bíblia.

      Felizmente, não precisamos nos basear apenas no que diz a Bíblia para sabermos o que pensar sobre os mais variados aspectos do Evangelho. Como a obra de Deus não tem fim, as palavras Dele também não têm e não cremos que a Bíblia seja o único volume de escrituras sagradas que Ele mandou escrever.

      Um desses outros volumes é o Livro de Mórmon. Quanto ao batismo de crianças, o Livro de Mórmon nos ensina, nas palavras do profeta Mórmon a seu filho Moroni:

      E agora, meu filho, falo-te a respeito de uma coisa que me aflige extremamente; pois aflige-me que surjam disputas no meio de vós.

      Pois, se eu soube a verdade, tem havido disputas no meio de vós relativas ao batismo de vossas criancinhas.

      E agora, meu filho, desejo que vos esforceis muito para que esse grave erro seja removido de vosso meio; porque é com essa intenção que escrevo esta epístola.

      Pois imediatamente após saber destas coisas sobre vós, inquiri o Senhor a respeito do assunto. E pelo poder do Espírito Santo veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

      Ouve as palavras de Cristo, teu Redentor, teu Senhor e teu Deus. Eis que vim ao mundo não para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento; os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; portanto as criancinhas são sãs por serem incapazes de cometer pecado; portanto a maldição de Adão é delas removida por minha causa, de modo que sobre elas não tem poder; e a lei da circuncisão foi abolida por minha causa.

      E desta maneira o Espírito Santo manifestou-me a palavra de Deus; portanto, meu amado filho, sei que é um sério escárnio perante Deus batizar criancinhas.

      Eis que te digo que isto deverás ensinar — arrependimento e batismo aos que são responsáveis e capazes de cometer pecados; sim, ensina aos pais que devem arrepender-se e ser batizados e tornar-se humildes como as suas criancinhas; e serão todos salvos com suas criancinhas.

      E suas criancinhas não necessitam de arrependimento nem de batismo. Eis que batismo é para arrependimento, a fim de que se cumpram os mandamentos para a remissão de pecados.

      As criancinhas, porém, estão vivas em Cristo desde a fundação do mundo; se não for assim, Deus é um Deus parcial e também um Deus variável, que faz acepção de pessoas; porque quantas criancinhas morreram sem batismo!

      Portanto, se as criancinhas não podiam ser salvas sem batismo, devem ter ido para um inferno sem fim.

      Eis que vos digo que aquele que pensa que as criancinhas necessitam de batismo está no fel da amargura e nos laços da iniqüidade; porque não tem fé nem esperança nem caridade; portanto, se morrer com esse pensamento, deverá ir para o inferno.

      Pois é grande iniqüidade supor que Deus salva uma criança em virtude do batismo, ao passo que outra deve perecer por não ter sido batizada.

      E ai daqueles que pervertem os caminhos do Senhor dessa maneira, porque perecerão, a não ser que se arrependam! Eis que falo ousadamente, tendo autoridade de Deus; e não temo o que o homem possa fazer, porque o perfeito amor lança fora todo o medo.

      E estou cheio de caridade, que é amor eterno; portanto todas as criancinhas são iguais para mim; amo as criancinhas, portanto, com um perfeito amor; e elas são todas iguais e participantes da salvação.

      Pois sei que Deus não é um Deus parcial nem um ser variável; mas é imutável, de eternidade a eternidade.

      E as criancinhas não podem arrepender-se; portanto é grande iniqüidade negar-lhes as puras misericórdias de Deus, porque estão todas vivas nele, em virtude de sua misericórdia.

      E aquele que diz que as criancinhas necessitam de batismo, nega as misericórdias de Cristo e despreza a sua expiação e o poder de sua redenção.

      Ai desses, porque estão em perigo de morte, inferno e tormento sem fim. Digo isto destemidamente; Deus ordenou-me. Ouvi estas palavras e atentai para elas; caso contrário, elas testificarão contra vós no tribunal de Cristo.

      Porque eis que todas as criancinhas estão vivas em Cristo, assim como todos os que estão sem a lei, porque o poder da redenção atua sobre todos os que não têm lei; portanto o que não foi condenado, ou seja, o que não está sob condenação, não pode arrepender-se; e para tal o batismo de nada serve —

      Mas é escárnio perante Deus negar as misericórdias de Cristo e o poder do seu Santo Espírito e depositar confiança em obras mortas.

      Eis que, meu filho, isto não deve ser assim, porque o arrependimento é para os que estão sob condenação e sob a maldição de uma lei violada.

      E o primeiro fruto do arrependimento é o batismo; e o batismo vem pela fé, para cumprirem-se os mandamentos; e o cumprimento dos mandamentos traz remissão de pecados.

      (Moroni 8:4-25)

      Quanto à necessidade da imersão, a própria palavra “batismo” no original em grego significa “mergulhar” ou “imergir”. Mas também quanto a isso não precisamos depender de interpretações particulares da Bíblia se temos escrituras adicionais. No Livro de Mórmon, o Salvador ensina Seus discípulos sobre a maneira correta de batizar:

      E novamente o Senhor chamou outros e disse-lhes a mesma coisa; e deu-lhes poder para batizar. E disse-lhes: Desta maneira batizareis; e não haverá disputas entre vós.

      Em verdade vos digo que desta forma batizareis todos os que se arrependerem de seus pecados pelas vossas palavras e desejarem ser batizados em meu nome — Eis que descereis à água e em meu nome os batizareis.

      E eis que estas são as palavras que devereis dizer, chamando-os pelo nome:

      Tendo autoridade que me foi concedida por Jesus Cristo, eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

      E então os imergireis na água e depois saireis novamente da água.

      (3 Néfi 11:25-26)

      Numa visão dada a Joseph Smith, o Profeta, e a Sidney Rigdon, em Hiram, Estado de Ohio, em 16 de fevereiro de 1832, aprendemos que os que foram batizados o foram na semelhança do sepultamento de Cristo, sendo sepultados na água em Seu nome:

      E tornamos a testificar — pois vimos e ouvimos; e este é o testemunho do evangelho de Cristo concernente àqueles que irão ressurgir na ressurreição dos justos —

      Esses são os que receberam o testemunho de Jesus e creram em seu nome e foram batizados na semelhança de seu sepultamento, sendo sepultados na água em seu nome; e isto de acordo com o mandamento que ele deu

      (D&C 76:50-51)

      Adão foi mergulhado na água e tirado da água:

      E aconteceu, quando o Senhor falou com Adão, nosso pai, que Adão clamou ao Senhor e foi arrebatado pelo Espírito do Senhor e foi levado para a água e foi mergulhado na água e foi tirado da água.

      (Moisés 6:64)

      Eis porque não batizamos crianças e porque batizamos por imersão.

      E aqui não vou entrar no mérito de saber se você aceita ou não essas palavras como sendo de Deus. Nós aceitamos. Eu sei que são. Portanto, é nisso que nos baseamos sem dependermos de interpretações particulares da Bíblia.

      Um abraço!

        1. Eu não esperava que aceitasse. Já fui evangélico, portanto conheço bem essa postura.

          É como eu disse no seu blog: no último dia saberemos quem tinha razão. E não estou com o menor fiapo de medo desse dia, pois não tenho a menor sombra de dúvida quanto ao que sei. Para mim será um dia agradável e feliz. 🙂

          Não acredita? Então espere para ver! 😉

          Um abraço!

  8. Querido irmão que benção foi ler sua mensagen e seu blog hoje por um acaso liguei a tv eu ñão tenho costume de ligar a tarde mas algo me chamou atenção ao ver um homem defendendo a natureza que nosso Pai Celeste nos fez como homens e mulheres reparei num cartão da amizade na mão desse homem o que me chamou mais atenção e por incrvel que pareça e sem intenção alguma de sabe sobre esse homem acabei encontrando ele nesse site..
    Parabens irmão pela sua atuaçao as veze comentários e algumas apostasias nos fazem entristecer mas quando vejo que não sou o unico que estou sozinho isso me fortalece alias são mais de 13 milhoes no mundo que tem a mesma fé.
    Adorei o blog gostei muito da história de sua conversão eu tbm fui Batizado em 1984
    Abraos,

    Mauricio Floriano – Boucatu/SP

  9. Marcelo, seu testemunho me ajudou esta noite, tenho tido algumas dúvidas sobre a veracidade da Igreja e estava lendo um relato de um membro da Igreja nos estados unidos. Que descobrio que o livro de Abraao seria uma fralde como umas placas que Joseph traduzio e depois foram descobertas que eram falsas. Não quero acreditar nisso, senti o mesmo sentimento que vc sentio em sua conversão e acho que Deus não permitiria que nós sentíssimos isso se fosse mentira. Mas gostaria mesmo de pesquisar sobre isso. Não quero ser enganada, mas a verdade é que não temos acesso aos manuscritos e nem temos conhecimento científico para concordar ou discordar das alegações. Se você puder me ajudar me ajude.

    1. Oi, Jackeline.

      Perguntas que você deve fazer a si mesma: como foi que essa pessoa descobriu a suposta fraude? Quem descobriu que as placas eram falsas? Onde essa descoberta está publicada? Que dizem demais historiadores e pesquisadores sobre o caso?

      Espero que essa pessoa não queria que acreditemos em suas alegações só porque ela está dizendo que as coisas são como acha que são.

      Mas é a tal coisa: tem cientista que jura que o Livro de Mórmon é uma fraude porque não se conseguiu estabelecer uma correlação genética entre os índios americanos e os israelitas, antepassados dos nefitas.

      Indo mais longe, nenhum cientista jamais encontou evidências da existência do Jardim do Éden, de Adão e Eva, do dilúvio, da divisão do Mar Vermelho e tantas outras coisas. Por fim, a ciência diz ser impossível Jesus ter ressuscitado após três dias morto. Para a ciência, esses relatos não passam de lendas.

      Agora me diga: se a ciência diz ser impossível Jesus ter ressuscitado, você vai virar atéia por causa disso? Se não, então por que deve se deixar abalar pela palavra de alguém dizendo que o livro de Abraão é uma fraude? Em ambos os casos, trata-se de fatos espirituais que devem ser comprovados espiritualmente, e não materialmente.

      Tenhamos em mente que nosso Pai Celestial é onisciente (tem todo conhecimento do Universo) e onipotente (tem todo poder). Portanto, Ele pode nos revelar a verdade de todas as coisas (veja Moroni 10:5), porque Ele as conhece. Na palavra de quem você prefere confiar, na de nosso Pai ou na de homens?

      Não preciso de comprovação científica de nada para saber que os fatos narrados nas escrituras são verdadeiros e, por extensão, que o Livro de Abraão também é. Um dia (que estou plenamente convicto de que estarei vivo para ver chegar), nosso Pai revelará toda a verdade ao mundo, então aqueles que viram fraude e engano onde não existe — e aqueles que deliberadamente mentiram sobre isso — terão a oportunidade de reconhecer a falsidade (intencional ou não) das próprias afirmações.

      Espero ter ajudado.

      Um abraço!

  10. Recado para “Michael DS”, de Sydney, Autrália:

    Não pude responder seu e-mail porque o endereço informado por você em seu contato (bmichaelozzy@bigpond.com) está errado e minha mensagem foi devolvida. Por favor, entre em contato novamente informando um endereço válido. Obrigado.

    1. Alo Marcelo,

      Sou eu novamente.

      O meu email agora esta correto. Desculpe me pela incoveniencia.

      Na verdadce acabo de ler toda a sua conversao.

      Para mim certamente tenha sida uma das mais belas conversoes que ja li e ouvi.

      Nessa tardinha, mais particularmenete nessa noite estava a procura de algo unsual sobre a fe, testemunho, enfim algo que trazeria tamanha alegria para a minha noite solitaria.

      A sua historia me comoveu muito e se voce estivesse ao meu lado eu certamente que lhe daria um grande hug e diria: You made my night

      Aqui agora e 10.43 da noite do dia 08/03/09.

      Michael

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