Eu, 30 anos depois

Imagem de árvore frondosa com detalhe de muda nas mãos de uma pessoa em um canto

Exatamente hoje, 5 de agosto de 2014, completam-se 30 anos de uma decisão que mudou inexoravelmente o curso de minha vida. Bendita por uns, maldita por outros, o fato é que dela jamais tive qualquer fiapo de arrependimento.

Foi o dia em que me filiei a A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Nesse meio tempo, assim como teria ocorrido com qualquer um, cresci em diversos aspectos, especialmente na circunferência abdominal. Só uma coisa foi interrompida a partir daquela data: a fase de busca por certas respostas espirituais que descrevo em detalhes neste artigo.

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A alegria de ser membro da Igreja (parte V)

Neste fim de semana participei de mais uma conferência de estaca. Para quem não sabe, na Igreja de Jesus Cristo uma estaca é como uma diocese católica. Duas vezes por ano as estacas da Igreja no mundo todo realizam uma conferência. O principal propósito das conferências é fortalecer a fé e o testemunho e tratar dos assuntos da estaca.

Quando eu tinha 19 anos fui cumprir missão de tempo integral no Rio Grande do Sul por dois anos. Em minha primeira entrevista com o presidente da missão, ele me perguntou: “Por que você veio para a missão?” Dei-lhe a resposta clássica: “Para pregar o evangelho e ajudar pessoas a virem a Cristo”. Ele respondeu: “Muito bem. Mas esse é o segundo motivo pelo qual você veio para a missão. O primeiro é para se converter ao evangelho.”

Estranhei a observação, pois sou converso da Igreja e já me achava convertido (conheça a história de minha conversão). Só muito tempo mais tarde é que entendi o que ele quis dizer.

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A alegria de ser membro da Igreja (parte IV)

Neste fim de semana tivemos mais uma Conferência de Estaca. Foi especial por ter sido aquela na qual conhecemos o homem escolhido pelo Senhor para ser o novo presidente de nossa estaca após nove anos da gestão do anterior, que foi honrosamente desobrigado. A desobrigação do antigo presidente foi acompanhada por largas manifestações espirituais nas quais o Senhor demonstrava estar mesmo honrando aquele homem por seu serviço abnegado e humilde. Como Ele próprio disse:

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A razão da esperança que há em mim

Há algum tempo venho me correspondendo por e-mail com uma pessoa que se identifica apenas pelo pseudônimo de “Árabe Quarentão”. Desde quando me procurou pela primeira vez, vem trazendo dúvidas sobre a Igreja e muitos tópicos relacionados a ela. Tenho procurado responder todas as suas perguntas com o máximo de consideração e empatia possível.

No início ele foi muito cordial e polido, mas, em sua última mensagem, pareceu ter perdido a paciência comigo por eu não concordar com seus raciocínios. Abordou novamente temas já discutidos em mensagens anteriores como se nenhuma resposta houvesse sido dada antes. Trouxe artigos críticos à Igreja pedindo para saber se era verdade o que diziam, como se estivesse me testando. Insiste que a Igreja errou em algumas coisas e que deve desculpas por isso. Tem procurado pelos em casca de ovo para criticar a Igreja, seus líderes e membros.

Em outras palavras, ele é do tipo que, na falta da fé, busca sinais para crer. De sua última mensagem destaco:

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A alegria de ser membro da Igreja (parte III)

Nesta mesma hora, há exatos sete dias, encerrava-se mais uma Conferência Geral da Igreja, a 179a desde que a Igreja foi organizada, em 1830.

Depois que disse o amém da última oração da sessão, surpreendi-me ao notar estar possuído por um suave e profundo sentimento de alegria, satisfação e gratidão. Não foi algo que aconteceu porque assim o desejei — tanto que, como eu disse, fui pego de surpresa por ele. Foi algo que brotou espontaneamente dentro de mim e me possuiu de tal forma que causou uma forte impressão que perdurou por vários dias.

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