A razão da esperança que há em mim

Há algum tempo venho me correspondendo por e-mail com uma pessoa que se identifica apenas pelo pseudônimo de “Árabe Quarentão”. Desde quando me procurou pela primeira vez, vem trazendo dúvidas sobre a Igreja e muitos tópicos relacionados a ela. Tenho procurado responder todas as suas perguntas com o máximo de consideração e empatia possível.

No início ele foi muito cordial e polido, mas, em sua última mensagem, pareceu ter perdido a paciência comigo por eu não concordar com seus raciocínios. Abordou novamente temas já discutidos em mensagens anteriores como se nenhuma resposta houvesse sido dada antes. Trouxe artigos críticos à Igreja pedindo para saber se era verdade o que diziam, como se estivesse me testando. Insiste que a Igreja errou em algumas coisas e que deve desculpas por isso. Tem procurado pelos em casca de ovo para criticar a Igreja, seus líderes e membros.

Em outras palavras, ele é do tipo que, na falta da fé, busca sinais para crer. De sua última mensagem destaco:

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A alegria de ser membro da Igreja (parte III)

Nesta mesma hora, há exatos sete dias, encerrava-se mais uma Conferência Geral da Igreja, a 179a desde que a Igreja foi organizada, em 1830.

Depois que disse o amém da última oração da sessão, surpreendi-me ao notar estar possuído por um suave e profundo sentimento de alegria, satisfação e gratidão. Não foi algo que aconteceu porque assim o desejei — tanto que, como eu disse, fui pego de surpresa por ele. Foi algo que brotou espontaneamente dentro de mim e me possuiu de tal forma que causou uma forte impressão que perdurou por vários dias.

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‘Eu, o Senhor, deleito-me em honrar aqueles que me servem em retidão e verdade’

Entrei na escola muito cedo. Meus pais acreditavam que, devido a seus problemas de saúde, quanto antes eu me formasse menos risco correriam de não poderem me ajudar em minha formação. Lembro-me claramente de um fato ocorrido no início do ano de 1973: a professora de artes do Colégio Farroupilha, em Porto Alegre, não acreditou que eu tivesse só seis anos de idade já estando na terceira série do primário.

Não demorou muito para ficar claro que o tiro pretendido por meus pais saiu pela culatra. Sem o apropriado desenvolvimento psicoemocional para acompanhar o adiantamento escolar almejado por eles, sofri três reprovações ao longo de minha vida escolar.

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O dia em que fui atalaia de um apóstolo, parte II

Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos

Em maio de 2008 tive o sagrado privilégio de trabalhar na segurança pessoal de um membro do Quórum dos Doze Apóstolos em um serão multi-estaca ocorrido em minha cidade. Eu achava que a ocasião seria única em minha vida, pois moro em uma região do país que não costuma ser regularmente visitada por membros do Quórum dos Doze, como São Paulo e Curitiba. Por isso, quando soube que haveria novamente um apóstolo entre nós e em tão curto espaço de tempo, fiquei surpreso com a repetição do privilégio. Além do mais, por aqui não é comum haver Autoridades-Gerais presidindo conferências de estaca e é extremamente raro que essa Autoridade-Geral seja um membro do Quórum dos Doze. Em meus 24 anos como membro da Igreja, nunca tinha visto isso acontecer, como aconteceu neste fim de semana.

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‘Eis que falarei em tua mente e em teu coração’

Há poucos prazeres na vida equiparáveis à satisfação de ganhar dinheiro fazendo-se o que se gosta. E adoro o site de notícias sobre tecnologia que criei (que não é este blog), que é um veículo de informação e formação de opinião. Ele é uma fonte de satisfação pessoal não só por isso, mas também porque é uma fonte de dinheiro.

O site está hospedado em um grande datacenter nos EUA por intermédio de uma empresa paulista provedora de serviço de hospedagem de sites. Grandes datacenters alugam espaço em seus servidores para empresas que, por sua vez, sub-locam para terceiros. Conforme o plano de hospedagem contratado, esses terceiros podem ainda sub-sub-locar o espaço. É meu caso. O plano que contratei é o que chamam de revenda virtual, que me permite hospedar sites de terceiros que ficam sob minha administração. Esses terceiros pagam a mim pelo serviço e eu, por minha vez, pago pelo do provedor, que por sua vez paga pelo do datacenter.

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