Voltar ao Brasil vindo da Holanda não foi simplesmente um desembarcar do avião numa terra quente e sorridente. Foi também voltar a conviver com certas características de um povo descontraído e alegre das quais eu tinha esquecido nos meses de convivência com outro povo, compenetrado e eficiente.
Enfrentando o dilema de decidir se é melhor ficar na Europa ou voltar ao Brasil. Ambas as opções têm prós e contras.
Quando estiver escrevendo novamente, no fim do próximo mês, já estarei de volta ao Brasil. Estou ansioso por isso. Viver na Europa está sendo uma experiência fascinante, mas nenhum lugar é como nossa própria casa, junto de nossa própria família, em meio a nossas próprias coisas.
O trabalho segue a passos largos. Estive na Alemanha com alguns colegas de trabalho para fazer uma apresentação para uma grande empresa sediada na cidade de Lippstadt. Tudo indica que sairemos vencedores da concorrência, o que significa que teremos muito trabalho pela frente.
Vista parcial da cidade de Canterbury com a catedral ao centro
O primeiro fim de semana do mês foi diferente. Meu chefe inglês me levou para a casa de seus pais na Inglaterra, que fica na cidade de Canterbury.
Canterbury é uma encantadora cidade histórica, um dos principais centros da cultura, religião e educação inglesas. Fica a 100 km de Londres e está situada no famoso Jardim da Inglaterra, na parte normalmente mais ensolarada do país — se bem que o sol não apareceu muito enquanto estive lá.
Vista parcial de um dos canais que cortam Utrecht com a torre da Catedral DOM ao fundo
31 de julho foi meu último dia naquele empreguinho chulé. Minha saída representou um alívio para mim e um problema para meu ex-chefe, que agora ficou sem seu braço direito. Tamanha foi a perda que ele resolveu tirar uma semana de férias antes de minha saída, pois não sabia quando teria outra chance. Foi um trabalho bom, ainda que estressante pelo tipo de pessoa exageradamente impetuosa que é.
Embarquei para Utrecht, Holanda, três semanas depois. Vim fazer um trabalho praticamente inédito no mundo, já que não se tem notícia de outra empresa prestando o tipo de serviço que a nossa presta — ensino de inglês assistido por computador com reconhecimento de voz(*). Além de manter atualizado o site da empresa na internet e de incrementá-lo com interatividade, vou também aprender como funciona o software da empresa para poder iniciar o trabalho no Brasil no próximo ano, se tudo der certo.
Peço licença para mudar de assunto e falar de algo deveras desagradável: a desorganização e desrespeito da área de câmbio do Bradesco.
Isto não é uma campanha difamatória. É apenas o desabafo de minha insatisfação com o sofrível tratamento que recebi da área de câmbio do banco, da qual espero nunca mais precisar.
Quando falo em “sofrível tratamento” não me refiro ao tratamento pessoal, que sempre foi cortês e atencioso e do qual não tenho queixas, e sim ao tratamento corporativo. As severas queixas e críticas expressas abaixo não são contra pessoas, e sim contra procedimentos.