Saúde mental: estamos tão bem quanto pensamos?

Publicado em 25 de janeiro de 2024 e atualizado em 12 de fevereiro de 2024

Você se considera psicologicamente e emocionalmente saudável? Se sua resposta é sim, é grande a chance de que sua percepção sobre si mesmo esteja sendo afetada por alguma desordem psicológica que você talvez nem saiba que tem.

Falo por experiência própria. Uma década atrás, acompanhando meu filho autista em uma das consultas com seu psicólogo, o profissional detectou que eu estava com depressão. Foi uma grande surpresa para mim, pois eu me percebia perfeitamente bem e nunca me imaginei sofrendo disso.

No Brasil, segundo dados oficiais, estima-se que 86% da população sofrem de algum transtorno mental. Então o que faz você pensar que não está incluso nessa estatística tal como eu achava que não estava?

Para quem sofre de algum tipo de transtorno a fé em Jesus Cristo pode ser uma fonte de conforto e força. Pode proporcionar esperança, paz e resiliência em meio a desafios de saúde mental. Na minha experiência, a oração, a meditação e outros aspectos da prática religiosa podem ter efeitos benéficos na saúde mental.

Mas é importante estar ciente de que a fé não substitui o tratamento médico profissional para doenças psicoemocionais. A fé pode complementar, mas não substituir, a terapia, a medicação e outras intervenções de saúde mental. É crucial que aqueles que sofrem de doenças psicoemocionais busquem ajuda profissional. Falo por experiência própria disso também.

Para ilustrar essa necessidade, recentemente ocorreu um lamentável episódio em uma das reuniões da Igreja protagonizado por alguém que levou os presentes a crer que não estava em seu juízo perfeito. Em uma reunião de mulheres que contava com a presença de visitantes, a pessoa achou que era o momento perfeito para destilar um cipoal de queixas e críticas contra sua liderança. Lavou toda sua “roupa suja” em público como se estivesse fazendo a coisa mais correta do mundo, nem se importando com o fato de que havia visitantes presentes. Diante desse episódio, essas visitantes, inclusive, voltaram atrás na intenção de se filiar à igreja.

Em nada ajuda tentar explicar o episódio apontando o dedo para a pessoa com justificativas simplistas para seu problema, como falta de educação, de sensibilidade, de senso autocrítico ou mesmo de QI. Ficou evidente que, qualquer que seja a raiz de seu problema, essa pessoa estava sofrendo e precisava de ajuda, tanto eclesiástica quanto profissional.

A igreja oferece vários recursos para ajudar membros e não membros a lidar com questões de saúde mental e incentiva aqueles que estão lutando a buscar ajuda profissional. Este artigo discute como a ansiedade afeta a experiência na Igreja e o que se pode fazer para ajudar. Os recursos da Igreja são projetados para ajudar indivíduos e famílias com os desafios da vida, incluindo saúde mental e emocional.

A página Ajuda para a vida também fornece uma visão geral da saúde mental, incluindo princípios gerais, ajuda para indivíduos, pais, famílias e líderes e onde aprender mais. Ela também aborda uma variedade de desafios da vida, incluindo abuso e maus-tratos, vícios, adoção, morte, tristeza e perda, necessidades especiais, divórcio, educação, emprego, família e parentescos, perdão, finanças, segurança na mídia, saúde mental e emocional, saúde física, pornografia, preparação, gravidez e solteira, serviços de autossuficiência, atração por pessoas do mesmo sexo, famílias em que um dos pais cria os filhos sozinho, suicídio e questões transgênero.

É essencial lembrar que não estamos sozinhos. A fé em Jesus Cristo e os recursos disponíveis através da Igreja podem ser um farol de esperança e conforto.

Por nada estejais ansiosos; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela coração e súplicas, com dação de graças.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. (Filipenses 4:6-7)

No entanto, é igualmente importante reconhecer que a ajuda profissional é crucial e não deve ser negligenciada. A saúde mental e emocional é tão importante quanto a saúde física, e todos nós, como membros da sociedade e da Igreja, devemos nos esforçar para entender, apoiar e cuidar de nossa saúde mental e daqueles ao nosso redor.

Que este artigo sirva como um lembrete para olhar além das aparências e reconhecer que cada um de nós pode estar lutando com desafios invisíveis. E, acima de tudo, que cada um de nós é digno de ajuda, amor e compaixão.

E que todo homem estime a seu irmão como a si mesmo e pratique a virtude e a santidade diante de mim.

E novamente vos digo: Que todo homem estime a seu irmão como a si mesmo. (D&C 38:24-25)

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