‘Eu, o Senhor, deleito-me em honrar aqueles que me servem em retidão e verdade’

Entrei na escola muito cedo. Meus pais acreditavam que, devido a seus problemas de saúde, quanto antes eu me formasse menos risco correriam de não poderem me ajudar em minha formação. Lembro-me claramente de um fato ocorrido no início do ano de 1973: a professora de artes do Colégio Farroupilha, em Porto Alegre, não acreditou que eu tivesse só seis anos de idade já estando na terceira série do primário.

Não demorou muito para ficar claro que o tiro pretendido por meus pais saiu pela culatra. Sem o apropriado desenvolvimento psicoemocional para acompanhar o adiantamento escolar almejado por eles, sofri três reprovações ao longo de minha vida escolar.

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O primeiro dízimo de uma vida

O primeiro dízimo pago por meu filho Giancarlo

Este é o recibo de pagamento do primeiro dízimo de meu filho, Giancarlo, de 4 anos. O recibo foi preenchido por ele mesmo. É claro que a iniciativa não foi dele, pois há poucas coisas na vida que ele já é capaz de compreender. Mas minha iniciativa tem o intuito de, no futuro, servir-lhe de lembrete da importância de obedecermos aos mandamentos de Deus e de nossa responsabilidade perante Ele de ensinar Seu Evangelho aos filhos.

Aceito sem reservas o dízimo como um mandamento de Deus. Cumpro-o fiel e integralmente. Já tive diversas demonstrações do cumprimento da promessa feita por Ele a quem paga o dízimo:

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Fé para obter de Deus uma resposta

Sempre tive dificuldade de entender a atitude de certas pessoas de presumir que o Universo não tem mais nada a ensinar além da porção que a humanidade já descobriu e que essa porção é suficiente para explicar tudo que existe.

Dia desses alguém visitou este meu blog e me enviou mensagem através da página de contato. A mensagem da pessoa tinha exatamente esse teor. Identificando-se apenas como “Philo2000”, essa pessoa escreveu:

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Diário pessoal: bênção para mais de um

Declaração sobre escrever um diário

Uma das primeiras coisas que aprendi ao me tornar membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi que devemos criar e manter um diário pessoal. A esse respeito, o Presidente Wilford Woodruff (quarto presidente da Igreja, de 1889 a 1898) escreveu:

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Rapaz sortudo, rapaz azarado

Recentemente participei de uma reunião na qual foi contada uma história muito interessante, que reproduzo a seguir.

Um certo rapaz ganhou um potrinho. Cuidou dele com atenção e carinho até que se transformou em um belo e vistoso cavalo adulto. Por ser o mais belo cavalo da região, os moradores da localidade diziam entre si: “Mas que rapaz sortudo!”

Após algum tempo, seu cavalo pulou a cerca e fugiu em disparada sem que ninguém conseguisse alcançá-lo ou recuperá-lo. Então os moradores passaram a dizer: “Mas que rapaz azarado!”

Pouco tempo depois, o rapaz levanta-se da cama pela manhã e encontra seu cavalo esperando na porta de sua casa. Mas não estava sozinho: tinha trazido com ele um grupo de outros cavalos. Então os moradores passaram a dizer: “Mas que rapaz sortudo!”

Um belo dia, montando seu cavalo, o rapaz escorregou da sela e caiu, quebrando alguns ossos. Então os moradores passaram a dizer: “Mas que rapaz azarado!”

Enquanto se recuperava de seus ferimentos, veio uma guerra. Os rapazes de sua idade foram convocados a servir seu país. Todos morreram na guerra, menos ele, por estar incapaz de lutar. Então os moradores passaram a dizer: “Mas que rapaz sortudo!”

Não sei se a história tem continuação, mas a que foi contada na reunião terminou assim.

Tenho o hábito de me colocar no lugar dos personagens das histórias que ouço, dos filmes que assisto, etc., a fim de tentar imaginar como eu reagiria no lugar desses personagens. Que eu teria pensado ao me ferir caindo do cavalo ou vendo-o fugir de mim? Teria me queixado de meu infortúnio ou sido humilde e sábio para aguardar as bênçãos subsequentes?

Esse exercício me ajudou a enxergar nessa história alguns elementos que podem se converter em lições de humildade e confiança no Senhor. Aquele que Lhe é fiel não têm razão para temer ou se queixar de eventuais revezes, pois eles podem na verdade ser a preparação de uma bênção maior — como quando o cavalo retornou trazendo outros consigo — ou a proteção contra um mal — como quando os ferimentos causados pela queda salvaram-lhe a vida ao dispensá-lo de lutar numa guerra.

A constatação dessa verdade eterna lembra-me das sábias e inspiradoras palavras do Élder James E. Talmage:

Somos propensos a contender com a adversidade, às vezes até com veemência e fúria, quando no final ela pode ser a manifestação da sabedoria divina e do cuidado amoroso de nosso Pai, interferindo em nosso conforto temporário em prol de uma bênção permanente. Nas tribulações e sofrimentos da mortalidade, existe um ministério divino que apenas a alma (que está) afastada de Deus não consegue entender. Para muitos, a perda das riquezas tem sido uma bênção, um meio providencial de afastá-los dos confins da auto-indulgência e guiá-los à liberdade, onde ilimitadas oportunidades esperam aqueles que lutam por ela. A decepção, a tristeza e as aflições podem ser a manifestação da bondade sábia do Pai Celestial.

Já citei essas mesmas palavras outras vezes neste blog. Elas me trazem força e esperança em minhas aflições, dando-lhes contexto e sentido.