E quem garante que a crença mais estranha de todas não seja o ateísmo, que nem explica os mistérios nem conforta os espíritos?
A citação acima é de autoria do escritor Luís Fernando Veríssimo em sua postagem Bombons. Lembrei-me dela vivenciando a situação que passo a descrever.
Representação artística de duas pacientes onde uma ajudou a salvar a vida da outra
Não farei comentários sobre o testemunho abaixo. Ele fala por si mesmo. Direi apenas que foi compartilhado em um grupo de membros da Igreja do qual faço parte e que, de tão tocante, achei que merecia ser reproduzido aqui (com autorização da protagonista, Mariane Martinelly, de São Paulo/SP).
Esta experiência aconteceu enquanto estive internada no hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde fiquei por seis longos meses após descobrir um pequeno tumor no cérebro e a epilepsia. Eu tinha dias muito longos e, quando me sentia bem o suficiente para sair do quarto, ia para outros apartamentos visitar e ajudar outros doentes.
Quando tive a idéia de gravar e lançar interpretação própria do hino O Senhor Meu Pastor É em estilo de valsa inglesa, que você pode ouvir no tocador abaixo, não imaginei que o resultado pudesse chegar a ser qualquer coisa próxima de agradável aos ouvidos das pessoas. Afinal, quando comecei a brincar com meu novo teclado Yamaha, eu estava só me aventurando em uma área desconhecida e cheia de armadilhas, como eu logo viria a descobrir. Mas parece que me enganei a respeito da qualidade do resultado de minha experiência com esse hino.
Recentemente um irmão portador de diabetes tipo 2 e depressão pediu minha opinião sobre este artigo que destaca resultado de 19 mil testes feitos com café por um cientista. Segundo o artigo, “o resultado das pesquisas mostra que o efeito benéfico [do café] é maior do que se pensa”. O cientista diz que “crianças que tomam café com leite uma vez ao dia têm menos chance de desenvolver depressão do que aquelas que não consomem a bebida”, dentre outras afirmações.
Esse irmão disse que não passaria a consumir café só por causa do artigo, mas que ele “dá o que pensar”. Talvez dê para ele, não para mim.
Uma notícia que li esta semana na Internet a respeito do infortúnio de um irmão da Igreja, publicada pelo jornal The New York Times, me deixou bastante consternado. Neste artigo vou identificá-lo apenas como irmão Smith.
Segundo o artigo do NYT, esse irmão de Salt Lake City, Utah, onde situa-se a sede da Igreja, definiu-se como alguém que, na adolescência, “era solitário, um nerd, participante do clube de matemática e xadrez”. Até que, em um evento vocacional do segundo grau, ele se deixou atrair pelo estande dos fuzileiros navais. Foi quando decidiu que queria se tornar fuzileiro naval dos EUA. Alistou-se como reservista no início do ano 2000.