O propósito das provações: das trevas para a gloriosa luz

Já passei por muitas provações na vida e algumas foram bem duras de suportar. Ao atravessar os mares revoltosos de meus pungentes desafios, contudo, pude sentir a doce e confortadora mão do Senhor segurando o timão do meu barco para que não se perdesse nas tempestades de minhas aflições, graças ao que pude chegar em portos seguros.

Uma dessas provações foi particularmente difícil e se arrastou por vários anos. Enquanto me debatia e tateava no escuro em busca de uma saída que nunca aparecia, eu questionava o Senhor sobre o propósito pelo qual eu não estava sendo conduzido até a saída de emergência ou o porquê de não me ser dada uma trégua para recobrar o fôlego antes de prosseguir na luta contra o naufrágio de minha fé.

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‘És tu maior que Ele?’

Lembro-me de uma manhã em que eu havia descoberto um casulo na casca de uma árvore no momento em que a borboleta o rompia e se preparava para sair. Esperei bastante tempo, mas estava demorando muito e eu estava com pressa. Impaciente, comecei a ajudá-la a abrir o casulo, imaginando ser ele o responsável pelo retardo ou impedimento do processo de nascimento da borboleta. Graças à minha intervenção, o milagre da vida começou a acontecer diante de mim mais depressa que o natural. O invólucro foi aberto e a borboleta se arrastou para fora. Com seu corpinho ainda trêmulo, lutava para desdobrar as asas. Coloquei-a em minha mão e tentei ajudá-la várias vezes. Mas o desdobrar das asas deveria ser feito devagar, ao sol. Era necessária uma lenta maturação. Ela se agitou em desespero e, alguns segundos depois, morreu na palma da minha mão. Nunca hei de esquecer o horror que senti ao dar-me conta de que meus bem intencionados cuidados obrigaram a borboleta a nascer antes do tempo. Fiquei com um tremendo peso na consciência. Compreendi que não podemos nos apressar e ficar impacientes. Temos que seguir com confiança o ritmo da eternidade. Tive esta experiência com 9 anos e jamais a esqueci.

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‘O Senhor o deu e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor’

Templo do Recife

O templo realmente fincou profundas raízes em mim. Fora o testemunho da divindade do Salvador Jesus Cristo, da veracidade do Livro de Mórmon e da Igreja, nunca nada penetrou tão profundamente meu coração quanto o testemunho da obra realizada naquele pedaço do reino celestial na terra.

Os dois dias de janeiro de 2004 que passei servindo nele, no primeiro por doze horas ininterruptas, foram tais que meu parco vocabulário não consegue descrever. Não vi anjos, não vi espíritos, nem a face do Salvador, mas vi que minha vida muda um pouco a cada vez que vou à Casa do Senhor, como se um elo inquebrantável entre ela e eu fosse forjado e fortalecido a cada visita, a cada serviço, no olhar de cada irmão e irmã que ajudo a servir ao Senhor como oficiante das sagradas ordenanças do templo.

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